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Olá, ouviu na sua cabeça

Pensando que era seu filho que tinha acordado (que na altura dos factos tinha 2 anos*) e que tinha acabado de entrar no quarto, a testemunha inclina-se de lado para voltar a acender o candeeiro da mesa de cabeceira e nesse momento ouve nitidamente uma voz na sua cabeça a dizer-lhe “olà”, sem no entanto poder afirmar se era voz de homem ou de mulher.

Logo de seguida, a testemunha deixou de sentir a cama, sentindo um vazio por baixo dela durante cerca de 2 a 3 segundos, com uma sensação de tremor por todos os músculos do seu corpo.

Praticamente sem transição, vê-se deitada num local mergulhado numa luz muito branca e difusa, sem no entanto conseguir distinguir tecto, paredes ou qualquer fonte de luz aparente. A testemunha recorda- se ter pensado neste momento algo como: “Então deitei-me agora mesmo e já estou a sonhar ? Que coisa tão estranha !!!”.

Refere-se que, apesar da testemunha ter tido a sensação de estar deitada na horizontal, não tem recordação de ter sentido, neste momento, algo nas costas que pudesse servir de suporte ao seu corpo, como se estivesse a flutuar em posição horizontal. Após 3 a 4 segundos, luzes de cores variadas {amarelo, cor de laranja e vermelho) começaram a girar em volta da testemunha, tendo esta assemelhado as mesmas a “algo muito psiquedélico, como se estivesse no interior de um caleidoscópio”.

Passados segundos, a testemunha sentiu seu corpo pousar devagar sobre um suporte e as luzes “psiquedélicas” desapareceram subitamente, ficando apenas a luminosidade branca e difusa, já referida anteriormente.

Testemunha Luís Martins
Idade 38 anos* (na altura dos factos)
Estado Civil Casado com 2 filhos que na altura dos factos tinham 7 e 2 anos
Profissão Enfermeiro
Data da ocorrência Novembro de 2004
Local da ocorrência Sintra, a cerca de 10 km a oeste da cidade de Lisboa)
Hora da ocorrência De madrugada, sensivelmente entre as 01h00 e as 03M5 locais
Duração total da ocorrência Supostamente cerca de 02,30h
Tipo de ocorrência Possível E.l (Encontro Imediato) de 4° grau – classe 1 (Hynek, 1972)
Fiabilidade do caso 3 – 2 – 3 (Vallée, 1990)

A testemunha sente então que lhe estão a mexer no pé direito. Querendo movimentar-se, apercebe-se que se encontra parcialmente paralisada, podendo apenas mexer a cabeça e o pescoço. Levantando então ligeiramente a cabeça, nota que continua vestida com seu pijama e vê a meia do seu pé direito sair sozinha, como se estivesse a ser tirada por uma pessoa invisível. A testemunha lembra-se de ter ficado, neste momento, completamente “aparvalhada” por estar a fazer um “sonho tão estranho”.

Subitamente, a testemunha sente várias mãos a segurarem-na com firmeza, mas sem a magoar, a nível das pernas (tíbias e acima dos joelhos) e dos braços, mas continuava a não ver ninguém, como se estivesse a ser segurada por várias pessoas invisíveis. Aí, começou a ficar realmente assustada, visto que queria livrar-se de quem estava a segurá-la, mas continuava sem se poder mexer e sem conseguir “acordar deste sonho”. Foi então que sentiu o contacto duma mão “quente” com dedos muito compridos, ela também invisível, a segurá-la a nível da garganta. A testemunha sentiu-se então totalmente paralisada, sem poder sequer mexer a cabeça desta vez, razão pela qual admite ter entrado em estado de pânico durante segundos, até ter sentido o contacto do que lhe pareceu ser 2 dedos apoiados na sua testa, o que, pêlos vistos, teve o efeito de por a testemunha num estado “vegetatívo”. dado que a partir desse preciso momento, a mesma afirma ter deixado de sentir pânico e até de pensar, como se a sua faculdade de pensar e sentir emoções tivesse sido impossibilitada por esse contacto.

Durante todos estes acontecimentos, a testemunha lembra-se de ter sentido ligeiras cócegas na planta do pé direito assim como uma sensação de sucção no alto do seu braço direito, que durou segundos. Depois, deixou de sentir o contacto da mão que a segurava a nível da garganta e do que assemelhou a dois dedos apoiados na sua testa. Notanto então alguma liberdade de movimentos da cabeça e dos ombros e não entrando em pânico desta vez, mas continuando a constatar a estranhesa da situação, a testemunha levanta novamente a cabeça e vê um pano duma cor esverdeada, primeiro pousado em cima do seu pé direito e depois a elevar-se sozinho, como se estivesse a ser tirado por uma pessoa invisível. Ela diz ter então observado nesse pano manchas de uma cor castanho avermelhado que assemelhou a manchas de sangue.

Tendo subitamente a sensação duma presença do seu lado direito, a testemunha vira a cabeça nessa direcção e vê dois pares de 3 dedos a segurarem outro pano semelhante ao primeiro mas mais largo (3 dedos de cada lado do pano).

Segundo as lembranças da testemunha, esses dedos eram compridos e finos, com unhas compridas e encurvadas*, sendo o dedo do meio mais comprido do que os dois outros para cada par de dedos. A pele parecia ser de um tom cinzento esverdeado.

E importante referir que, segundo as impressões da testemunha, estas recordações dos factos decorridos neste local que se encontrava mergulhado numa luz muito branca e difusa, corresponderiam a um período de tempo não superior a 2 – 3 minutos. Novamente sem transição, a testemunha vê-se de volta ao seu quarto, tendo tido a sensação de pousar em cima da cama, como se, nesse momento preciso, estivesse a flutuar na horizontal, uns centímetros acima da mesma.

Aí, a testemunha tenta levantar-se e apercebe-se que se encontra por cima do edredão, quando, segundo suas recordações, instantes mais cedo, tinha acabado de se tapar. Sentindo fortes vertigens, perde o equilíbrio e cai no chão, ao lado da cama. É então que a testemunha tem um impulso que não sabe explicar de se levantar novamente para sair do quarto e atravessar o corredor da casa até à varanda, chocando com paredes e móveis por causa das fortes vertigens que continuava a sentir.

Chegando à varanda, encosta-se à parede e diz ter então sentido “vontade” de levantar a cabeça, vendo aí uma luz branca, um pouco maior do que uma estrela, semelhante ao planeta Vénus, a distanciar-se muito rapidamente a grande altitude no céu e desaparecer numa fracção de segundos. Segundo as lembranças da testemunha, a noite estava estrelada com uma ligeira brisa fria.

Nesse momento, a testemunha toma realmente consciência da sua presença na varanda, como se “acordasse”, perguntando-se a si própria o que estava ali a fazer ao frio e volta então para o seu quarto, onde sua esposa continuava a dormir e onde o despertador da mesa de cabeceira indicava 03 h 15. Aí, a testemunha afirma ter pensado algo como: “Deitei-me há pouco era OlhOO e já são 03hl5 ? Que estranho…” De seguida, deitou-se e adormeceu. Na manhã seguinte, o despertador tocou às 06hl0.

A testemunha, não tendo ouvido o despertador tocar, é acordada pela sua esposa. Tenta levantar-se mas as vertigens que tinha começado a sentir antes de adormecer persistiam. Não se sentindo em condições de ir trabalhar, pede à sua esposa para ligar para o emprego a informar que não iria trabalhar nesse dia e deita-se novamente para se levantar em tomo das l lh20 para tomar banho e tomar o pequeno almoço.

2″ Sintomas e acontecimentos anormais que se manifestaram na testemunha ou no seu ambiente posteriormente à ocorrência

2.1- Sintomas físicos No manhã seguinte, ao tomar banho, a testemunha notou:

– Uma cicatriz na planta do seu pé direito, com cerca de 8 cm* de comprimento, que ainda hoje continua visível (ver foto da Fig. l*).
– Uma marca no alto do seu braço direito com o aspecto de hematoma, mas que não doía, com cerca de 4 cm de diâmetro e que, segundo as recordações da testemunha, apresentava uma textura mais rija do que a pele em redor, como cortiça. Esse “hematoma” era de cora roxa, de contornos mal definidos, com uma marca em forma de “V” no meio, correspondendo aparentemente a uma porção de pele não alterada. Nos dias seguintes, o “hematoma” começou a apresentar cores mais pálidas (primeiro acastanhado, depois amarelado), para desaparecer totalmente ao fim de 5 – 6 dias.

2′- Forma aproximada do hematoma que a testemunha observou no seu braço direito na manhã que suguiu a ocorrência (reprodução a partir de um desenho feito à mão pela própria testemunha).

2.2- Sintomas fisiológicos Vertigens, sensação de “cabeça pesada” e cansaço: Estes sintomas prolongaram-se durante todo o dia que seguiu a ocorrência e atenuaram-se progressivamente no segundo dia. Segundo a testemunha, as vertigens eram inicialmente muito intensas (sensação de que andava “tudo à roda, como num carrossel”).

Perturbações gastro-intestinais: No dia que seguiu a ocorrência, a testemunha afirma ter tido diarreias frequentes sob a forma de uma “espécie de muco amarelado, como se tivesse um problema na vesícula”. No segundo dia depois da ocorrência, a situação era já a oposta, visto a testemunha ter notado que suas fezes eram demasiado duras, como se tivesse passado vários dias sem ingerir líquidos.

Sede intensa que justamente se manifestou nesse mesmo dia em que a testemunha notou que suas fezes estavam demasiado duras (esta sensação de deshidratação fez-se sentir durante a manhã e o início da tarde desse mesmo dia).

Alteração do sono: Actualmente, quando a testemunha se deita para dormir, adormece logo, mas acorda muitas vezes com a sensação de sono, como se tivesse dormido muito pouco, coisas que não aconteciam antes da ocorrência. A testemunha atribui esta sensação de sono quando acorda a algo que esteja a perturbar o seu inconsciente, não a deixando atingir o sono profundo.

2.3- Sintomas psicológicos Nas semanas que seguiram a ocorrência, a testemunha passou a ter pesadelos frequentes. acordando por vezes de forma repentina a gritar coisas como “Eles estão ali!!!”, sem no entanto ser capaz de se lembrar do conteúdo dos seus pesadelos e de poder dizer quem eram “eles”. Aliás, a testemunha nota que esses pesadelos são dos últimos que tenha recordação, afirmando ter muito raramente voltado a relembrar-se do conteúdo dos seus pesadelos e sonhos.

Receio de se deitar à noite: A testemunha passou a querer adormecer o mais tarde possível, mesmo quando tem sono, o que não acontecia antes da ocorrência.

Quando se deita, a testemunha tapa-se toda, o que não acontecia antes da ocorrência.

4- ocorrência ae “nashes” 5 dias depois do acontecimento Cinco dias depois do acontecimento, a testemunha encontrava-se na cama a falar com sua esposa, em tomo das 22h30 / 23h00, quando subitamente, e apesar de estar a olhar para ela, deixou de a ver durante segundos, tendo durante esse período de tempo visto passar em frente aos seus olhos imagens muito rápidas de acontecimentos dos quais não se lembrava (a testemunha comparou a sensação àquela relatada por pessoas passando por experiências de morte próxima, que vêm as imagens das suas vidas a desfilarem a grande velocidade, como se estivessem em frente a um enorme ecrã panorâmico). Nessas imagens, que apareciam à testemunha separadas por “flashes’ a mesma viu-se deitada numa sala escura, tipo “sala de operações”, com vultos a deslocarem-se em volta dela.

A última dessas numerosas imagens, que se imobilizou mais tempo do que as outras, mostrou o que a testemunha assemelhou a dois olhos enormes, de forma amendoada, oblíquos, muito escuros e brilhantes (a testemunha até afirmou ter notado seu reflexo nesses “olhos”).

Fig 3: Forma dos “olhos” amendoados, oblíquos, muito escuros e brilhantes, observados pela testemunha na última imagem dos “flashes” que lhe ocorreram 5 dias depois do acontecimento (reprodução a partir de um desenho feito à mão pela própria testemunha).

2.5- Percepções extra-sensoriais, alteração das faculdades mentais e emergências espirituais A testemunha tem notado, desde a ocorrência, um aumento da velocidade de raciocínio. Aparição de dons de vidência na testemunha, coisa que não acontecia antes da ocorrência (consegue pontualmente adivinhar o que uma pessoa está a pensar ou o que vai dizer antes de falar; mais raramente, consegue adivinhar certos acontecimentos antes de ocorrerem).

A testemunha afirma notar pontualmente vultos do canto do olho, para depois constatar que não está ninguém quando vira a cabeça, o que não acontecia antes da ocorrência.

Sensação, desde a ocorrência, de que a vida tenha tomado uma dimensão mais espiritual (importância do destino, de ter alguma função a desempenhar, etc…).

2.6- Ocorrência de fenómenos “estranhos” ou acontecimentos inhabituais relevantes no ambiente da testemunha.

1- Cerca de 8 a 9 meses depois da ocorrência, numa noite do verão de 2005, a testemunha encontrava-se sozinha na sala do seu apartamento a ver televisão, sentada no sofá, quando de repente sente uma presença por trás dela. A testemunha desvia então o olhar para o vidro da varanda, que estava situada de frente, e observa o reflexo duma silueta que lhe pareceu ser um homem alto e magro, de chapéu e fato preto (M. I. B ?), de pé atrás do sofá e de cabeça baixada a olhar para ela. Assustada, a testemunha vira-se mas não estava ninguém presente.

2- Cerca de l ano / l ano e meio depois da ocorrência, a testemunha encontrava-se, à noite, na sala do seu apartamento a trabalhar no computador quando ouve o barulho de alguém a sentar-se no sofá, que está virado para ela. A testemunha olha então para o sofá, constatando obviamente que não estava lá ninguém sentado visto que se encontrava sozinha na sala, mas apercebe-se que a parte superior da almofada do sofá encontrava-se achatada, como se algo invisível estivesse apoiado nela ou a fazer peso. A testemunha tem então a frieza de filmar o sofá com sua webcam durante cerca de l minuto e meio.

O visionamento do vídeo dá, de facto, a sensação de estarem duas figuras distintas, muito ténues, praticamente invisíveis, apoiadas sobre a tal almofada. A mais óbvia parece ter uma forma humanóide, com cerca de 60 a 70 cm de altura* (consegue-se distinguir o que se pode assemelhar a uma cabeça, corpo e pernas) e parece estar de pé em cima da almofada. A outra figura, situada abaixo da primeira, parece ser uma cabeça apoiada na mesma almofada, na qual se pode ver dois pontos negros podendo corresponder a olhos.

Contudo, não vamos arriscar qualquer tipo de conclusão com este tipo de elementos que não constituem qualquer tipo de prova irrefutável, não excluindo, obviamente, a possibilidade de parte destas impressões visuais poderem ser devidas a reflexos da luz do candeeiro da sala na lente da webcam. Por aqui fotos a partir do vídeo…*

3- Cerca de 2 anos* depois da ocorrência, o filho da testemunha, então com 4* anos de idade, acordou 2 noites seguidas a chorar e a dizer que estava “um homem velho baixinho” sentado na sua cama. A testemunha e sua esposa levantaram-se então para constatar que não se encontrava ninguém no quarto da criança.

4- Cerca de ** meses depois da ocorrência, a testemunha chegou ao seu domicílio pouco depois da meia-noite, depois do seu trabalho. Querendo consultar seu email antes de se deitar, senta-se na secretária da sala e liga o computador. Enquanto estava à espera que o computador iniciasse, a testemunha “espreguiçou-se” por causa do sono, e logo de seguida, sem transição, viu-se deitada no sofá da sala, pelas primeiras horas da manhã, com sua esposa a “acordá-lo” para ir levar os filhos à escola.

A testemunha, “aparvalhada” com a situação, levanta-se então, com uma sensação de sono persistente, como se não tivesse dormido nada naquela noite, e a pensar algo como: “Então, agora mesmo estava ali sentado em frente ao computador, era meia-noite e tal, e vejo-me sem transição deitado aqui no sofá, pelas primeiras horas de manhã ? Que coisa tão estranha…”

5- Numa noite do verão de 2005, portanto pouco mais de 6 meses depois da ocorrência, a testemunha deslocava-se de carro, em companhia da sua esposa, sogra, filhos e uma sobrinha, entre a cidade de Oliveira do Hospital e a aldeia de Aivôco das Várzeas, localidade onde vivem os seus sogros. No decorrer desse percurso, a testemunha observou durante cerca de dois minutos uma luz branca muito intensa “colada à traseira do carro”, tendo a mesma desaparecido depois de uma curva.

Quando chegaram a destino, a testemunha e as pessoas que a acompanhavam notaram pelo relógio do carro que a viagem tinha durado cerca de l h 15 (saíram de Holiveira do Hospital às 23h25 e teriam chegado a destino cerca das 00h40), quando em condições meteorológicas e de trânsito normais, como era aliás o caso naquela noite, e segundo as afirmações da testemunha, aquele trajecto demora cerca de 15 a 20 min a ser feito.

Infelizmente, quando chegaram a casa, nem a testemunha, nem as pessoas que a acompanhavam, se lembraram de verificar as horas noutro relógio para confirmar as horas indicadas pelo relógio do carro e assegurar-se que não se tratava de um mau funcionamento do mesmo. No curto espaço de tempo em que a testemunha observou a luz branca “colada à traseira do carro”, não foi ouvido nenhum barulho que desse a entender que se tratasse de um camião, autocarro ou outra viatura ligeira, e não foi notada nenhuma interferência com o funcionamento do carro.

6- Desde a ocorrência, tem acontecido várias vezes à testemunha ouvir vozes estranhas no seu telemóvel a exprimirem-se numa língua igualmente muito estranha, incompreensível e não identificada pela mesma, quando se prepara a fazer uma chamada (no momento em que encosta o telemóvel ao ouvido enquanto a ligação está a ser feita) ou então enquanto se encontra a falar com alguém.

Muito curiosamente, a testemunha notou que essas vozes estranhas têm intervido no meio das conversas que tem com os seus interlocutores, apenas e exclusivamente quando são abordados os temas da ovnilogia e os acontecimentos estranhos que lhe têm ocorrido nestes últimos tempos.

7- No dia ** à noite, depois de ter saído do seu emprego, a testemunha afirma ter sido seguida por um Opel Corsa branco desde o seu local de trabalho (Hospital São José em Lisboa) até à porta de casa (Freguesia de Agualva – Concelho de Sintra). Depois de ter estacionado a sua viatura na garagem do prédio, a testemunha teve a ideia de voltar a abrir o portão de acesso à mesma, para constatar que o mesmo Opel Corsa branco se encontrava parado na rua, mesmo em frente ao portão, com o indivíduo que estava ao volante a olhar para a testemunha. De seguida, o Opel Corsa arrancou e a testemunha nunca mais voltou a vê-lo.

8- Na noite de 8 a 9 de Junho de 2007, a testemunha chegou de madrugada a casa, por volta das OlhOO / 02h00. Tendo vontade de beber algo fresco antes de se deitar, foi ao frigorífico buscar dois iogurtes líquidos e depois sentou-se no sofá da sala a ver televisão. A testemunha bebeu então um iogurte e deixou o outro em cima da mesa baixa da sala, situada à frente dela, tendo ao fim de instantes acabado por adormecer, deitada no sofá.

Passados minutos, a testemunna acorda repentinamente, toda molhada de iogurte a nível da cabeça, cara, costas e barriga, e vê inexplicavelmente a embalagem do iogurte que tinha colocado sobre a mesa baixa da sala cair à sua frente, como se estivesse a ser segurada por algo invisível. Segundo a testemunha, não se encontrava mais ninguém na sala. De facto, a esposa e os filhos já estavam a dormir.

2.7-Outros Na manhã que seguiu a ocorrência, quando a testemunha se levantou para tomar banho, reparou que não tinha a meia do pé direito calçada. Aliás essa mesma meia, que a testemunha tem recordação de lhe ter sido tirada enquanto se encontrava deitada no local mergulhado na luz muito branca e difusa, nunca chegou a ser encontrada.

Aumento significativo do consumo de tabaco: A testemunha aumentou significativamente o seu consumo de tabaco posteriormente à ocorrência, tendo passado a fumar de l maço e meio a 4 maços por dia, coisa que não sabe explicar, mas que pode eventualmente atribuir-se a uma certa angústia, mesmo inconsciente. Novos assuntos de interesse: Antes da ocorrência, a testemunha interessava-se fortemente por astronomia, aviação, jogos informáticos, sociedades secretas (templários, maçonaria, etc…), mas nunca se tinha realmente interessado por ovnilogia, tendo vagamente ouvido falar de alguns casos de avistamentos e de alegadas abduções através da comunicação social.

Depois da ocorrência, a testemunha notou um interesse súbito pela temática da ovnilogia e tudo o que se encontra relacionado, enigmas arqueológicos, lendas e mitos do passado e tentativa de correlacionar alguns dos conhecimentos inerentes a cada uma dessas áreas.

A testemunha afirma também ter algumas preocupações ecológicas crescentes, nomeadamente em termos de futuro para os seus filhos. A testemunha afirma ter descoberto, posteriormente à ocorrência, que consegue carregar pilhas fechando-as simplesmente na sua mão esquerda durante segundos, ficando cansada a seguir a cada uma destas operações.

3- Antecedentes de fenómenos estranhos relevantes na vida da testemunha ou da sua família A mãe da testemunha conta o seguinte: Quando ainda vivia em Moçambique, a testemunha ainda não era nascida, sua mãe conta que um dia tinha deixado seu primeiro filho (irmão mais velho da testemunha), que tinha semanas, em cima da cama para ir fazer algo noutra divisão da casa, e que quando voltou, pouco tempo depois, o bebé estava deitado no chão segundo uma direcção perpendicular à sua posiçião inicial em cima da cama. A mãe da testemunha afirma que não havia mais ninguém dentro de casa que pudesse ter feito tal coisa.

Sensação de “déjà-vif da testemunha quando tinha 10 anos: Quando a família regressou de Moçambique, depois do 25 de Abril, tinha a testemunha 10 anos, a mesma foi capaz de indicar aos seus pais o caminho exacto dos últimos quilómetros até à nova residência (situada na Freguesia da Ramada – Concelho de Odivelas), como se já conhecesse aquele local, quando na realidade era a 1a vez que a testemunha vinha a Portugal.

Observação da testemunha conjuntamente com um sobrinho, num momento em que estavam ambos “a olhar para as estrelas”, numa noite do verão de 1999, duma luz branca no céu, parecida com uma estrela, a efectuar muito rapidamente uma trajectória em forma de rectângulo, com mudanças súbitas de direcção, antes de se afastar a grande velocidade. Esta observação deu-se na aldeia de Aivôco das Várzeas, situada a cerca de 8,5 km a sudeste da cidade de Oliveira do Hospital, localidade onde vivem os sogros da testemunha.

4- Antecedentes médicos A testemunha afirmou não apresentar historial de depressão ou perturbações mentais que possam induzir halucinações, comportamento esquizofrénico, delirante ou propensão em inventar histórias afim de atrair as atenções. A testemunha afirmou não ter historial de consumo de drogas ou de consumo excessivo de álcool, afirmando ser apenas um consumidor ocasional de álcool.

A testemunha afirmou não estar, na altura da ocorrência, sob o efeito do álcool, drogas ou qualquer tipo de medicação.

A testemunha afirmou nunca ter sofrido nenhum traumatismo no pé direito e nunca ter sido submetida a uma intervenção cirúrgica a esse mesmo pé que pudessem ter estado à origem da cicatriz notada na planta do mesmo na manhã que seguiu a ocorrência.

5- Pontos comuns entre esta ocorrência e relatos de alegadas abduções consultados na literatura

1- A ocorrência deu-se de noite, nas primeiras horas da madrugada, quando a testemunha já estava deitada, à semelhança de grande parte dos casos de alegadas abduções investigados no mundo inteiro.

2- Sensação de ouvir vozes na cabeça.

3- Sensação de tremor pêlos músculos do corpo.

4- Recordação de se ver, praticamente sem transição, deitado num local que se encontrava mergulhado numa luz muito branca, difusa, sem no entanto conseguir distinguir tectos, paredes ou qualquer fonte de luz aparente.

5- Impressão de levitar.

6- Efeitos luminosos*.

7- Sensação de se sentir parcial ou completamente paralisado.

8- Recordação e sensação de estar submetido a um exame médico (sensação de cóssegas na planta do pé direito, sensação de sucção no braço direito, recordação de ter observado o que parecia assemelhar-se a um pano com o que parecia ser manchas de sangue a cobrir o pé direito…).

9- Sensação de se ter sentido “tranquilizado” ou de ter tido sua faculdade de pensar e sentir emoções completamente impossibilitada quando sentiu o contacto do que lhe pareceu ser dois dedos apoiados na sua testa, o que faz lembrar o controle mental ao qual são submetidas as pessoas alegadamente abduzidas quando sentem ou vêm alguém ou seres a tocá-las numa parte específica do corpo, em particular na cabeça ou na testa.

10- Recordação de ter obervado dois pares de 3 dedos compridos, muito finos, com unhas compridas e encurvadas e uma cor de pele cinzenta esverdeada, sendo o dedo do meio mais comprido do que os dois outros em cada par (esta descrição é muito parecida com a de outros relatos de pessoas alegadamente abduzidas).

11- Confusão e fortes vertigens sentidas pela tetemunha quando a mesma se viu de volta ao seu ambiente natural.

12- “Impulso” que a testemunha não sabe explicar e que neste caso, apesar das fortes vertigens e do estado de confusão no qual se encontrava, a levou a deslocar-se até à varanda do seu apartamento e levantar a cabeça para o céu.

13- Recordação de ter observado uma luz branca a distanciar-se a grande velocidade no céu.

14- Perda de noção do tempo -> possível “missing time” (período de tempo não memorizado a nível consciente) que neste caso teria durado cerca de 2hl5.

15- Ocorrência, 5 dias depois do incidente, de “flashes” nos quais surgiram imagens de acontecimentos dos quais a testemunha não tem recordação consciente.

16- Efeitos físicos: Marcas no corpo que correspondem às sensações recordadas pela testemunha.

17- Efeitos fisiológicos: Vertigens, cansaço, sensação de “cabeça pesada”, sede intensa e perturbações gastro-intestinais nos momentos ou dias que seguiram a ocorrência.

18- Efeitos psicológicos: Pesadelos frequentes nos tempos que seguiram a ocorrência e receio de T ? se deitar à noite desde a ocorrência.

19- Possível ocorrência de fenómenos paranormais no ambiente da testemunha posteriormente à ocorrência.

20- Possíveis percepções extra-sensoriais da testemunha posteriormente à ocorrência.

21- Possível alteração das faculdades mentais da testemunha, tendo a mesma notado um aumento da velocidade de raciocínio posteriormente à ocorrência.

22- Novos assuntos de interesse da testemunha posteriormente à ocorrência, ligados sobretudo à ovnilogia e tudo ò que se encontre relacionado com este tema.

23- Maior preocupação em relação aos problemas ecológicos posteriormente à ocorrência.

24- Sensação, que desde a ocorrência, a vida tenha tomado uma dimensão mais espiritual. Noção da importância do destino, de ter algum papel a desempenhar, etc…

25- Vontade da testemunha de se manter discreta em relação ao seu relato e de não “dar a cara” publicamente.

Recomendações – Efectuar testes psicológicos na testemunha afim de avaliar o seu perfil psicológico e confirmar que não sofra de eventuais perturbações mentais que possam induzir halucinações, comportamento esquizofrénico, delirante ou propensão em inventar histórias afim de atrair as atenções.

– Regressão sob hipnose feita por um psiquiatra, psicoterapeuta ou psicólogo com experiência na prática de hipnose, afim de poder ter acesso a possíveis outros acontecimentos, não memorizados conscientemente pela testemunha, que teriam decorrido na noite da ocorrência principal (Novembro de 2004), nomeadamente no período de tempo situado entre a OlhOO e as 03hl5. Seria também interessante efectuar regressões sobre os episódios descritos nos pontos 2.6.4 e 2.6.5, que apontam para possíveis “missing times” e que poderão também revelar acontecimentos não memorizados conscientemente pela testemunha.

– Efectuar RAIOS-X do pé direito e do braço direito afim de poder detectar a presença de eventuais objectos estranhos (implantes, etc…), que viriam corroborar algumas das sensações recordadas conscientemente pela testemunha.

– Efectuar EEG (electroencefalograma) afim de verificar se o padrão de ondas cerebrais da testemunha se encontra alterado em relação ao padrão normal (ver trabalho da Dra. Gilda Moura).

R. Cardoso

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Luís Aparício

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Chefe de redacção, fundador e activista.