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1991 VG

Quando foi descoberto, os astrónomos pensaram tratar-se de um satélite artificial criado pelo homem, que teria se perdido no espaço, mas logo descartaram esta hipótese.
Sua órbita bastante similar à órbita terrestre, sua rápida flutuação de luz e as características de seu perigeu fazem deste objecto um sério candidato a ser uma sonda artificial extraterrestre.

Se lembrarmos que alguns cientistas alegam que a maior prova da não existência de seres extraterrestres é o fato de nunca termos detectado um artefacto deles, então vemos a importância da busca por estes objectos.
Se pudéssemos provar que aquele corpo no espaço era uma sonda artificial, teríamos a prova definitiva de que não estamos sós.
O telescópio da Universidade do Arizona começou a operar em 1989 e tem sido utilizado para detectar asteróides com dimensões muito pequenas.
Em Novembro de 1991 o observador Jim Scotti descobriu um corpo, inicialmente descrito como “um objecto asteroidal de movimento muito rápido” em uma distância geocêntrica de 0.022 AU, um mês antes de sua maior aproximação (em 0.0031 AU) da Terra.

Sua órbita heliocêntrica no momento da descoberta era de a = 1.04AU, e = 0.065, i = 0°.39, que sugeria tratar-se de uma um objecto artificial terrestre retornando à Terra. Observações realizadas por Richard West e Olivier Hainaut (da ESO), em uma data próxima à máxima aproximação do objecto, indicaram uma natureza não-asteroidal no objecto, com fortes e rápidas variações que foram interpretadas como sendo o resultado da rotação de um artefacto com superfície polida.

Contrariando esta posição, Wieslaw Wisniewski, do observatório Kitt Peak, encontrou apenas uma variação lenta de brilho, mas suas observações foram feitas sob condições pobres de observação.

Ao que consta, a questão da natureza deste objecto poderia ter sido respondida através de observações por radar, mas houve falha no equipamento. O objecto 1991 VG foi detectado também em Abril de 1992 por um telescópio mais potente de Kitt Peak.

Observamos aqui que temos três possibilidades para a natureza deste objecto. A primeira é que o objecto é um asteróide natural (probabilidade Pn). A segunda é que o objecto é um artefacto construído pelo homem (probabilidade Ph). E a terceira é que o objecto é um artefacto extraterrestre (probabilidade Pe). Se assumirmos que não existem outras explicações, então Pn + Ph + Pe = 1.

O cepticismo dos cientistas afirma que Pe = 0, mas é possível demonstrar que talvez não seja assim. Veremos a seguir que Pn e Ph possuem valores muito pequenos, e isso torna Pe significante. Em primeiro lugar, consideremos que 1991VG é uma nave terrestre voltando ao nosso planeta. Sabemos que existem algumas poucas partes de foguetes que foram deixadas em órbitas heliocêntricas.

Os registros do 1991 VG mostram que ele veio com uma aproximação de 0.07 AU do sistema Terra-Lua em 1975 (Fevereiro a Março), e também entrou em nossa vizinhança dezasseis anos antes, na década de 50. Sem maiores detalhes da órbita entre 1975 e 1971, não é possível extrapolar a órbita para tentar identificar qual artefacto terrestre pode ser o 1991VG. De acordo com as referências pesquisadas, há apenas alguns poucos candidatos.

Podemos citar: Pioneer 1 (lançada em Outubro de 1958), Pioneer 3 (lançada em Dezembro de 1958), Luna 1 (Janeiro de 1959), Pioneer 4 (Março de 1959), Luna 2 (Setembro de 1959), Luna 3 (Outubro de 1959), Pioneer 5 (Março de 1960),

Estes objectos são todos pequenos (alguns deles reentraram em nossa atmosfera, e o Luna 2 aparentemente colidiu na superfície da Lua), e todos eles têm data de lançamento posterior à data extrapolada pela órbita de 1991VG, que remete ao ano de 1958.

Em Outubro de 1974 Luna 23 foi lançado ao espaço. Enquanto pousava na Lua, os estágios do veículo lançador reentraram na atmosfera terrestre. Em Dezembro daquele mesmo ano o veículo Helios 1 foi colocado em uma órbita heliocêntrica juntamente com dois corpos fragmentados (identificados como 1974-097C e 097D), e após isto não houve nenhum lançamento de foguete, até Junho de 1975, quando a sonda Venera 9 foi lançada para uma missão a Vénus.

As características apresentadas pelo 1991VG mostram que ele não poderia ser nenhum dos veículos lançados naqueles anos. Analisemos agora Pn, a probabilidade de 1991 VG ser um corpo natural. Há dois pontos contra esta ideia. O primeiro é que a variação de luz apresentada pelo objecto é muito similar à luz reflectida por satélites artificiais.

Segundo, as características da órbita de 1991VG são demasiadamente similares às da órbita terrestre. Se Ph e Pn são pequenos, somos forçados a pensar, na ausência de maiores informações, que Pe não é igual a zero. E assim sendo, 1991 VG é um bom candidato para considerar a hipótese de origem extraterrestre.

Não temos informações que diminuam a probabilidade Pe. A probabilidade de que 1991 VG tenha sido uma sonda extraterrestre aumenta ainda mais quando analisamos os dados de sua trajectória. Alguns astrónomos argumentam que esta trajectória sofreu mudanças que só podem ser explicadas pela presença de alguma fonte de propulsão no próprio objecto.

http://satobs.org/seesat/Jul-1996/0149.html
http://www.hohmanntransfer.com/cat/astu.htm
http://wanderling.tripod.com/1991_vg.html
http://newton.dm.unipi.it/cgi-bin/neodys/neoibo?objects:1991VG;ephpred
http://www-public.tu-bs.de:8080/~y0001095/1991VG.IUR

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Luís Aparício

Luís Aparício

Chefe de redacção, fundador e activista.