Três desses planetas foram descobertos pelo fenômeno das lentes gravitacionais, previstas por Albert Einstein. Mas a grande maioria foi encontrada pelo efeito gravitacional que causam em sua estrela. É nesta categoria de busca que entra o novo equipamento, batizado de ET (“Exoplanet Tracker”).
“Nas últimas duas décadas, os astrônomos já procuraram novos planetas em cerca de 3.000 estrelas,” conta Jian Ge, um dos desenvolvedores do novo equipamento. Com o desenvolvimento do ET, ele espera que, em um período equivalente, seja possível estudar 100.000 outras estrelas.
O novo equipamento torna a pesquisa mais rápida e mais barata. Ele mede a velocidade das estrelas com altíssima precisão, utilizando uma técnica de interferometria proposta por David Erskine, em 1997. O novo enfoque tem duas vantagens importantes sobre os métodos atuais de se procurar planetas: baixo custo e eficiência muito maior.
O ET é muito menor e mais barato do que os instrumentos atualmente utilizados. Devido à sua maior precisão, os astrônomos poderão utilizá-lo para procurar planetas em estrelas muito distantes, que apresentam brilho fraco, ou por meio de telescópios menos potentes.
A pesquisa foi apresentada na última reunião da American Astronomical Society, quando também foi relatada a descoberta do ET-1, o primeiro planeta a ser detectado com o novo instrumento, medindo cerca da metade da massa de Júpiter.