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OSNI EM OUTÃO

Testemunhas: Carlos Coelho e Pedro Coelho
Data: Verão de 2002, possivelmente no mês de Julho
Hora: Madrugada, por volta da 01h45 da manhã
Local: Outão, Freguesia de N. Srª da Anunciada, Distrito de Setúbal
Condições Atmosféricas: Céu limpo e estrelado, mar calmo
Duração Total da Observação: Cerca de 30 minutos
Tipo de observação (Hynek): OSNI
E.I.: 1º Grau

Entrada de Ficheiro: 14 de Julho de 2004
Investigadores: Nuno Silveira e Pedro Salgado

Os Factos:

Por ocasião de uma pescaria nocturna e depois de tentativas infrutíferas de pesca, quer em Setúbal, quer na Figueirinha, perto da Serra da Arrábida, as testemunhas Carlos e Pedro Coelho (pai e filho respectivamente), decidiram ir então pescar para uma pequena praia, no Outão, perto do actual “Hospital Ortopédico Sant’Iago do Outão” (antigo sanatório), construído na Fortaleza do Século XVI de Sant’Iago do Outão e perto da fábrica da Cecil; local habitualmente frequentado por pescadores.

Chegados à pequena praia de difícil acesso através de rochas, que se encontrava totalmente erma, observaram sensivelmente cerca das 01h45, uma pequena luz dentro de água. A luz teria a forma de um prato (redonda), com cerca de dois palmos de diâmetro e encontrando-se muito perto da superfície. Parecia ser uma massa luminosa, de cor verde fluorescente, uniforme e que apenas iluminava num sentido ascendente, para a superfície. Observaram-na primeiro no lado direito, a cerca de 45º graus da sua posição, na direcção do oceano Atlântico, a sensivelmente 15 metros de distância da costa, tendo-se deslocado em linha recta, a uma velocidade não muito rápida, mas mais rápida que um mergulhador, até cerca de 3 metros da costa, tendo se imobilizado directamente à sua frente. Durante o seu movimento a luz não deixou nenhum rasto.

Confrontados com alternativas sobre a natureza da luz, negam ter sido um mergulhador, quer pelo tamanho e velocidade da luz, quer ainda pelo facto de o local ser conhecido pela perigosidade, devido há existência de fortes redemoinhos e correntes marítimas. Negam ainda que seja algo controlado à distância por alguém, pois encontravam-se totalmente sozinhos na praia.

No processo de averiguação da origem da luz, a testemunha Pedro Coelho, apontou na direcção do foco, uma lanterna que tinha consigo. Ao fazê-lo, puderam constatar que atrás da luz a alguns metros dela, na direcção do mar, se encontrava um grande turbilhão na água, que produzia barulho. O turbilhão também circular, era consideravelmente maior que o foco e deu ás testemunhas a sensação de que algo estava prestes a emergir das águas.

Assustado e temendo pela segurança do filho, Carlos decide que se deveriam ir embora. Precisamente no momento em que estão prestes a fazê-lo, dão-se por si encostados à muralha da praia, a cerca de 3 metros de onde se encontravam, paralisados por uma sensação que descrevem como sendo parecido a um formigueiro no corpo, “algo electrizante”, semelhante a electricidade estática, nas palavras das testemunhas.

Não se lembram de terem sido projectados, nem crêem que tal tenha acontecido. Simplesmente num momento estavam à beira do mar prontos a irem-se embora, e no outro, ao abrirem os olhos, encontram-se encostados à muralha, de frente para o mar, boquiabertos e paralisados temporariamente. No momento da tomada de consciência, a testemunha Carlos Coelho dá-se por si a agarrar o pulso direito do seu filho, que se encontrava também boquiaberto e a sentir a mesma sensação de formigueiro/electrizante, que logo desapareceu, tendo voltado a mobilidade total.

Atemorizados e desejosos de alguma distância da luz, abandonaram a praia através das rochas e subiram para um miradouro da fortaleza que existe por cima da praia. Aí puderam observar que o turbilhão tinha desaparecido e que a luz se deslocava novamente em linha recta, na direcção do oceano, afastando-se. Neste momento, Carlos Coelho decide então acender um verylight pequeno, especialmente desenhado para colocar na ponta da cana de pesca durante a noite, para ver se o peixe morde . Apontou-o na direcção da luz e realizou diversos movimentos com ele. O objecto voltou a regressar na direcção das testemunhas, posicionando-se e imobilizando-se à sua frente, começando a acender e a apagar, não numa sessão regular, mas sim irregular, sem padrão, como nas palavras das testemunhas, parecido ao “código Morse”.

Carlos decide então “apagar” o verylight, fechando-o na palma da sua mão. Nesse momento a luz começou a distanciar-se, para logo regressar quando Carlos abriu a mão, deixando novamente a luz do verylight surgir. Esta interacção com a luz durou sensivelmente 30 minutos, tendo Carlos desenhado com a luz do verylight que deixa rasto, figuras geométricas, como quadrados, triângulos e também números. Foi todavia quando Carlos realizou um movimento errático com o verylight, que a luz começou a mudar de cor, passando do verde para o amarelo, para o laranja e depois para um vermelho muito intenso. Nesse momento ouvem um estrondo como de trovoada seca; Pedro que se tinha virado para trás, vê na direcção da Serra da Arrábida, um clarão/relâmpago branco que o cegou temporariamente, tendo nessa altura o céu adquirido uma tonalidade “vermelho eléctrico”, que depois se dissipou. Após este fenómeno a luz retomou a sua tonalidade original e respondeu mais uma vez ao verylight de Carlos.

Assustados e com a sensação que a luz não teria gostado desta interacção, decidiram ir-se embora, não tendo observado o desaparecimento da luz, que seguia na direcção do oceano. Apesar de estarem completamente sozinhos na praia, não havendo o testemunho de terceiros, Pedro lembra-se contudo, de ter visto uma traineira que passou durante a ocorrência do fenómeno. Situação que Carlos todavia não se lembra.

Carlos Coelho afirma que desde esta experiência, há já dois anos, que sente uma ansiedade que não consegue explicar, não sabendo o que seja, nem o que significa. Por seu turno, Pedro Coelho, que confirma ter a mesma sensação; afirmou durante a entrevista “in situ”, que se sentia bem no local, apesar de nunca antes ter tido desejo de regressar e de ter tido uma experiência assustadora.

Finalmente, as testemunhas que não desejam publicidade à sua história, apenas a contaram aos seus familiares mais próximos, temendo das outras pessoas, uma atitude de escárnio. Decidiram finalmente após dois anos da experiência, relata-la à A.P.O, na esperança de encontrar uma explicação para o que de certo foi uma experiência única e por enquanto inexplicável.
Adenda:
A testemunha Carlos Coelho lembra-se de em criança, ouvir uma história que ocorreu à cerca de 35 anos, de três pescadores que se encontravam a pescar na mesma zona. Lembra-se de ouvir que dois dos pescadores ao terem visto uma luz na água, se atiraram à mesma, tendo morrido afogados, sendo que o terceiro foi encontrado no meio da estrada de Sesimbra para a Arrábida, manifestamente perturbado e com um discurso incongruente. Mais tarde, reza a história, esse terceiro pescador lembrou-se de ter visto uns seres cinzentos que lhe espetaram coisas no corpo que lhe provocaram dores terríveis. Esta história foi também transmitida a Pedro Coelho, pela sua avó Urmezinda Coelho, mãe da testemunha Carlos Coelho.

Esta testemunha refere ainda que tem conhecimento de outros casos de pescadores que também avistaram luzes ao cimo da água de várias cores. De salientar que foi também nesta zona, que o investigador Pedro Salgado, teve a sua observação OVNI em 1980.
Adenda2:
De constatar que de acordo com as nossas investigações, a Sra. Maria Emília Santos, conhecida por ter saído de uma cadeira de rodas por suposta intervenção de N. Srª. de Fátima, e que levou à beatificação de Deus Francisco e Jacinta Marto, a 13 de Maio de 2000, esteve internada por 28 meses, provavelmente em 1950, no Hospital Ortopédico Sant’Iago do Outão, na altura sanatório.
Nota:
Entrar em contacto com grupos locais de mergulhadores e pescadores, e descobrir a existência de histórias semelhantes.

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Luís Aparício

Luís Aparício

Chefe de redacção, fundador e activista.