Na verdade, Shag é um porto que nem era visto nos mapas. Mas, depois do ocorrido, ganhou destaque mundial e o episódio presenciado iria mudar a história do lugar.
Mapa de Shag na Nova Escócia
Como qualquer cidade que vive da pesca, Shag sempre teve também suas lendas: histórias de serpentes gigantes, Lulas devoradoras de pessoas e navios fantasmas. Mas, seus habitantes mal podiam imaginar que em breve iria acrescentar a esta lista de histórias de pescadores um relato surpreendente: a visita de um objeto voador misterioso e de origem desconhecida de todos.
Era a noite de 4 de Outubro de 1967. As testemunhas se encontravam em pontos diferentes, mas avistaram o mesmo objeto voando em direção ao mar.
Cinco jovens seguiam de carro pela estrada quando avistaram sobre as árvores quatro luzes Amarelo alaranjado que pareciam enfileiradas e piscava em seqüência.Tiveram a impressão que seguia o carro, mas em determinado ponto, as luzes em um ângulo de 45º mergulharam rapidamente em direção as águas.
Próximas ali, outras pessoas também avistaram as mesmas luzes voando em direção ao oceano. As testemunhas foram surpreendidas com as luzes que não mergulharam nas águas, mas mantiveram -se na superfície.
Algumas testemunhas relataram que viram um objeto passando por cima delas após um som elétrico e agudo. Com isso, concluíram ser um avião em queda. Essa hipótese se espalhou rápido entre as testemunhas, e uma delas procurou por um telefone na estrada e entrou em contato com a RCMP -sigla da Polícia Montada Real do Canadá.
Ao atender a ligação, o agente de policia presente percebeu na voz de um jovem muito agitado. Pedindo calma, perguntou ao rapaz o que ele havia bebido.O rapaz disse que nada e relatou com detalhes o que havia presenciado e pediu pela presença policial, deixando sua localização: a passagem de Barrington. O agente anotou todos os dados, mas ignorou o pedido. Logo em seguida, outros moradores ligaram narrando o mesmo episódio e diante disso o policial foi de imediato ao local.
Coincidentemente, um outro policial já havia avistado as mesmas luzes, que ao observa -las concluiu que as quatro luzes faziam parte de um mesmo objeto e calculou aproximadamente seu tamanho: 60 pés de comprimento.
Ao chegar ao porto, eram o total de 16 civis presentes avistando o objeto sobre as águas. De repente, o objeto piscou e desapareceu. Estava a uma certa distância e não foi possível saber se ele havia partido em vôo ou submergido nas águas. Alguns acreditando se tratar da possível queda de um avião, sugeriram o uso de barcos para buscar os destroços e vítimas.
A Guarda Costeira foi alertada e com a ajuda de outros barcos iniciou -se uma busca. Com o uso de lanternas, as pessoas à bordo cruzavam as luzes para melhor visualização. O farol da ilha de MacNutt’s foi ativado para auxiliar nas buscas. Nenhum destroço nem vítima foram encontrados.
Mas encontraram uma espuma alaranjada que refletia uma luz, mostrando que algo estava submergindo ali. Uma das testemunhas tentou pegar uma amostra da espuma, mas ela dissolvia -se. Aos poucos, a espuma que flutuava nas águas foi desaparecendo.
Eram 03:00 a.m quando deram por encerradas as buscas. Não havia mais nada para procurar.Em terra, o RCMP fez uma verificação com o Centro de Coordenação de Salvamento em Halifax e o radar em Baccaro, Nova Escócia. Informaram que não houve naquela noite nenhum incidente com aviões, nenhum pedido de ajuda ou resgate -nem com aviões civis, nem militares.
The Chronical Herald
No dia seguinte, o centro de Coordenação de Salvamento arquivou um relatório com as matrizes canadenses das forças em Ottawa. Esse relatório indicou que algo desconhecido havia colidido nas águas do Porto de Shag. Mergulhadores militares de Granby, cidade canadense da província de Quebec estiveram no local para novas buscas. O que levantou duvidas dos moradores, foi que os mergulhadores fizeram uma inspeção com aparelhos comuns de mergulho e usando lanternas. As águas do porto produzem grande quantidade de algas e plâncton dificultando a visibilidade. Os mergulhos seguiram -se por dias, sendo registrados pela imprensa local, mas sem nenhum resultado.
A população local se mostrava insatisfeita, pois a Marinha não informava absolutamente nada sobre as buscas nem sobre o episódio, e a história do ruído elétrico desapareceu do mesmo modo como surgiu.
Aos poucos, começaram as especulações sobre o ocorrido. Houve até pessoas que disseram ter visto os mergulhadores levar a bordo do barco algo ‘embrulhado’. Que tinham encontrado algo que foi omitido propositadamente. Foi então que surgiu a possibilidade do objeto avistado ser um Ufo.
Em 1993, depois deste fato ter permanecido em papéis arquivados e nos noticiários, foi proposta uma teoria de que um avião russo estava sobrevoando a região e colidiu justificando a suposta presença de um submarino russo no local. Também havia rumores que os americanos estariam dando continuidade as investigações sobre esse episódio, mas não havia nenhuma confirmação oficial por parte dos Estados Unidos.
Logo, o incidente do Porto de Shag teria uma reviravolta com a presença de Chris Styles investigador da MUFON (The Mutual UFO Network). Ele ficou tão intrigado com o caso que decidiu procurar por mais detalhes. Styles encontrou o nome das testemunhas originais nas notícias dos jornais na época do incidente, podendo então entrevista -las. Com o auxílio do também investigador da MUFON, Doug Ledger, Styles descobriu algumas evidencias extremamente importantes em suas entrevistas.
Descobriram que quando os mergulhadores de Granby terminaram seu trabalho, o caso não havia terminado. Os mergulhadores e outras testemunhas relataram estes eventos:
– O objeto que mergulhou nas águas do porto tinha saído logo da área de Shag, viajando por baixo d’água para aproximadamente 25 milhas para um lugar chamado Government Point, que esta perto de uma base submarina detectada.
– O objeto foi captado no sonar pela base submarina, e as embarcações navais foram posicionadas sobre ele. Após dois dias, as forças armadas planejavam uma operação de salvamento, quando um segundo UFO juntou -se ao primeiro. A opinião comum era naquele tempo que o segundo objeto tinha chegado para render o dae (dispositivo automático de entrada) ao primeiro.
– Em entrevista a um dos mergulhadores e de posse de algumas informações de arquivos, foi revelado que a Marinha já sabia da existência da nave.
Styles ainda descobriu que as Forças Armadas já estavam acompanhando o objeto que foi avistado primeiramente em Shelburne, partiu em direção ao porto quando pousou nas águas de Shag Harbor.
A nave, depois de avistada em Shag Harbor teria partido logo em seguida de volta para Shelburne onde foi avistada antes e acompanhada pela Marinha. Os militares mantiveram o foco das atenções da população e da imprensa em Shag para despistar de olhares curiosos a perseguição ao objeto.
Enquanto isso, a Marinha decidiu esperar e observar de longe. Após aproximadamente uma semana monitorando os dois Ufos, algumas embarcações foram chamadas para verificar um possível submarino russo que estaria entrando em águas canadenses.
Foi então que os dois objetos embaixo d’água começaram a movimentar -se. Fizeram uma manobra no Golfo de Maine, enquanto os barcos da Marinha os perseguia a distancia. De repente, quebraram a superfície das águas emergindo e dispararam em direção ao céu desaparecendo. Mas, segundo as descobertas de Styles, o objeto fez a manobra e retornou de onde foi visto pela primeira vez: Shelburne. E que o segundo objeto avistado abaixo das águas chegou em socorro à primeira.
Ilustração de OSNI
Estes eventos extraordinários corroboraram com muitas testemunhas -civis e Forças Armadas.
Infelizmente, os relatórios foram dados como ‘sem registros’, os Ex -Militares da época temeram perder suas pensões, e as testemunhas civis temeram serem expostas ao ridículo e terem invadido a privacidade.
O evento de Shag Harbor possuiu um lugar muito importante nos estudos sobre fenômenos Ufo.
Não resta dúvidas de que algo ‘desconhecido’ visitou as águas do Porto de Shag em 04 de Outubro de 1967.
Investigação de:
Rita Shimalda Coelho