Mas uma equipe de astrônomos europeus publicou um artigo na edição desta semana da revista “Nature” sobre um buraco negro em particular, localizado há cerca de cinco bilhões de anos-luz, que não apresenta evidências de ter uma galáxia hospedeira. Um ano-luz equivale a 10 trilhões de quilômetros, a distância que a luz viaja em um ano.
O buraco negro foi detectado quando cientistas tentavam encontrar quasares – objetos pequenos, extremamente distantes e brilhantes, que são fortemente associados a buracos negros. Astrônomos acreditam que um quase é produzido por gás cósmico, quando este é atraído ao centro dos grandes buracos negros.
A maioria dos quasares e buracos negros encontram-se no meio de galáxias maciças e em sua pesquisa de 20 quasares relativamente próximos, os cientistas encontraram 19 dentro desse padrão. Mas um não apresentou sinais de ter uma galáxia como hospedeira.
Usando o telescópio espacial Hubble e o Grande Telescópio no Chile, os astrônomos afirmam que esse buraco negro singular pode ser o resultado de uma rara colisão entre uma galáxia espiral normal e um objeto exótico que abriga um buraco negro.Um problema com a busca por quasares é que eles são tão brilhantes que ofuscam a maioria das galáxias que os cercam, da mesma maneira que os fortes faróis de um carro podem dificultar a visão do veículo. Então, se uma galáxia está presente ao seu redor, é difícil detectá-lo.
Os astrônomos europeus usaram dois telescópios para superar esse problema ao comparar os quasares que observavam com uma estrela-referência. Isso tornou possível para eles diferenciar a luz de qualquer galáxia possivelmente presente nas redondezas.