Avançar para o conteúdo

O Chupa-Chupa em filme

É nesse contexto que os directores Roger Elarrat e Adriano Barroso desenvolveram o enredo do documentário Chupa-Chupa, a História que Veio do Céu. Segundo o director Roger Elarrat, a produção começou a ser planejada a cerca de três anos, depois de um convite do cineasta Adriano Barroso. Explica que o tema é bem conhecido na Região Norte, mas quando surgiu a ideia de registrar a história o assunto estava um pouco esquecido.



Apresentação de 3,45 m deste filme

“Nossa idéia sempre foi um documentário para o DOCTV. Queríamos um projecto com enfoque cultural e não investigativo. Essa abordagem sobre o episódio foi o que mais nos interessou. Muitas matérias jornalísticas e documentários já haviam sido feitos e sempre a questão ufológica era o ponto de partida. E não era o que queríamos. A história que decidimos contar foi sobre os eventos ocorridos há 30 anos e da transformação cultural que causou no nosso estado. Nosso interesse era mostrar as pessoas e não os alienígenas.”

No filme, a influência do episódio no imaginário dos Colarenses é apresentado por meio da obra do Mestre Pacau, pescador e compositor de Carimbó que tem como principal tema o ‘Chupa-Chupa’. A narrativa é construída com registros de uma festa de Carimbó e suas músicas, as conversas em mesa de bar, e dos depoimentos de pescadores que relembram e contam a história da janela de casa. Tudo isso amarrado por meio de um fictício programa de rádio sobre os 30 anos das luzes no céu. Todas as gravações aconteceram à noite para manter o clima pois a intenção do documentário era mostrar que a história acontecia durante o programa de rádio.

“A operação militar, a mobilização do prefeito de Colares e o trabalho da médica envolvidos no período são apenas o pano de fundo para o documentário. Eles são o ponto de partida para a transformação no imaginário popular no Pará. O Mestre Pacau é o nosso ponto de chegada depois de 30 anos. Ele não é testemunha, mas um artista da terra que se utiliza do seu próprio folclore para falar de Colares através da música. O Carimbó preenche o filme para contar o presente. Mostrar quem são essas pessoas que celebram, que contam histórias, que colocam Colares como um ponto no mapa por sua maior peculiaridade: a história do Chupa-Chupa”, explica Elarrat.

O cineasta comenta, ainda, que em Chupa-Chupa, a História que Veio do Céu não houve investigação para saber se os fatos aconteceram ou foram apenas histerismo colectivo. “Não diferenciamos as testemunhas dos contadores de histórias. Apenas demos voz à maior referência cultural da Ilha de Colares através do Mestre Pacau.”

http://www.cultura.gov.br/noticias/noticias_do_minc/index.php?p=27471&more=1&c=1&pb=1

Nota:
No livro “Mistérios do Brasil” do jornalista Pablo Villarubia Mauso, este fenómeno não se deu somente em Colares, mas estendeu-se desde o Atlântico até ao interior do Brasil. A cidade de Viseu nas margens do rio Gurupi perto da divisa com o Maranhão, também Curupati, Urumajó, Itaçu, também muitos outros lugares ao longo do rio Gurupi na Baía de S. Marcos onde estava também Augusto Correa, Bragança, Vigia, Santo António do Tauá.
Ainda segundo Pablo V. Mauso, as primeiras aparições deram-se na Baixada Maranhense, nos municípios de Pinheiro, São Bento, São Vicente Ferrer e Bequimão, Presidente Figueiredo, no sul do Maranhão e na região de Carolina.

Daniel Rebisso Giese foi o principal pesquisador deste fenómeno e relata que vários oficiais da aeronáutica lhe disseram que acreditavam que os ovnis que entre 1977 e 1979 apareceram, provinham de bases submarinas, pelo facto dos objectos quase sempre apareciam de lugares onde havia água e muitos de mares abertos. Também foram vistas luzes debaixo das águas. Daniel Giese resume, estes acontecimentos obedecia a uma espécie de plano inteligente, o fenómeno começou na Baixada Maranhense, passa pelo litoral do Pará e foi entrando pelo Rio Amazonas, passando pela cidade de Monte Alegre e Alenquer. Uma amiga do Daniel da Venezuela, afirma que o Chupa-Chupa também aconteceu no seu país.

Luís Aparício

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Luís Aparício

Luís Aparício

Chefe de redacção, fundador e activista.