MULLER – viveu até aos noves anos de idade na Alemanha, tem hoje 45 anos e tem um longo historial de abduções, até conhecer a APO já tentou de todas as maneiras livrar-se desse contacto com o invisível. Passou pelos Centros Espíritas mas sem lhe terem conseguido fazer compreender ou afastar aquilo que só a si afligia. Parecia que estava sozinha num mundo sem ninguém a ajudar. Contou-nos que foi a maior alegria da sua vida encontrar em Portugal pessoas que falavam a sua linguagem, isto é, sabiam entendê-la, conheciam os seus problemas e que faziam conferências públicas periódicas sobre a sua vida secreta.
MULLER – Eu e a minha irmã fomos ao Bar Berber em Famalicão (a 350 Km a norte de Lisboa) e sentimos que estávamos a ser observadas.
Amiga da MULLER – Eu lembro-me de tu contares isso mas não me lembro deles.
MULLER – A minha irmã acho-os horrorosos. Disse que pareciam parolos, feios, mas eu achei-os…….
Amiga da MULLER – Também a tua irmã achou todos aqueles que lá estavam (os homens), eram parolos.
Luís Aparício (LA) –Eles vinham vestidos com que roupa?
MULLER – Eles vinham vestidos como nós, normais.
LA –como eram os olhos deles?
MULLER – Os olhos deles, pareciam que tinha a parte branca, toda cheia de água.
LA –Tinham pálpebras?
MULLER – Tinham olhos bem feitos.
LA –Tinham sobrancelhas?
MULLER – Também.
MULLER – Só que esse dos olhos tinha a cabeça mais achatada, a testa era mais baixa e os olhos o nariz e a boca estavam mais concentrados, eram mais largos ao nível das orelhas e mais estreito na testa.
LA –Tinha dito que era só um?
MULLER – Não, eram dois, um tinha a cabeça mais alta com a testa mais subida e os olhos mais largos. Em termos de estrutura física, além de altos eram normais e bem constituídos.
A única coisa que me chamou a atenção foi, os olhos de um e a forma da sua cabeça e a cabeça do outro que era mais subida a nível da testa.
Luís Aparício e Muller.
A pedido da mesma foi modificada a sua face.
LA –Sabe se outras pessoas comentaram o assunto?
MULLER – Eu é que chamei à atenção porque eles estavam sempre a olhar para nós e olhavam particularmente para mim porque eles estavam entre a minha mesa e a deles havia um espaço livre, tinha um corrimão à volta e eles olhavam para nós directamente e eu para eles na diagonal.
LA –O que é que sentiste quando eles começaram a olhar para ti?
MULLER – Simplesmente achei estranho e fiquei desconfiada.
LA –Eles telepaticamente transmitiam-te alguma coisa?
MULLER – Eles só sorriam para mim.
LA –Eles sorriam telepaticamente?
MULLER – Não, eles sorriam mesmo, via-se a expressão facial.
LA –Eles tinham dentes?
MULLER – Tinham, eles estiveram a cerca de 50 centímetros de mim. Nós depois descemos e ainda fomos à casa de banho e depois fomos para a caixa registadora para pagar, antes de sair e quando eu me apercebi eles estavam, os dois, mesmo por detrás de nós.
LA –Eles transmitiram algum som?
MULLER – Não.
MULLER – Nessa altura reparei melhor naquele cujos olhos pareciam que estavam cheios de água. Dava a sensação de serem mais salientes. A parte branca tinha a íris e a pupila do olho dentro e por fora parecia um balãozinho transparente de água.
LA –Eles emitiram algum som?
MULLER – Não mas eles falavam.
LA –O que é que eles falavam?
MULLER – Não cheguei a perceber porque havia lá muita música no estabelecimento e não dava para perceber.
LA –Como é que eles desapareceram?
MULLER – Nós saímos e ficamos à porta a conversar com o dono do estabelecimento, e o dono perguntou-nos o que é que achávamos da casa e da decoração.
LA –Viste-os a sair?
MULLER – Eles saíram, eu vi-os a sair e eles atravessaram a rua.
LA –Como é que era o andar deles?
MULLER – Normal mas apressado.
LA –Como é que eram as calças?
MULLER – De ganga, acho que estavam de ganga.
LA –Como era a camisa?
MULLER – Estavam com roupas claras.
LA –Eles eram carecas ou tinham cabelo?
MULLER – Um tinha mais cabelo do que o outro, aquele que tinha a testa mais alta tinha o cabelo mais comprido.
LA –Achas que poderás algum dia voltar a vê-los aqui na rua?
MULLER – Se eles voltarem cá, decerto irei vê-los.
LA –Como desapareceram eles?
MULLER – Nós tínhamos o carro estacionado numa rua transversal à rua de frente do bar. Há rua em frente ao bar e há duas transversais. A parte detrás dos edifícios é um monte. Então do lado direito do bar na perspectiva de quem sai, havia um palco e um estacionamento largo.
Quando nós fomos para o Berber havia lá poucas viaturas estacionadas. Numa dessas ruas atrás do Berber estava estacionado o carro da minha irmã.
Na direcção que eles seguiram, eles teriam de fazer a passagem, por onde estava o carro da minha irmã, contornando um jardim que estava à volta e ia sair pelo outro lado.
Essa rua só tinha saída no sentido norte. Por isso eles teriam de dar a volta e eu não vi nenhum carro passar.
LA –Eles ao sair foram em direcção a algum carro?
MULLER – Não, eles ao sair atravessaram a rua e foram para essa parte de trás que tinha poucos carros estacionados e onde estava o palco e reparei que à volta do palco havia um gradeamento, como aqueles que se põem nos concertos.
Então, quando eles passaram o gradeamento que separava o palco de um outro prédio, um deles ficou debruçado sobre o gradeamento.
Esse que estava debruçado sobre o gradeamento, olhou para trás e espreitou na direcção em que nós estávamos (que era mesmo em frente à porta do bar).
LA –Ele saltou o gradeamento?
MULLER – Não eles passaram de lado por havia abertura de lado entre o prédio e o gradeamento e eles passaram para o outro lado, só que eu não vi nenhum carro passar.
Se eles chegaram ao bar, primeiro que nós, tinham que ter o carro lá no estacionamento, então eles ao saírem tinham que se dirigir para essa zona, só que eu não vi nenhum carro passar.
LA –Antes ou depois havia alguns elementos no céu.
MULLER – Só quando estávamos já a chegar a casa (viram algo de estranho). Nós enganámo-nos no caminho ao vir para de Barroselas para Famalicão, fizemos um trajecto sem saber por onde é que entrámos, só descobrimos foi a saída, porque não sabíamos onde estávamos (andaram perdidas).
LA –Houve algum lapso de tempo perdido.
MULLER – Não, só estranhávamos a mudança de trajecto porque nós saímos de Famalicão por um sítio onde não tínhamos entrado. Passamos por uma estrada à ida e viemos por outra ao regresso.
Depois quando estávamos a chegar quase a minha casa a uns dez metros da minha casa ao virar para a minha rua eu vi que a zona onde eu vivo estava com algum nevoeiro. Havia uma parte mais forrada (?) no meio da estrada e aí nessa zona da rua eu vi uma luz vermelha.
LA –Então não havia nevoeiro no céu?
MULLER – Havia nevoeiro no céu, e estava lá em cima também uma luz vermelha rectangular era um vermelho muito camuflado.
LA –A luz era rectangular?
MULLER – Sim
LA –Em que dia é que isto foi?
MULLER – Ah! Já não me lembro, eu registei isso, eu tenho a data registada
LA –Foi este ano?
MULLER – Foi em fins de Julho de 2005
Reportagem efectuada em Outubro de 2005, mas só agora descoberta nos meus arquivos. Desculpem este atraso.
Luís Aparício
luz@oninetspeed.pt