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Mais sondas para o sol

WASHINGTON (Reuters) – A Nasa lançou duas sondas para captar as primeiras imagens tridimensionais do Sol e estudar as violentas tempestades solares ao longo de uma missão prevista para durar dois anos.

A agência espacial dos Estados Unidos disse ter dado início à missão Solar Terrestrial Relations Observatory –ou Stereo–, na noite de quarta-feira, do cabo Canaveral, na Flórida.

As duas sondas, do tamanho de carrinhos de golfe, vão girar em torno da Lua antes de partir para circular o Sol em duas órbitas diferentes.

Da mesma forma como os seres humanos usam seus dois olhos para ter uma percepção de profundidade, as diferentes imagens captadas pelas duas sondas permitirão aos astrônomos montar imagens tridimensionais do Sol.

As aeronaves também vão coletar dados sobre as violentas tempestades solares, chamadas de ejeções de massa coronal. Essas tempestades são capazes de atrapalhar as transmissões de satélite e de rádio e as redes elétricas na Terra.

As tempestades ainda podem provocar as auroras boreal e austral, fenômenos verificados nos extremos sul ou norte da Terra e que consistem na iluminação do céu durante a noite.

A missão deve ajudar os cientistas a projetar satélites e outros equipamentos de exploração espacial de modo a minimizar os problemas provocados pelas tempestades solares, disse a Nasa em um comunicado.

“A natureza possui vontade própria, e o Stereo nos ajudará a descobrir como evitar essas surpresas provocadas pelo Sol”, disse Michael Kaiser, um cientista envolvido no projeto Stereo e que trabalha no Centro de Vôo Espacial Goddard, em Maryland.

Tempestades solares particularmente violentas geram radiação suficiente para supostamente matar astronautas pegos de surpresa do lado de fora de suas naves espaciais.

Na semana passada, cientistas disseram que precisam estudar os riscos oferecidos pela radiação solar a ser enfrentada nas missões de longo prazo na Lua ou em Marte.

A missão Stereo também deve medir os ventos solares –um fluxo de elétrons e prótons que vem do Sol.

Os ventos solares impedem Mercúrio de manter qualquer tipo de atmosfera e são os responsáveis por tornar menos espessa a atmosfera de Marte.

O campo magnético da Terra a protege de ser atingida com toda força pelos ventos solares. Isso só não acontece quando há ejeções particularmente potentes de massa coronal.

Andy Sullivan

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Luís Aparício

Luís Aparício

Chefe de redacção, fundador e activista.