O asteróide principal, “87 Silvia”, foi nomeado em 1866 em homenagem a Rea Silvia, mãe dos míticos fundadores de Roma. Por isso, os outros dois que giram ao seu redor receberam os nomes de Rômulo e Remo.
Silvia, um dos maiores corpos celestes da faixa de asteróides entre Marte e Júpiter, mede cerca de 281,6 metros de largura, enquanto seus pequenos satélites, Rômulo e Remo, medem aproximadamente 182 metros e 70,8 metros, respectivamente.
Os dois orbitam ao redor do Silvia no mesmo plano e sentido que a Lua gira em torno da Terra – Rômulo a uma distância de 1,384 quilômetro e Remo, a 724,2 metros.
Embora “87 Silvia” tenha sido observado pelos astrônomos em 2001, a descoberta do Observatório da Europa Meridional em Cerro Paranal (Chile) transforma o conjunto no primeiro sistema triplo de asteróides encontrado.
Franck Marchis, da Universidade da Califórnia em Berkeley (Estados Unidos), e seus colegas do Observatório de Paris, estudaram durante dois meses as órbitas dos pequenos satélites por meio de um telescópio de alta resolução de oito metros.
Segundo explicou Marchis à Nature, os astrônomos passam muito tempo procurando sistemas múltiplos de asteróides, pois “os sistemas binários na faixa principal parecem ser algo comum, e os cenários de formações, como a colisão entre dois asteróides, sugerem que deveria haver fragmentos orbitando ao redor de asteróides maiores.” “Não posso acreditar que tenha encontrado um”, disse o especialista, que conseguiu, com sua equipe, medir a massa e a densidade do Silvia, e determinaram que o corpo celeste deve ser composto de fragmentos gerados pela colisão de outros dois asteróides.
Provavelmente, Rômulo e Remo seriam produto dessa colisão.