Chegamos à Barroca perto das 11 horas no domingo 22 de Setembro 2008, parecia uma terra deserta, poucas ou nenhumas pessoas se viam nas suas ruas, muitas casas respeitavam o revestimento exterior de xisto empilhado meio dourado, outras casas tinham as janelas e portas com grossas ombreiras em granito amarelado.
Testemunhas acompanham a APO nas ruas estreitas e bem preservadas
Partimos de Lisboa, cerca das 07 horas, Luís Aparício, Augusto de Moura e o seu filho Tiago Moura. Tínhamos também combinado com o Silvério que vinha do centro do país para nos encontrarmos na Barroca, para tentarmos analisar a veracidade da informação que em 1982 um ovni paralisante apareceu no céu. Quando chegamos à Barroca tínhamos também à nossa espera a esposa do Silvério e os seus dois brincalhões gémeos.
Mesmo no centro da Barroca estava a igreja com traça antiga, numa rua estreita, e era possível o ouvir o sacerdote falar sobre um certo homem mau, mesmo mau que ele tinha ido buscar à bíblia cristã, como alegoria para a condução da sua homilia sobre o comportamento que os crentes cristãos deveriam ter no seu relacionamento social. A igreja estava mesmo cheia, talvez estivessem lá cerca de 100 pessoas.
Ficamos no exterior da igreja à espera que acabasse a missa. No seu término saíram muitos homens e mulheres e ao saírem foram sendo interpolados por nós no sentido de se lembrarem se em 15 de Agosto1982 teria havido alguma coisa no céu que os tivesse alertado.
Eram passados 26 anos e nem sempre os acontecimentos são de fácil recordação. Uns diziam, “olhe eu estive emigrado na Venezuela e não me lembro” outros tinham sido emigrantes em França, outras tinham vindo para Lisboa e só se encontravam na Barroca nas férias, por isso e tendo em atenção a nossa abnegada missão de informação, gerou-se uma onda de solidariedade informativa.
Silvério e Luís Aparício ouvem as versões dos acontecimentos
Uns nunca tinham ouvido falar de tal acontecimento, mas houve duas pessoas o Sr. Florentino Mota que nesse ano tinha organizado as festas, recorda-se de ter havido algo nessa noite, segundo o mesmo havia pessoas diziam que era uma roda e outros diziam que era um balão no céu.
Contactamos igualmente Manuel Vicente Ubaldo, pai do Sr. Ricardo Gil, que nos afirmou, “eu não assisti porque não estive lá nas festas a essa hora vou deitar-me mas nos dias seguintes, as pessoas de cá contavam que tinham visto uma coisa no céu”.
Ficamos com a sensação que conseguimos de certa forma encontrar testemunhos que corroboraram aquilo que o Sr. Ricardo Gil que com a sua boa memória nos contou no artigo sobre as suas experiências do ovni paralisante.
Nesse ano quem foi o mordomo das festas foi o Sr. Florentino Mota que nos contou que se lembra de ter havido qualquer coisa no céu, uns diziam que era uma roda e outras diziam que um balão, durante a procissão. Essa roda parecia que tinha a Nª Sra no meio da roda.
Florentino Mota e a sua esposa Maria Otília na escada ouvem a versão da senhora vestida de azul, falando do fogo que não conseguia subir
José de Almeida hoje com 90 anos, já um pouco surdo lembra-se de em 15 de Agosto 1982 perto da meia-noite aparecer no céu uma grande roda igual aquela que apresentamos na nossa reportagem sobre o ovni paralisante. Ainda hoje se lembra do seu vizinho Joaquim Antunes Ferreira que recentemente faleceu com 99 anos recordarem aquilo que para eles foi o acontecimento mais enigmático da sua vida.
Uma outra senhora, não identificada, hoje viúva, recorda-se também que nesse ano houve qualquer coisa de especial, não se lembra se foi do fogo de artifício ou de outra coisa qualquer coisa de especial até as pessoas começaram a fugir. A mesma alude que o fogo de artifício não subia e rebentava perto do chão, para susto das pessoas que iam na procissão das velas. No momento que o fogo não subia havia qualquer coisa no céu, parecia uma roda ou um balão.
Luís Aparício e Augusto de Moura ouvem esta senhora dizer que o fogo não subia
Enquanto umas pessoas afirmam que se assustavam com o fogo que não subia em altitude e rebentava muito próximo, desfazendo o seguimento da procissão. Maria Otília diz que sobre a zona de lançamento do fogo (no céu) estava uma roda com a cara da Nª Sra. dentro, esta senhora, naturalmente pensou que seria a cara da Nª Sra. da Rocha.
O Sr. Ricardo Gil, que inicialmente nos deu a entrevista sobre os seus três avistamentos, este na Barroca era o seu avistamento mais antigo, afirma que não participou na procissão, porque achava aquilo chato, com a idade de 16 anos, queria era as festas, mas recorda-se das pessoas no dia seguinte falarem que tinham visto uma roda no céu. Quanto ao segundo avistamento nessa noite, perto da meia-noite lembra-se perfeitamente do que viu.
Juntando todas as informações recebidas, concluímos que nessa noite de 15 de Agosto de 1982, houve dois avistamentos, um durante a procissão da Nª Sra. da Rocha, que parte da igreja do Monte para a Igreja Matriz da Barroca, perto das 21,30 horas no qual foi visto uma roda ou um balão.
O segundo avistamento nessa noite, foi perto da meia-noite e foi visto uma roda pelas pessoas que estavam no antigo local das animações festivas, ao lado do cemitério da Barroca.
Roda descrita pelo Sr. Ricardo Gil no nosso artigo em Casos Portugueses “Bola verde larga filho e ovni paralisante”.
Os avistamentos nesta localidade e arredores ao longo dos anos foram múltiplos, as testemunhas deste acontecimentos não faltam.
O Sr. Florentino Mota, morador na Barroca aparentando cerca de 70 anos de idade relata que há cerca de quatro anos (2004), recorda-se que era Verão e seria durante a semana e eram perto das 23 horas, viu aparecer uma bola de luz que parecia que tinha uma cauda. Essa bola manteve-se um pouco parada a norte da Barroca, de seguida desceu até perto da terra e desapareceu por detrás duns pinheiros que cercam a Barroca.
A trajectória dessa bola com cauda era de Este para Norte. Parecia que vinha a descer acompanhando o monte.
Florentino aponta onde viu a bola de luz
Não sentiu nenhum barulho e a sua velocidade era lenta. A forma exterior não parecia ser bem redonda. As testemunhas, desta luz com cauda foram o Sr. Florentino Mota e a sua esposa Maria Otilia.
O tamanho do objecto era maior do que a Lua Cheia. Havia no corpo do objecto, um conjunto de luzes que igualmente se expandiam até à cauda.
Augusto de Moura, Luís Aparício e Silvério ouvem o Sr. Florentino Mota
Bola de Luz vista por Florentino Mota na Barroca
A sua cunhada Maria Rosário Alves Fragoso afirma que recentemente também já viu quatro vezes uma luz que se contornava o monte perto da Barroca.
A imagem da Nª Sra da Rocha presente na igreja do Monte segundo a tradição oral de pais para filhos refere que esta imagem veio de Évora e veio sempre acompanhada por uma estrela. Quando a imagem chegou à Barroca a estrela ficou parada sobre o Monte e foi aí que fizeram a igreja do Monte.
Um outro habitante da Barroca, ainda jovem afirma que no dia 20 de Agosto 2008, depois de regressar a casa de uma praia fluvial próxima, viu uma luz de cor branca forte e sem ruído a voar sobre a cota dos pinheiros que a determinado momento projectou a sua luminosidade sobre a ponte que a iluminou completamente. O jovem ao ver aquela cena, fugiu e foi contar aos pais e vizinhos aquilo que tinha visto.
Este relato foi-nos contado enquanto a APO estava a tentar obter informações sobre o caso de 1982.
Uma vizinha dos pais do Sr. Ricardo Gil, afirmou que no passado ano de 2007, viu no Rio Zêzere, uma bola que emitia muitas cores como o arco-íris.
José Cipriano Vieira, de 49 anos, preparador de amostras, morador no Cabeço do Pião, há cerca quatro anos (2004) estava na esplanada do clube (actualmente está fechado), seria talvez entre Julho e Agosto, recorda-se que estava uma noite quente e até tinham as luzes apagadas por causa dos mosquitos. Seriam cerca das 00,30 horas e estava acompanhado com mais quatro homens do Cabeço do Pião.
Augusto de Moura e Luís Aparício ouvem o testemunho de José Vieira
Do céu a norte aparece um clarão que vinha enviés, dava a impressão que tinha um longo rabo, conforme essa bola de luz branca desce, torna-se maior e modifica a sua trajectória fazendo uma espécie de caracol, depois continua a descer e perto do solo faz uma curva do tipo ferradura e começa a subir novamente a direcção a poente.
Não se recorda de haver nenhum ruído ou qualquer calor.
Ao fundo estão as rochas retiradas das minas da Panasqueira,
a bola de luz com um grande rabo deu-se neste vale em frente
Deixava um longo rabo de luz que ia-se apagando. Essa bola de luz teria cerca de metade da lua cheia. O Sr José Vieira, descarta a hipótese de ser um meteorito, porque toda a observação durou cerca de sete segundos.
Por informações recolhidas pelo Sr. José Vieira, houve pessoas que na Barroca Grande, pessoas que estavam lá no café também viram essa mesma bola de luz.
José Vieira desenha a bola de luz com um grande rabo
O Sr. José Vieira, recorda-se que no outro dia deram uma notícia na televisão sobre uma luz que tinha aparecido, segundo se recorda “Eu até disse para a minha mulher, eles falaram na televisão que tinha aparecido um fenómeno qualquer”. Refere que foi uma coisa que nunca tinha visto, como a sua casa está num local muito alto, sendo a casa mais alta do povoado, gosta de estar a olhar para os astros à noite e sabe o que são satélites a deslocarem no céu.
Trajectória que a bola de luz fez entre o Cabeço do Pião e a Barroca Grande
A bola de luz, desce desde a parte superior à direita, depois a meio faz um parafuso e quando perto do solo, faz uma ferradura e começa logo de seguida a subir.
Por aquilo que entendemos essa bola de luz, deveria ter aparecido na vertical entre a Aldeia de S. Francisco e a Barroca Grande, precisamente onde está localizada as Minas da Panasqueira.
O tungsténio também conhecido por volfrâmio tem 5 isótopos naturais, 4 dos quais são estáveis: W-182, W-183, W-184, W-186. W-180 têm meia-vida absurdamente longa e, para finalidades práticas, podem ser considerados estáveis. Outros 27 radioisótopos foram identificados, dos quais os mais estáveis são o W-181, com uma meia – vida de 121,2 dias, o W-185 com uma meia-vida de 75,1 dias, o W-188 com uma meia-vida de 69,4 dias e o W-178 com uma meia-vida de 21,6 dias.
Todos os isótopos radioactivos restantes têm meias-vida de menos de 24 horas, e maioria destes com menos de 8 minutos. O tungsténio apresenta também 4 metaestáveis, sendo o mais estável o W-179m (meia-vida de 6.4 minutos). As massas atómicas dos isótopos de tungsténio variam de 157,974 u (W-158) até 189,963 u (W-190).
Wikipédia
Ao longo dos anos a Barroca e as povoações limítrofes têm sido visitadas por vários ovnis. A razão de tais visitas poderá estar ligada à radioactividade residual das rochas de volfrâmio extraídas do interior.
Se o tungsténio tem isótopos radioactivos, que duram entre 121 dias e 6 minutos, quer dizer que toda aquela zona está contaminada por uma radioactividade e pela poluição nas águas do Zêzere.
Decerto que os ovnis não vão ali abastecer-se de nenhum tipo de energia. Por isso há duas explicações para tantos avistamentos, ou eles são atraídos por tantas escórias radioactivas e vêm analisar o porquê de tal poluição ou os ovnis vêm numa atitude paternalista, instigar-nos a ter cuidado com aquele montão de desperdícios radioactivos que estão o poluir os solos e as águas do Rio Zêzere, que é a única fonte de abastecimento para Lisboa e arredores.
Quando inicialmente publicamos o artigo sobre o avistamento no Seixal (Ericeira) o Sr. Ricardo Gil, afirmou que diversos familiares dele, que tinham sido mineiros na Panasqueira, morreram com cancros e não de problemas de silicose.
Estará aqui a chave para os imensos avistamentos na Barroca e arredores?
Não nos podemos esquecer que dias antes, de 26 de Dezembro de 2004 que se protagonizou pelo grande maremoto de Aachen na Indonésia, foram vistos muitos ovnis nas costas da Índia e igualmente em outros países ribeirinhos. Dava a entender que estes ovnis andavam a avisar os habitantes ribeirinhos para a eminência de algo surpreendente que iria acontecer.