Diariamente vai até à janela, mas no domingo às 00.30 horas, achou que algo de anormal se estava a passar, começou por avistar umas luzes que vinham de baixo para cima, portanto da zona do mar para o céu. De imediato pensou que a primeira bola de luz que vê subir poderia ser parecido aos foguetes que são lançados para o céu, quando há festas com fogo de artificio, mas não, aquela primeira luz nasceu de baixo e evoluiu para diversos cantos do céu. Perante os seus conhecimentos que tem do local, aquela luz deveria vir duma zona entre o Forte de S. Julião e o Cabo Espichel.
Esquema desenhado pelo Rui Cruz, para exemplificar a dança das bolas de luz
Percebeu logo que aquilo não era normal e ficou com medo, perante aquela evolução nocturna. Pensou logo que aquela bola de luz não era fruto da nossa tecnologia, não poderiam ser exercícios militares. Para ver melhor foi buscar o seu monóculo e vê que essa primeira bola de luz é de cor amarela, mas a parte de baixo é avermelhada. Também ligou para a sua esposa a anunciar este avistamento. Pensou em tirar uma foto com o telemóvel mas pensou logo que o mesmo não tem boa definição, a máquina fotográfica não tem rolo, optou assim por ficar aqui ali ver os acontecimentos.
Depois de aparecer a primeira bola de luz, vieram mais seis, ficando ao todo sete bolas de luz que não ficavam paradas, tinham um movimento ténue. Rui conseguiu verificar que existiam estrelas por detrás, que estavam quietas, mas que estas sete se movimentavam.
A bola de luz maior amarelada tinha na base uma zona avermelhada
No conjunto das sete bolas de luz que se movimentavam havia duas que eram maiores que as outras, possuindo uma magnitude igual à máxima de Júpiter. Todas as bolas de luz evoluíam duma forma errática, subiam, depois viravam à esquerda, depois podiam descer, depois podiam virar à direita, depois poderia estar só uma bola de luz, logo a seguir ficariam duas, depois vinham todas, sempre em movimento num espectáculo entre dez a quinze minutos.
Uma dessas bolas de luz menores, quando observada pelo monóculo, emitiu um feixe de luz nas duas direcções, para cima e para baixo. Nessa noite não havia nuvens e o céu estava perfeitamente azul preto. Mesmo no fim desta exibição ficaram só duas bolas de luz amarelada a movimentar-se.
Uma das bolas de luz menores emitiu um feixe para cima e para baixo
Foi nesta altura que pensou «eu estou a ver ovnis e eles estão a preparar-nos qualquer coisa, acho que nos estão a observar e acho que a presença deles tem a ver com a orla marítima, ou algo que lá exista».
Buscando memórias do passado, em algo de anormal na sua vida, Rui só se lembra dum episódio quando esteve em Albufeira, tinha doze anos e ter visto um fantasma, mas diz que era algo daquele lugar. Essa personagem, apareceu-lhe no seu quarto, era alto, esguio, tinha uma cara muito feia, trazia uma bata branca vestida meia aberta e vinha a mexer alguma coisa, pressupôs que poderia ser um bisturi, não sentiu cheiro. Esse hipotético fantasma entrou a partir da porta do seu quarto, esteve somente alguns segundos e nessa altura o Rui assustou-se e chamou pela sua tia, visto ter ficado com muito medo, depois essa personagem desapareceu e nunca mais aconteceu ver mais nada de anormal.
Rui Cruz, tendo a NATO à esquerda e o mar em frente
Rui disse-nos, «no domingo andei à procura na SIC Noticias, na RTP e nos jornais e não vi mais ninguém relatar este avistamento das bolas de luz no domingo e acho que irá ser só o vosso site a noticiar este avistamento».
Luís Aparício
2010/09/16