Como o Sol não tem superfície sólida, sua atmosfera vai ficando mais fina e transparente à medida que se afasta do centro. A “superfície” solar pode ser definida por meio do momento em que atmosfera se torna opaca à luz, fornecendo aos cientistas um parâmetro para calcular a distância entre o centro e os “limites” do Sol.
Outra técnica usa ondas gravitacionais solares chamadas f-modes para medir o raio do Sol. Essas ondas atravessam a superfície solar como águas de um oceano. Os dois métodos têm gerado discussões entre os cientistas em função de seus resultados diferentes.
Raio
Por meio do método que utiliza as ondas gravitacionais, o raio do Sol mede cerca de 695.700 km, cerca de 300 km menos do que o raio obtido pela forma que observa a opacidade da atmosfera solar. Essa pequena diferença – cerca de 0,04% – é suficiente para que os cientistas se questionem sobre as propriedades do interior do astro.
Segundo Alexander Kosovichev, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e um dos membros da equipe liderada pela suíça Margit Haberreit, dados mais precisos sobre o raio solar podem permitir um melhor entendimento do astro. “Um raio preciso vai fornecer dados mais corretos sobre o interior do Sol”, disse ele.
Redação Terra