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Conferência de imprensa sem precedentes na história da ovnilogia

Em seguimento de um artigo anterior intitulado Apelo a reabertura de investigação sobre os OVNIs, publicado neste site no 14 de Novembro de 2007, damos aqui mais pormenores sobre esse pedido ao governo americano.

Com efeito, um grupo de 14 cientistas, pilotos, militares e funcionários governamentais de sete países (Estados Unidos, Inglaterra, França, Bélgica, Chile, Peru e Irão), liderado pelo ex-governador do Estado do Arizona e antigo piloto da Força Aérea dos EUA, Fife Symington, pediu oficialmente ao governo dos Estados Unidos que reconhecesse ampla e abertamente a existência do fenómeno OVNI, criticando o secretismo governamental sobre a questão, e que reabrisse as investigações oficiais sobre as manifestações do fenómeno, encerradas em 1969 com o fim do Projecto Blue Book da U.S Air Force.

A conferência de imprensa já tinha sido amplamente anunciada no programa Larry King Live, da CNN, na Sexta-feira 9 de Novembro. Visto em todo mundo e com milhões de telespectadores nos EUA, Larry King recebeu em estúdio parte dos oradores que se apresentaram no dia 12 de Novembro em Washington e fez-lhes revelar factos surpreendentes sobre a provável presença alienígena no nosso ambiente planetário. Uma votação promovida pelo programa no seu website revelou que 87% dos votantes acreditam em vida extraterrestre, enquanto que 13% não crêem nessa hipótese. Outro programa da CNN, intitulado 360º e apresentado por Anderson Cooper, também abordou o assunto, somente algumas horas após o programa de Larry King.

A conferência de imprensa, que decorreu no Nacional Press Club em Washington, foi convocada pela Coalition for the Freedom of Information (CFI), dirigida pela jornalista Leslie Kean (consultora da revista UFO nos Estados Unidos). O que se pretendeu com o evento foi lançar, inicialmente nos Estados Unidos, e posteriormente a nível mundial, uma gigantesca campanha de esclarecimento da opinião pública quanto ao fenómeno OVNI e um pedido de abertura formal dos arquivos militares, governamentais e de inteligência sobre o fenómeno.

“Queremos que o governo dos EUA deixe de publicar histórias que perpetuam o mito de que todos os objectos voadores não identificado podem ser explicados em termos convencionais. O nosso país deve reabrir a investigação oficial que abandonou em 1969”, declarou Fife Symington, que alega ter testemunhado um objecto voador não identificado em 1997, a proximidade da cidade de Phoenix, que descreveu como “uma pequena nave triangular que avançava lentamente.”

“Cremos que, por razões de segurança nacional e aérea, cada país deve esforçar-se para identificar qualquer objecto que circule no seu espaço aéreo”, sublinharam as personalidades na declaração pública.
Como se pode ler também no documento final: “Depois dos ataques do 11 de setembro de 2001, não se pode mais ignorar as detecções radar que indicam a presença de objectos não convencionais”; “É necessária uma ampla iniciativa pública para exigir a liberação de documentos, fotos e vídeos classificados que comprovam a existência do fenómeno.”

Como era de esperar, houve uma imediata oposição do governo americano, que garantiu que nada nas últimas quatro décadas (desde o encerramento do Projecto Blue Book) justifica a reabertura das investigações sobre OVNIs. Contudo, o peso dos depoimentos dos presentes não deixou dúvidas quanto à seriedade do assunto.

Entre os presentes na conferência de imprensa estavam o capitão chileno Rodrigo Bravo, o advogado peruano Anthony Choy (membro fundador e principal investigador do Grupo de Investigação de Fenómenos Aéreos Anómalos da Força Aérea do Perú), assim como o inglês Nick Pope (ex-director de uma célula do Ministério da Defesa Britânico dedicado à investigação sobre o fenómeno OVNI), que participaram posteriormente no II Fórum Mundial de Ufologia, que decorreu entre 15 e 18 de Novembro de 2007 em Curitiba, Brasil (ver os artigos seguintes intitulados II Fórum Mundial de Ufologia e II Fórum Mundial de Ufologia – resumo das palestras e workshops). Nick Pope ficou encarregue de levar ao Brasil e de apresentar nesse fórum, um resumo do que ocorreu em Washington, uma vez que, segundo alguns, a campanha deflagrada nos Estados Unidos será agora expandida para todo o mundo.

Todos os oradores da conferência de imprensa afirmam ter tido, directa ou indirectamente, experiências relacionadas com o fenómeno OVNI ou ter conduzido investigações oficiais sobre o assunto, e alguns, como o comandante e piloto reformado da Força Aérea do Perú Óscar Alfonso Santa María, diz ter ainda “calafrios” ao pensar no assunto. Santa María lembrou como, na manhã de 11 abril de 1980, 1800 soldados em formação na base aérea de La Joya viram um objecto imóvel no ar “semelhante a um globo”. “Meu comandante deu-me a ordem para descolar com um avião a jacto Sukhoi-22 para disparar contra o objecto esférico, pois estava em espaço aéreo proibido sem autorização e temíamos espionagem”, disse o ex-militar. “Aproximei-me e disparei 64 obuses de 30 milímetros (…) alguns atingiram-no mas não causaram nenhum estrago”, indicou Santa María. “Não tinha motores, nem tubos de escape, nem janelas, nem asas ou antenas. Apesar de voar, não tinha nenhum dos sistemas típicos de um avião, nem sequer um sistema visível de propulsão”, afirmou ainda Santa María, que se viu forçado a fazer uma aterragem de emergência após ter ficado sem combustível.

John Callahan, um ex-inspector da Federal Aviation Administration – FAA (entidade governamental encarregue de regulamentar a aviação civil nos Estados Unidos), contou como, sobre os céus de Anchorage, no Alasca, em 1986, a tripulação de um Boeing 747 da Japan Air Lines se encontrou diante de uma grande esfera cheia de luzes, que tinha quatro vezes o tamanho do próprio avião, e que desapareceu subitamente. Os pilotos entregaram imediatamente um relatório à FAA, cujo chefe inspector da altura, o próprio John Callahan, recolheu testemunhos, dados atmosféricos e rotas de radar. Por fim, incapaz de encontrar uma explicação ao sucedido, chegou até um alto oficial da CIA que tentou silenciar o assunto dizendo-lhe: “Esqueça tudo, deixe-se perder”. Callahan insistiu, mas os seus superiores na FAA impediram-no de aprofundar as investigações sobre este caso. Este avistamento ficou conhecido como o Incidente de Anchorage.
“É uma questão de acreditar em quem: nos seus olhos, que se podem enganar, ou no governo?”, observou ainda John Callahan.

Jean-Charles Duboc, comandante reformado da companhia Air France, contou ter-se cruzado a 28 de Janeiro de 1994, com um “enorme disco voador”, durante um voo diurno Nice-Londres. O objecto, que também foi observado por outros membros da tripulação, era de cor castanho-avermelhada e teria uns 300 m de comprimento. O mais incrível “é que se tornou transparente e desapareceu em 10 a 20 segundos”. Este caso, que se encontra descrito no Relatório COMETA, relatório semi-oficial francês tratando do fenómeno OVNI, redigido em 1999 por um painel de militares, cientistas e engenheiros franceses de alto nível, e que concluiu à realidade do fenómeno OVNI e do mesmo poder efectivamente ser uma manifestação material inteligente de origem extraterrestre (ver o artigo publicado neste site no Sábado 13 de Outubro, intitulado Reflexões sobre o Relatório COMETA), é considerado por esse mesmo painel um dos melhores casos de “radar/visual” a nível mundial, visto que o contacto visual da tripulação foi confirmado por uma detecção radar de cerca de 50 segundos. Salienta-se que o objecto desvaneceu-se ao mesmo tempo dos radares e da vista da tripulação.

Ray Bowyer, um piloto da Aurigny Air Services, uma companhia aérea das ilhas do Canal da Mancha, lamentou que nos Estados Unidos o fenómeno não seja tratado com a mesma transparência do que no Reino Unido. Afirmou ainda que no passado mês de Abril, comunicou de forma imediata às autoridades a presença de vários objectos estranhos sobre o Canal da Mancha. “Não é uma opção. As tripulações têm a obrigação de reagir dessa maneira”, indicou o piloto, que destacou que a situação é bem diferente da vivida há um ano pelos funcionários do aeroporto internacional de Chicago (EUA), que observaram um objecto estranho sobre o terminal. “As testemunhas tiveram medo de falar sobre o que viram por temerem perder o trabalho e a Agência Federal de Aviação disse-lhes que o que tinham visto era simplesmente um fenómeno meteorológico”, apontou Bowyer.

Um piloto-caça iraniano, também presente em Washington, contou ter tentado em vão atacar um OVNI em 1976, no decorrer do já conhecido Incidente de Teerão, também descrito no Relatório COMETA, mencionado anteriormente. É de referir que, na altura, a DIA (Defense Inteligence Agency) julgou este caso de “radar/visual”: “um caso clássico que reune todas as condições para um estudo válido do fenómeno OVNI”.

Perante problemas como estes, o astrónomo francês Jean-Claude Ribes considerou necessário superar os preconceitos. “Caso se pudesse comprovar a realidade do fenómeno, a hipótese extraterrestre seria a mais plausível para explicar a presença dessas naves avançadas. É uma possibilidade fantástica, mas não irracional, tendo em vista os dados existentes”, acrescentou.

O consultor da Revista UFO nos Estados Unidos, Roger K. Leir, informou que o número de pessoas que compareceram na conferência de imprensa ultrapassou todas as expectativas. “Havia grande quantidade de gente do lado de fora do amplo hall de conferências que estava tomado de repórteres e celebridades. O evento foi um sucesso sob todos os pontos de vista e é muito provável que a abertura dos arquivos tenha início”, afirmou.

Com esta conferência de imprensa sem precedentes na história da ovnilogia mundial, estaremos a assistir a uma tentativa de quebra de tabús e a uma tomada de consciência quanto à provável existência do fenómeno OVNI e à sua provável origem não humana ? Parece ser este o objectivo dos oradores presentes, que assumiram claramente que uma das suas pretensões era lançar, inicialmente nos Estados Unidos, e posteriormente a nível mundial, uma gigantesca campanha de esclarecimento da opinião pública sobre este assunto.

Lembramos que, já em 1999, o Relatório COMETA, já referido anteriormente neste artigo, fora divulgado publicamente em França através a publicação de um número especial do tablóide VSD (ver artigo neste site intitulado Reflexões sobre o Relatório COMETA), o que pode ter marcado o início deste movimento de tentativa de sensibilização da opinião pública. As divulgações feitas desde então pelas forças armadas de vários países (Reino Unido, Austrália, Irlanda, Chile, etc…), e as afirmações recentes de candidatos à presidência dos Estados Unidos (ver artigo anterior), para além de darem continuidade a esse movimento, podem traduzir a vontade certos Estados e de certas personalidades políticas e militares de se começar a “abrir o baile”…

Links em português:
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=66126
http://expresso.clix.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/165212
http://dn.sapo.pt/2007/11/14/ciencia/ovnis_novo_investigados.html
http://www.ufo.com.br/index.php?arquivo=notComp.php&id=3401
http://www.ufo.com.br/index.php?arquivo=notComp.php&id=3403
http://www.ufo.com.br/index.php?arquivo=notComp.php&id=3404
http://www.ufo.com.br/index.php?arquivo=notComp.php&id=3406
http://www.ufo.com.br/index.php?arquivo=notComp.php&id=3405

Link do artigo sobre o Relatório COMETA publicado neste site:
http://www.apovni.org/modules.php?name=News&file=article&sid=735&mode=thread&order=0&thold=0

Links em inglês:
http://news.yahoo.com/s/nm/20071113/od_nm/ufos_dc_1
http://www.msnbc.msn.com/id/21777913/
http://www.freedomofinfo.org/

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Luís Aparício

Luís Aparício

Chefe de redacção, fundador e activista.