O documento foi assinado em Roma, na sede do Ministério da Educação, na presença de representantes de ambos os países, entre eles a ministra italiana da Educação, Letizia Moratti; o secretário de Estado argentino para a Ciência e Tecnologia, Tulio Del Bono; e diretores de importantes agências espaciais.
O sistema, que contará com seis naves no espaço, receberá uma contribuição de 1,1 bilhão de euros da Itália, e terá como principal objetivo prever a tempo desastres naturais, como inundações, incêndios e maremotos.
“Trata-se de um sistema único em seu gênero, em que se unem a capacidade científica e tecnológica dos dois países. Teremos informações atualizadas a cada 12 horas, e de alta resolução, algo muito importante para todos os países da América Latina, que poderão ter acesso a elas”, disse Del Bono à AFP.
O sistema, que começará a funcionar em 2009, vai reforçar as relações entre Itália e Argentina, que se deterioraram nos últimos três anos, depois que 400 mil aposentados italianos compraram títulos do Estado argentino, perdendo os investimentos após a declaração do default, em 2002.
O projeto espacial prevê a construção de dois satélites radares de grande envergadura na Argentina e quatro na Itália. O físico argentino Conrado Varotto, diretor-executivo da Comissão Nacional de Atividades Espaciais (Conae), ilustrou com quadros, infográficos e documentos o novo sistema de satélites, que permitirá a observação de 80% do globo terrestre.
“Com esta tecnologia, poderemos ter acesso a informações vitais para prevenir ou monitorar eventuais desastres, como terremotos, incêndios, inundações, furacões, deslizamentos de terra, derramamentos de petróleo, pragas agrícolas, desertificações, secas e terremotos”, garantiu Varotto. Pesquisadores dos dois países serão treinados especialmente para o projeto.
AFP
Fonte: Terra