“Por enquanto, não extraímos o crânio do terreno. Para isso, precisamos realizar certos trabalhos de limpeza antes”, disse à EFE Lorkipanidze, que acrescentou que a descoberta aconteceu “há poucos dias”.
Ainda é preciso esperar os resultados dos testes que serão feitos quando o crânio for retirado da jazida, mas o cientista destacou que “já se pode dizer que (a peça) tem aproximadamente 1,8 milhão de anos”.
Lorkipanidze disse que este é o quinto crânio de hominídeo encontrado nos últimos anos em Dmanisi, que fica a cerca de 85 quilômetros a sudeste de Tbilisi e sofre com escavações arqueológicas desde 1983.
Os hominídeos de Dnamisi foram catalogados pelos cientistas georgianos como os representantes mais primitivos do “Homo erectus”.
Na cidade, há restos mortais de mais de 20 hominídeos, o que torna a jazida a mais antiga do mundo.
Até a descoberta em Dmanisi, os cientistas consideravam que para sair da África os hominídeos precisavam ter grandes cérebros, de um volume da ordem de 1.000 centímetros cúbicos. Todavia, os crânios encontrados pelos arqueólogos georgianos são menores, de pouco mais de 600 centímetros cúbicos.
Os trabalhos realizados em Dmanisi fazem parte de um projeto internacional de pesquisa que tem o patrocínio da Academia de Ciências da Geórgia e a participação de cientistas de Alemanha, Espanha, Estados Unidos e França.