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Festival de sons e luzes no céu da cova da beira

Relato da Isabel Alves:
Bem eu estava deitada na cama a tentar adormecer a minha filha e como sei que é uma situação sempre demorada aproveitei e até estava a ouvir uma palestra no mp3 com os fones nos ouvidos. A dado momento, por volta das 22H00 ela sustém a respiração até assustada e pergunta “que barulho é este?”. O pai tranquilizou-a, esclarecendo que se tratava de barulho de aviões.

Enquanto aguardava que ela adormecesse, fui sempre ouvindo aquele ruído (apesar do som do mp3) idêntico a um corrupio de aviões, semelhante a caças (f-16) a sobrevoar por cima da minha casa.

O que mais me intrigava era o facto de aquele som se manter durante tanto tempo, pois normalmente quando se ouvem estes meios aéreos, é de passagem e raríssimas vezes ao ano.

Assim que ela adormeceu (cerca das 22H30) fui para o piso das águas furtadas, abri uma clarabóia e fiquei a contemplar as estrelas, pois nesse instante não existia nenhum som.

Entretanto, numa das direcções para onde olhei, virada para norte (Serra da Estrela) apercebo-me de uma luzinha movimentando-se lentamente a uma altitude similar á das estrelas e de dimensão semelhante a estas.

Luz esta sem qualquer piscar, igual a tantas outras que tenho tido a felicidade de observar no céu. Subitamente, eis que constato pela primeira vez, duas luzes a baixa altitude, deslocavam-se de forma paralela com alguma (pouca) distância entre elas, nem consegui tirar os olhos delas a tentar gravar cada pormenor, quase que era possível observar o formato delas para além da luz, tão lentas e sublimes mas que passados poucos segundos desapareceram. Fiquei maravilhada.

Entretanto volto a ouvir o som forte (semelhante a um avião) a passar bem perto mas não consegui ver nenhum avião. Os aviões que normalmente vejo cruzar-se no céu, voam a grande altitude percebo pelo som que produzem o sítio onde supostamente devem ir, e quando olho para essa direcção lá vejo as luzinhas bem longe e bem alto a piscar. Aqui os aviões passam a grande altitude mas mesmo assim de vez em quando é possível perceber-lhes o som.

Depois deste último “barulho” e passados poucos minutos volto a ver uma pequena luz em movimento, mais pequena, que me dá a ideia de estar a uma altitude mais elevada. Neste momento é que lhe telefonei 22h42, pois eram tantos acontecimentos e senti uma vontade enorme de partilhar a minha alegria. Enquanto falámos voltei a ouvir aquele som, idêntico à passagem de aviões a baixa altitude e pouco depois, já sem ouvir qualquer som, volto a ver duas luzes que se deslocavam lentamente (estas em direcção à Serra da Gardunha) a uma distância um pouco maior do que as anteriores mas uma mais á frente e outra um pouco mais atrás, desaparecendo subitamente todas elas com alteração de luminosidade no momento antes de se sumirem (parece que se percebe apagarem a luz).

Depois de desligar a chamada, fui buscar a máquina fotográfica. Voltei para o ultimo piso, mas fui para o terraço para ter um panorama maior do céu que tinha poucas nuvens. Voltei a ouvir mais aqueles sons, o Pedro veio trazer-me a câmara de filmar já que a máquina estava sem bateria, e tivemos a certeza do percurso que o som fez em toda a volta da casa, veio da zona da Covilhã em direcção a sul, rodou e o som voltou em direcção a norte, no fim do som vimos uma luz de cor mais amarelada durante dois ou três segundos.

Vimos a maior “estrela cadente” de sempre, pena que não deu tempo para fotografar, espectacular, pois viu-se uma espécie de explosão e o rastilho, depois dessa vimos mais duas, isto durante uns dez minutos. Depois pedi-lhe para sair para tentar perceber se estando só surgiam mais aparições, apenas vi algo semelhante a um pássaro a passar por cima de mim mas sinceramente, morcego não me pareceu e pássaro … também não :).

De qualquer forma, quer tivessem passado caças da Força Aérea, quer não fossem, tenho a certeza absoluta e inequívoca do que os meus olhos viram, foi uma noite em cheio.

Já fui propositadamente à Serra da Estrela e da Gardunha para ver as “minhas luzinhas” e sempre as observei lá bem no alto, algumas vezes em parelhas (duas ou três juntas em deslocação) e algumas até se deixaram ser vistas durante vários minutos, mas ontem foi demais.

Lamento não ter nenhuma foto para comprovar, acredito que hei-de conseguir um dia :).

Comentário:
Conseguimos apurar que não foi feito nenhum exercício da FAP na Gardunha nesta noite de 22 de Novembro 2011.

Muito se tem falado do passado e presente misterioso da Serra da Gardunha. A APO já lá fez uma vigília e ao longo dos anos de investigação conseguimos recolher provas que a Serra da Estrela e a Serra da Gardunha, podem ser o habitáculo de algo muito enigmático.

Depois de publicarmos esta noticia lemos no nosso forum a descrição feita pelo Silvério, que colamos abaixo:

Passou aqui em Midões (Tábua) um no dia 22 de Novembro, pelas 22:30 horas. Segundo a minha testemunha, o objecto era escuro, tapava as estrelas por onde passava, fazia um ruído tipo avião caça (que podia muito bem não ser proveniente do objecto), era rectangular e tinha uma luz branca intermitente em cada vértice do rectângulo. Era grande e voava muito baixo … ainda tenho que averiguar mais junto a esta testemunha (o que obtive foi à pressa e num local não adequado).

Luís Aparício

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Luís Aparício

Chefe de redacção, fundador e activista.