A agência espacial norte-americana adiou o lançamento na quarta e também na quinta-feira a explicação de ontem foi um problema com o software utilizado para supervisionar os níveis de combustível do propulsor.
A Nasa prevê que a MRO passe pelo menos quatro anos na órbita de Marte, quando obterá formações para decidir onde colocar os robôs exploradores que serão enviados ao planeta no final desta década.
A sonda entrará na órbita de Marte em março de 2006 e, em novembro, começará a explorar a superfície do planeta com a missão fundamental de tentar “compreender os enigmas de água no planeta e avançar na prospecção do misterioso planeta vermelho”, afirma a Nasa.
A presença de água no passado remoto de Marte já foi constatada nas explorações realizadas no ano passado pelos veículos robóticos Spirit e Opportunity.
A Mars Reconnaissance Orbiter, que pesa mais de duas toneladas, levará seis instrumentos para analisar a atmosfera, a superfície e o terreno sob a superfície a fim de conhecer a forma como Marte foi mudando ao longo do tempo.
Segundo explicou a Nasa, uma das ferramentas da MRO é a câmera telescópica de maior diâmetro enviada para estudar um planeta.
Outros instrumentos incluem um espectrômetro, que identificará minerais relacionados à água em áreas do tamanho de um campo de futebol, e um radar fornecido pela Agência Espacial da Itália. Esta última ferramenta penetra no solo e permite a detecção de camadas de rocha, gelo e, se houver, água.
A Orbiter pode transmitir dez vezes mais dados por minuto do que qualquer outro aparelho enviado previamente a Marte.