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Corredor ibérico?

Hipótese
“A hipótese é o meu braço direito” – Kepler
Assim continuando nesta minha teoria: existe uma falha geológica, (de direcção NE/SW) conhecida e denominada pelos geólogos espanhóis, como Alentejo-Plasencia, que se estende por mais de 500 km, e que “nasce” em Piedrahita (Sierra de Ávila) passando por Barco de Ávila, Plasencia (via Arroyo de La Luz), e se dirige a Portugal entrando por Elvas, depois Monsarraz – Portel – Vidigueira – Aljustrel, e saíndo por Vila do Bispo directa às Ilhas Canárias.

Esta linha foi ventilada pelo geólogo caceraño, Juan Gil Montes, há 21 anos, aquando do 1º Congresso Ibérico de OVNIologia, realizado na Faculdade de Economia do Porto, onde se abordou o tema: “A sobrevivência de certos lugares sagrados e a sua íntima relação com o fenómeno OVNI”.
Voltando ainda à teoria da ortotenia, poderemos adiantar que ela foi formulada pelo falecido investigador Aimé Michel, nos anos 50.

Coleccionando recortes de jornais relativos à aparição de “discos”, Aimé Michel teve um dia a ideia de espetar pioneses num mapa de França, nos locais em que essas aparições haviam sido consignadas. Teve então a surpresa de verificar que as referências não emanavam de lugares ao acaso, mas de localidades dispostas ao “longo de linhas rectas”.

Esses alinhamentos não significavam (como alguns acreditaram, sem razão) que os engenhos se propulsavam de maneira rectilínea e eram sucessivamente avistados em vários pontos da sua trajectória. Com efeito, tratava-se geralmente de objectos que se prestavam a descrições diferentes e evoluiam de maneira completamente caprichosa. Achava-se, entretanto, que os locais onde se tinha assinalado a presença de objectos desconhecidos se encontravam dispostos, muito exactamente, ao longo de linhas rectas!

Como a alucinação, o erro ou a mistificação não têm por hábito propagar-se em linhas rectas, Aimé Michel pôde considerar esta disposição “ortoténica” como uma primeira prova científica da realidade dos OVNIs.
Como consequência, estas análises foram retomadas mais tarde por um outro especialista no estudo dos OVNIs, o matemático Jacques Vallée, cujas calculadoras revelaram que uma parte importante dos alinhamentos descobertos por Michel podia ser imputada ao acaso. Mas, após discussão, tornou-se claro que o cálculo electrónico não tomava em conta os alinhamentos mais notáveis, como o que se assemelhava em 24 de Setembro de 1954: às seis observações sobre uma mesma recta, nem os de 14 de Outubro, os quais se consevavam irredutíveis ao simples acaso!

Também Michel Carrouges, na obra “Des signes dans le ciel” (pp. 143, 145 e 147) confirmava: “Por si só, a noção de ortotenia tem efeito revolucionário. Descobrir que as observações de OVNIs se encontram, pelo menos em certos dias (do ano), situadas em série sobre linhas rectas, é descobrir que os próprios discos se manifestam ao longo de linhas rectas, o que nos dá uma prova imprevista, mas decisiva, da sua objectividade e uma confirmação geométrica do valor objectivo dos testemunhos.

Como Aimé Michel brilhantemente defendeu, a ortotenia traduz bem a prova da existência do fenómeno OVNI. Resulta daí, pois, que a ortotenia não é demonstrada como lei física, nem sequer, como comportamento determinado. Basta, contudo , que a ortotenia tenha sido estabelecida numa série de casos para fundar em realidade objectiva a base de testemunhos correspondentes.
Aimé Michel, descobriu, aquando da vaga de aparições de 1954, uma relação geométrica seguida no fenómeno OVNI. Com esta relação criou um vocábulo particular para o designar: a ortotenia (vocábulo de origem grega, que significa “o que se propaga em linha recta”).
Com a vaga Ovnilógica (1994/95) – a que chamámos o “Retorno dos Ovnis” – por toda a Península Ibérica, é-nos dado observar e respeitar essa linha ortoténica, não só a partir de Piedrahita (Sierra de Ávila) na província espanhola de Cáceres, mas, mais a norte (NW): Ferrol – Lugo – Pontevedra – Vigo (Galiza), passando por Bragança – Zamora – Piedrahita (começo da falha geológica “Alentejo-Plasencia”, já anunciada) – Barca de Ávila – Plasencia – Elvas – Monssarraz – Portel – Vidigueira – Aljustrel e Vila do Bispo, seguindo para as Ilhas Canárias.

E porquê esta teoria? Desde 31 de Dezembro de 1993 até Dezembro de 1995, registaram-se cerca de 150 avistamentos em Espanha, e cerca de 26 em Portugal. É lógico que as manifestações foram espalhadas por todo o país, mas se seguirmos o raciocínio desta linha a que passarei a chamar “corredor ibérico”, teremos: Porriño (Pontevedra) 11/11/93 – Semi-círculos com luzes de várias cores; Vigo (Pontevedra) 5/6/94 – “Boomerang” vermelho com luz branca no centro; Quintanilha (Bragança) 3/4/94 – Quadrado com luzes; Puebla de Sanabria (Zamora) 19/3/94 – Esfera vermelha da que se desprendeu outra mais pequena; Villarino (Zamora) 2/2/94 – Objecto com 500 metros de diâmetros, com luzes na sua parte inferior; Valencia de Alcântara (Cáceres) 6/11/94 – Objecto lançando raios de luzes, persegue carros; e finalmente Ferreira do Alentejo, 14/8/96 e seguintes – OVNI com luz azul, paira e persegue pastor. Chamo a particular atenção: de que não estão aqui enunciados (muitos) outros casos ocorridos neste “corredor ibérico”.

Muito especialmente as últimas manifestações ufológicas na Galiza – exactamente nesta linha, e outras.
Voltando ao caso português – o de Ferreira do Alentejo – podemos observar (traçando num mapa) que essa linha ortoténica (ou “corredor ibérico”), isto depois de cruzar Vidigueira, vai passar precisamente em Beringel – a 11 quilómetros de Ferreira, e à mesma distância de Beja. Seguindo para Aljustrel (minas) com passagem pela Barragem do Roxo, etc…
Coincidência? Talvez…

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Luís Aparício

Luís Aparício

Chefe de redacção, fundador e activista.