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Conversas com a Carla – Louva a Deus na Golegã

LA Ele cheirava a alguma coisa?

C Isso é que eu já não me lembro, cheirar? Sim cheirava a qualquer coisa verde, quando eu o vi até pensei – que grande louva a deus e senti qualquer coisa cá dentro. A Carla virando-se para a mãe disse ” eu até te disse mas tu não acreditaste” a mãe após mais de vinte anos, relembrou-se desta afirmação da filha

LA O que é que acha de especial aqui nele?

LA Ele produzia algum som?

C Produzia sim, e entrava-me no ouvido, agora não sei explicar que som era aquele se era um zunido, não sei que tipo som era aquele ou se era alguma coisa que ele me estava a transmitir e fazia qualquer coisa dentro do ouvido, até fiquei parada a olhar para ele, eu estava a quatro metros dele, eu sei que aquilo me incomodou mesmo

LA A parte dele para baixo, ele tinha pernas?

C Tinha

LA Como é que eram as pernas?

C Faziam lembrar o louva-a-deus mas ele estava erecto, ele estava em pé

LA Como é que ele se deslocava?

C Eu não o vi a andar, estava só estático a olhar para mim

LA O que é ele transmitia?

C Primeiro foi a de estar a ver uma coisa estranha, eu senti que não era natural aquele louva-a-deus, visto andar a trás da bicheza e eu com oito anos ainda sabia o que é que era, eu senti que aquilo não deveria estar ali

LA Mas espere aí, onde é que ele estava, estava em terra?

C Ele estava em terra lá na quinta da Labruja, eu vi-o lá na quinta

LA E que altura é que ele tinha?

C Ele estava assim (exemplificando) olhava para mim, eu andei à procura em livros de zoologia e nunca encontrei nenhum louva-a-deus aqui na Terra daquele tamanho, os maiores que existem são os louva-a-deus pau, a altura dele deveria chegar-me ao peito (como tinha 8 anos na altura este louva a deus teria de altura cerca de 60 cm de altura), quando eu o vi pensei logo ele não era natural e o meu primeiro pensamento foi “que grande louva a deus”

LA Qual era a largura dele?

C Ele era magrinho, fazia lembrar um corpo humano mas em louva a deus

LA O que é que ele emitia?

C Eu sinto que ele não me queria fazer mal, parecia que ele me estava a dizer “não tenhas medo que eu não te vou chegar mais, eu vou ficar aqui” , tanto que eu não fugi ele olhava para mim e volta e meia esticava um braço esquerdo, também baloiçava a cabeça, depois olhava-me de alto a baixo, ele tão depressa apareceu como desapareceu

LA Então ele volta e meia esticava o braço?

C Esticava o braço esquerdo

LA Qual era a cor dos braços?

C Era todo em tons de verde e os olhos eram um tom de verde muito escuro, parecia um corpo misturado com um louva a deus, como se fizessem ali uma sobreposição, todo em tons de verde

LA A boca mexia-se?

C Não, não me lembro, que eu tenha reparado não, parecia que ele me transmitia qualquer coisa com os olhos, aquelas sensações de que ele não se ia aproximar era através do olhar, ele lá fazia um jeito qualquer que me dizia isto, tanto que eu não fugi, eu fiquei ali parada, só me fui embora quando aquilo desapareceu

LA Os olhos transmitiam a sensação de segurança?

C Sim, era como se ele tivesse a dizer, eu naquela altura sabia que ele não ia avançar mais, não ia dar um passo nem para a frente nem para trás, ia simplesmente ficar ali

A As antenas moviam-se?

C Quando ele fazia assim…. as antenas iam para trás (balouçava a cabeça para os lados), mas também só vi mexer as antenas duas vezes

LA E as antenas também eram verdes?

C Era tudo verde

LA De que cor eram os olhos?

C Os olhos eram verde escuro

LA Ele mexia um braço?

C Era como se tivesse a acenar com o esquerdo (dele) e o direito (dele) estava parado

LA Como é que ele desapareceu?

C Ele desapareceu, conforme ele apareceu ali à frente, esfumou-se no ar, não fez booomm, simplesmente esfumou-se no ar, sem nenhum barulho, sem nada, tanto que ele nunca fez nenhum barulho

LA Em que mês é que isto aconteceu?

C Eu sei que isto aconteceu entre a Primavera e o Verão, foi naquela altura em que as searas estavam a ficar todas amarelas

LA Terá sido em 1983?

C Sim 83 ou 84, eu estava a fazer a segunda classe

LA A que hora viu o louva a deus?

C Foi a meio da tarde

LA O céu estava enublado?

C Não, estava limpo, foi quando as searas começam a amarelar

LA Antes ou depois houve alguma coisa de especial no céu?

C Houve umas luzes brancas, eu lembro-me de ver às vezes um tipo de reflexos, lembraste virando-se para a mãe ” O pai andava sempre a trocar-me de quarto e eu dizia que queria um quarto com janela” o meu quarto tinha que ter uma janela

LA A que horas essa luzes apareceram?

C Sempre a meio da noite ou a meio da madrugada

LA Algum dos vizinhos comentou o avistamento dessas luzes?

C Eu nunca falava com os vizinhos

LA Foi na noite anterior que apareceu estas luzes?

C Foi nas noites anteriores, por exemplo aparecia hoje, amanhã não aparecia, aparecia no dia a seguir, depois deixava três noites sem aparecer, outras vezes não via as luzes mas clarões nas janelas, clarões brancos no pátio, depois fui apanhada de surpresa quando ia a passar por ali

LA Porque é que ia passar ali?

C Até era um sítio onde eu não costumava passar

LA O que é que havia de especial para nunca passar por ali?

C Não sei, acho que era um sentimento que eu tinha, eu pressentia que aquele sítio era mau, ou qualquer coisa assim, eu não gostava daquele sítio (onde apareceu o louva a deus)

LA Foi a única vez que isto se passou?

C Foi a única vez que isto se passou (aparecimento do louva a deus), eu sei que vivi isso

LA Algumas dessas luzes que apareceram tinha forma física?

C Eu nessa altura não sabia dizer ( tinha 8 anos) eu só me lembro de ver as luzes em si e quando não via a luz eram os tais clarões brancos que incidiam na minha janela, a sensação que eu tinha é que uma bola luminosa, passava por ali e fazia aquele reflexo no chão e ás vezes dava aqueles reflexos na minha janela, também tive no outro quarto que dava para aquele terrenozinho onde havia aquelas galinhas e os coelhos e também me dava lá e era acordada com flashes de luz, eu acordava muitas vezes durante a noite assim

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Luís Aparício

Luís Aparício

Chefe de redacção, fundador e activista.