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Os Discos Voadores e Os Processos Mágicos

Os discos voadores aparecem em todos os continentes, países e regiões do globo, menos onde nos encontramos à espera – resmungam os vigilantes. E isso tem se afigurado a muitos céticos como indício seguro de que tais objetos não existem, pois se existissem já teriam sido surpreendidos pelos pesquisadores de campo em suas incansáveis peregrinações pelos sertões, uma vez que, decididamente, “eles” procuram evitar as cidades e aglomerados urbanos, só raramente fazendo suas incursões em locais habitados ou de aglomerados populacionais.

Essa reclamação dos ufólogos é uma constante e vem de há muitos anos. Nós mesmos, anos passados, abordávamos decididamente uma das muitas vítimas de abdução (palavra específica para designar pessoas que são raptadas, seqüestradas ou induzidas psiquicamente a seguir os estraterrestres a bordo de suas naves), insistindo para que nos explicasse por que não escolhem locais bem mais sensacionais para suas aterragens, como a Praça dos Três Poderes, a Praça do Capitólio, de São Pedro ou a Praça Vermelha. Entendíamos que seria lavrado um tento valioso e, de uma vez por todas, se calariam as vozes discordantes de antiufólogos.

A força desviadora da rotação da Terra

Nossa entrevistada (Alex Madruga) – que afirma ter sido levada para o planeta de origem dos discos voadores (ou pelo menos de “alguns” dos discos) e lá ter recebido valiosos ensinamentos técnico-científicos – informava que essas descidas espetaculares não ocorriam principalmente em conseqüência da pouca flexibilidade de manobra das naves. “Eles se deslocam dentro de fluxos magnéticos específicos, na atmosfera terrestre. Não podem ir aonde querem, mas apenas onde podem, sempre se orientando dentro do campo magnético do planeta. Esses fluxos são mutáveis”, disse ela. “Eles têm que elaborar mapas de navegação, assim como os nossos pilotos têm que elaborar os seus planos de vôo.”
Até que ponto isso poderia ser entendido pelas pessoas mais céticas aquelas que precisam ver para crer”

A ciência admite que o campo geomagnético do planeta seja formado por correntes elétricas que fluem das proximidades da superfície do núcleo terrestre (2.900km), o qual pode provocar correntes mecânicas por não ser sólido. Esses campos podem ser observados na superfície e apresentam variações (denominadas anomalias regionais: uma na China, uma na América do Norte e outra no Atlântico Sul), cujos centros deslocam-se 1/6 de grau por ano, no sentido leste/oeste.

Campos magnéticos e os “Caminhos do Dragão”

A força desviadora da rotação da Terra orienta essas correntes segundo o eixo de rotação, fazendo predominar na superfície um campo bipolar simples. Não se sabe onde essas forças se originam, mas sabe-se que tais campos podem ser gerados por murtas causas diferentes, e, a partir dos estudos de Gauss, podemos estabelecer se as componentes variáveis dos campos têm causa interna ou externa.
Estudos que remontam há 200 anos mostram que tais variações são mais intensas durante o dia e no verão. Tomemos um dado ponto da Terra como exemplo: seja Berlim, na Alemanha, onde a bússola tem a sua declinação extrema oriental às 8 horas: a partir das 10h ela passa pela posição que mantém durante a noite, e por volta das 14h alcança sua posição extrema ocidental – com uma diferença de 1/5 de grau.

As coisas ocorrem como se a Terra girasse em frente de um gigantesco magneto em forma de ferradura, com o Pólo Norte a 350 sul e que atinge o meridiano das 10h30 de tempo local – sendo que no hemisfério de verão as correntes são mais fortes (com uma intensidade que pode atingir até 90.000 ampères na Anomalia Regional da América do Norte e 40.000 ampères na do Atlântico Sul).

Além disso, há também uma variação resultante da influência da Lua, com 1/10 da solar (diurna) e que atrasa em cerca de 50 minutos diariamente, em relação à solar, em forma de “maré”, sendo ainda auxiliada pela ação de correntes elétricas a 100km de altitude, atingindo 10.000 ampères no hemisfério de verão.

Essas correntes são geradas por um processo muito simples, tendo a atmosfera terrestre a função do “induzido” e as camadas elétricas da ionosfera a função das “espiras”. O campo é o do próprio globo. Durante o dia a ionosfera é mais condutora do que à noite, pois o aquecimento do ar reforça o sistema de marés. Sobre o equador magnético as correntes ionosféricas são mais fortes (eletrojet) As influências solares e lunares e de confluência atmosférica sofrem variações de intensidade sistemáticas, de um local para outro, afora também as estações do ano e da conseqüência do ciclo das manchas solares (a cada 11 anos), havendo que se notar que além de tudo quanto já foi explicitado, há que se considerar uma variação ainda maior e mais intensa nas áreas das auroras boreais.

Os próprios tripulantes dos UFOs já teriam informado a várias testemunhas que seus aparelhos se movem através de campos magnéticos. Assim, não é de se admirar que eles tenham caminhos anteriormente preparados e não possam descer onde a gente quer que o façam. É pena, mas eles sabem muito bem por que agem assim e nós teremos que aprender mais para compreendê-los.

O conhecimento de que a superfície da Terra é percorrida por correntes telúricas eletromagnéticas é muito mais antigo do que pensa a física.

Antigamente, na China, tais correntes eram denominadas como Lung-Mei, ou “Caminhos do Dragão”, muito misteriosos e pouco conhecidos fora do Império do Meio. Os chineses acreditavam que no interior da Terra habitava um grande dragão, vivo, que ao mexer-se provocava os terremotos. Quando se deslocava. seguia sempre pelas mesmas e velhas trilhas – como podemos observar o que fazem as reses, nas fazendas, traçando sempre um caminho entre os estábulos e as aguadas e ramadas.

Curiosamente as pessoas também apresentam um comportamento semelhante, bastando observar os carreiros formados na grama dos nossos jardins, pelo passar constante dos pedestres para encurtar caminho dentro da praça. Pena que as prefeituras coloquem obstáculos e plaquetas de “não pise na gama”, em vez de “oficializar” a tendência dos passantes. Esses misteriosos caminhos chineses nos servirão de guia na busca da verdade na questão dos meios de propulsão dos discos voadores.

Encruzilhadas, exus e trilhas sagradas

Os trabalhos de Alfred Watkins, J. Foster, Brindley, Foster Forbes, Heinsch e K. Maltwood – todos – se ativeram à análise desses caminhos em solo inglês e da Escócia, tendo Watkins escrito uma obra de grande importância: The Old Straight Track; e H. Tyler, o seu pequeno The Geometrical Arrangement of Andem Sites.
Foram membros do Straigh Track Club que também forneceram excelente material para a importante obra de John Michell: Em Busca da Atlântida.

Esses Lung-Mei são muito importantes, do ponto de vista técnico, para a compreensão de problemas bastante sérios que ainda se fazem presentes no folclore e nas crenças populares. Os membros do Straight Club observaram que mesmo os animais, quando migravam, o faziam seguindo certas linhas fixas. Nos cruzamentos dos “Caminhos do Dragão” verifica-se uma concentração de força magnética. O conhecimento desse fato estaria na origem do costume celta de erigir marcos de pedra nesses precisos sítios, em forma de menires. Tem várias utilidades, inclusive a de saneamento. com a descarga da eletricidade estática da atmosfera, tendo muito a ver com a fertilidade do solo e regime de chuvas.

Michell conta em seu livro que “no início deste século um estudante suicida foi enterrado pelos amigos numa sepultura situada na ‘Linha do Dragão’ e que a Diretoria do Cerimoniai de Pequim mandou instruções urgentes para que o corpo fosse removido do local, que era estritamente reservado aos membros da família imperial” (J. D. Hayes: The Chinese Dragon).

O estranho ritual de sangue e de fé

Esses “Caminhos do Dragão” estendiam-se pelo mundo inteiro, na crença dos chineses – crença que foi confirmada por uma tradição inglesa. A lenda existe na Austrália e na América do Norte, como o caminho dos deuses e da grande serpente. Na Irlanda eles são a “Estrada das Fadas”. Muitas estradas antigas da Inglaterra, que eram consideradas “romanas”, são trilhas pré-históricas que os romanos calçaram e aproveitaram (conhecedores que eram da antiga tradição). Michell conta que “no País de Gales os caminhos sagrados estavam sob a proteção do espírito Elen – a deusa do Poente”. Em Avebury e Stonehenge verificou-se uma semelhança entre os caminhos astronômicos de outros continentes e os ingleses, uma vez que “muitas linhas eram traçadas a partir de um círculo de pedra em direção ao azimute do Sol, Lua ou de um planeta em particular”.
Esse antiqüíssimo conhecimento era do domínio dos israelitas, que, desde Jacó, seguiam o velho costume de erigir marcos de pedra nos locais de cruzamento, chamando-os Betel (“Pedra do Senhor”). Com a certeza de que o Senhor se manifestava nesses cruzamentos, os antigos israelitas aí prestavam culto – costume que levaram para todos os rincões para onde se dirigiram após a dispersão.

A influência de Israel no continente africano é por demais conhecida (ver África – Desde Ia prehistoria hasta los Estados acata(es – Pierre Bertaux, volume 32 da Historia Universal Siglo Veintiuno). Neste continente, tais cruzamentos ficaram marcados como o local de encontro dos exus. Exu é o chefe dos demônios, como quer o cristianismo, porém etimologicamente é uma forma corrompida da pronúncia hebraica: Yéschua, que significa chefe, líder, condutor de homens, duque (no vernáculo português). É a mesma origem dos nomes próprios Josué e Jesus (pronunciado lesus, em latim). Vem dai o costume tradicional de invocação dos exus nas encruzilhadas, visto que as populações africanas perderam o real significado do ritual de invocação do Senhor (Exu = condutor; também é Senhor).

Existe um antigo relacionamento entre os caminhos de força magnética e o próprio psiquismo humano e os rituais de sangue. Até mesmo Abraão o praticou – modificando o costume de sacrificarem-se crianças, substituindo-as por animais (ovelha). Os antigos cananeus mantiveram-se fiéis ao costume por muito mais tempo, originando as sangrentas guerras punitivas que lhes moveram os israelitas.

O cristianismo aboliu também esta modalidade de sacrifício de animais, substituindo-o pela hóstia sagrada, o trigo: “Tomai e comei; este é o meu corpo. Tomai e bebei; este é o meu sangue”, referindo-se ao vinho parte importante da liturgia. Na África, os costumes se mantiveram mais arraigados e foram transplantados para o Brasil, onde ainda permanecem com toda a sua pureza, no ritual do sacrifício de galinhas pretas, velas, farofas e bebidas alcoólicas depositadas nas “encruzilhadas”. Perderam o conhecimento de que “encruzilhada é o ponto em que as correntes do dragão chinês se sobrepõem” e continuam depositando suas oferendas nos cruzamentos de ruas. Não admira que raramente as entidades do astral atendam os pedidos. Perderam o “savoir faire”. Quase como colocar um pára-raios bem distante do edifício que deveria proteger.

Encontros em pontos específicos

Com base naqueles trabalhos de John Michell e nos relatórios de avistamentos ufológicos, o pesquisador francês Aimée Michel elaborou a sua teoria das ortotenias (orto = reto, certo; theneis = linhas) estabelecendo o “corredor Bavic” – uma linha hipotética traçada desde a cidade de Baieux (Baienne) até Vichy, servindo de linha-tronco dos movimentos dos discos voadores pelos céus franceses. Essa linha, prolongada em direção sudoeste, atravessa o nosso pais, desde Fortaleza (CE) até Ponta Porá (MS). Inversamente, cruzará a Europa, no rumo nordeste, atravessando o deserto de Gobi e daí descendo pela China, Oceano Pacífico, cruzando toda a Austrália, novamente o Pacifico e penetrando na América do Sul, pelo sul-sudoeste do Chile, Argentina, e novamente o Brasil.
Se prosseguirmos, no mapa, veremos que toda essa faixa é palco de constantes avistamentos ufológicos, sendo estatisticamente forte o número de casos de contato de terceiro grau.

Seriam os antigos dragões os discos voadores? Não. Apenas ocorre que estes, utilizando-se dos campos magnéticos para seus deslocamentos, encontram nos Lung-Mei excelentes caminhos já preparados, bastando seguimos confortavelmente.

Apoiando-se na interação dos campos magnéticos atmosféricos e telúricos, tais naves percorrem trajetos já fixados como se viajassem dentro de um túnel energético. O pasmo dos observadores diante das “viradas absurdas e em ângulos impossíveis, dos discos voadores”, encontra aí a sua resposta. Seguem pelos “canos” como água em nossas instalações hidráulicas. Se por acaso algum “se perder”, saindo dos trilhos, haverá um desastre. Muitos relatos existem dando conta de explosões de UF’Os.

Como determinar tais cruzamentos? Atualmente, apenas pela rabdomancia.Mas é possível que no futuro possamos dispor de equipamentos sensíveis a essas variações de campo e possamos determiná-los cientificamente (não que a rabdomancia não seja “científica’).

Não parece curioso que alguns tripulantes de OVNIS tenham sido descritos pelas testemunhas como ostentando um emblema em forma de serpente sobre o peito? A serpente é a representação ocidental do dragão oriental (assim como a águia e, algumas vezes, até o próprio escorpião). O único país ocidental que ostenta o símbolo do dragão é, curiosamente, a Inglaterra, herdeira de milenares tradições esotéricas.

Os discos voadores têm alguma coisa a ver com os rituais de sangue? Há muitos indícios. Certamente não sacrificam os seres humanos, contentando-se com poucos gramas de plasma.

A “flauta mágica”, uma boa pista

Terão algo a ver com a mitologia? Talvez. Antigamente, o local de cruzamento das linhas era consagrado a algum deus (ou seu planeta representativo), que a Igreja substituiu por algum santo ou anjo com características correspondentes. Na Inglaterra o eram ao deus egípcio Thot (Mercúrio), que os druidas chamavam Theutatis – que era o mesmo Baal dos cananeus, como quer John Michell. Mercúrio romano era representado com asas nos calcanhares, indicando tratar-se de uma divindade voadora. Michell lembra também que Cneph (o disco solar egípcio) foi substituído, nas terras de Anglia, por Santa Catarina e sua roda. São Jorge é a representação do deus solar celta Ock, ou Og, o gigante, rei de Basã. Os rituais prestados nesses locais de adoração tinham tempo certo – ao contrário de nossos rituais de quimbanda, que são realizados aleatoriamente -, e veremos por que.
. Em certas estações do ano, as linhas de força eram ateadas pelo fluxo de influências planetárias e, num dia determinado, quando a ativação magnética atingia o zênite, eram realizadas certas cerimônias mágicas: “Ainda hoje algumas feiras e festas anuais observam o dia em que a corrente de fertilidade passa pela Terra. As feiras ocorriam embaixo dos campanários e as pessoas, inclusive, negociavam ali, sem nenhum sentimento de culpa”, diz Michell, levando-nos ao Novo Testamento e à revolta do Cristo contra os vendilhões do Templo de Salomão.

É ainda John Michell que nos diz, à página 36 do seu Em Busca da Atlântida: “A mágica, sem o conhecimento, toma-se superstição, e não há dúvida de que muitos ritos antigos eram repetidos mais tarde, sem nenhuma compreensão de sua finalidade:’

Fung-Shuí era o termo chinês para rabdomancia e rezava que a “força do dragão era de duas espécies: Yin e Yang (negativa e positiva), tigre branco e dragão azul, respectivamente, sendo que a posição mais favorável era o ponto de encontro das duas”.

Elaboramos um trabalho sobre os odores característicos relatados em associação com avistamentos muito próximos de UF’Os, concluindo que têm muito a ver com o famoso “cheiro de enxofre” das lendas caboclas e com a ozonização do ar. Vimos que tal cheiro é atribuído ao demônio – nome que cabe especificamente a Pã, o grande deus da mitologia grega, que era filho de Hermes (Thot), o deus com o caduceu (duas serpentes enroscadas no báculo): Idá e Pingalá em volta do Shuchuma. Até mesmo aquele som mavioso relatado tem a ver com a sonoridade atribuída à flauta de Pá (A Flauta Mágica, que a todos seduzia), muito bem explorado por Spielberg no filme Contatos Imediatos do Terceiro Grau.

Uma última recomendação aos aficionados de vigílias ufológicas: procurem os cruzamentos dos caminhos do dragão chinês e boa caça aos UFOs. Um pentagrama desenhado no solo, ou uma grande serpente, não farão mal algum – muito pelo contrário.

Fonte:
http://www.imagick.org.br/pagmag/themas2/ufomagic.html

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Luís Aparício

Luís Aparício

Chefe de redacção, fundador e activista.