O sistema fica na constelação de Puppis (a Popa), a 41 anos-luz da Terra. E um dos planetas do sistema fica dentro da chamada zona habitável, onde a temperatura permite a existência de água no estado líquido.
Simulações teóricas sugerem que o planeta que fica mais próximo da estrela central do sistema seja composto de rocha. Já o planeta do meio teria uma composição mista, de rocha e gás. O terceiro, que é o que está na zona habitável, provavelmente é feito de um núcleo de rocha e gelo, envolto num denso envelope gasoso.
Embora essas condições não sejam favoráveis à presença de vida, ele poderia ter luas rochosas onde existiria água, fator essencial para a vida como a conhecemos.
O fato de observações do telescópio espacial Spitzer terem revelado que é altamente provável que esse sistema tenha também um cinturão de asteróides põe “uma cereja no bolo”, segundo um dos autores do trabalho que descreve a descoberta dos planetas, Willy Benz, da Universidade de Berna, citado em nota do Observatório Europeu Sul (ESO), no Chile, onde ocorreu a descoberta.
Os planetas foram descobertos após mais de dois anos de estudo da estrela HD 69830, que é apenas um pouco menor que o nosso Sol. A descoberta dos planetas foi indireta – feita a partir de variações na velocidade da estrela. Os três mundos giram em torno de HD 69830 com períodos de 8,67, 31,6 e 197 dias, respectivamente.
Os dois planetas que giram mais perto da estrela têm massas de cerca de 10 vezes a da Terra. O terceiro, de 18 vezes.
Esses três novos mundos elevam o total de exoplanetas – planetas fora do nosso sistema solar – conhecidos a 190, e aumentam a probabilidade de que sistemas solares estáveis, contendo mundos rochosos semelhantes à Terra, sejam comuns no Universo.
Fonte: http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2006/mai/17/313.htm
Carlos Orsi