Recebeu também cartas vindas do mundo inteiro, como por exemplo, uma que veio da Austrália, em que lhe contavam acontecimentos passados na véspera em Madrid; ou outras que continham fotografias maravilhosas em três dimensões.
Recebeu centenas de páginas de detalhes técnicos precisos sobre conhecimentos científicos dos habitantes do planeta Ummo, ou com considerações filosóficas que podiam aplicar – se aos habitantes da Terra. Mas fosse qual fosse a sua origem, estes documentos tinham sempre a marca de Ummo, isto é, três traços verticais atravessados por um traço horizontal.
Fernando via finalmente a realização dos seus sonhos.
Fora contactado por uma civilização extraterrestre extremamente avançada que lhe desvendara todos os seus segredos para que ele os desse a conhecer aos habitantes da Terra. De resto, os acontecimentos que ocorreram em seguida só reforçaram nele a sua convicção de que fora escolhido pelos representantes desta civilização para ser o mensageiro do cosmo sobre a Terra.
A 6 de Fevereiro de 1966, perto das dezanove horas, em Aluche, nos arredores de Madrid, não longe de Santa Mónica e San José de Valderas, vários militares estavam de guarda a um paiol de munições. Viram subitamente no céu um disco voador com cerca de 10 m de diâmetro, que foi aterrar à frente dos seus olhos, partindo logo a seguir, depois de ter deixado no solo três marcas rectangulares bastante profundas, que formavam um triangulo equilátero com cerca de 1,50 m de lado e 1,30 m de altura.
Este disco voador foi igualmente visto por várias outras testemunhas, uma das quais, chamada José Jordan, que ia de carro em direcção a Madrid, viu claramente a parte inferior do aparelho, onde pode ver o famoso símbolo de Ummo: as três barras verticais cortadas por uma barra horizontal.
Para Fernando Manzano, este disco voador visto em Aluche era a confirmação gritante de todas as cartas e de todos os telefonemas que recebera dos seus novos amigos do espaço. Alguns meses mais tarde receberia, de resto, uma outra confirmação.
A 1 de Junho de 1967, logo depois do por do Sol, uma centena de pessoas que estava a apanhar ar fresco na relva sobre os pinheiros de San José de Valderas, nos arredores de Madrid, viram subitamente um espectáculo estranho.
Um enorme disco voador de forma clássica e com cerca de 40 m de diâmetro, com uma cúpula brilhante, surgiu lentamente a nordeste por cima dos pinheiros, apresentando – se de perfil e depois inclinando – se de forma a mostrar a sua parte inferior, que tinha o famoso símbolo de Ummo.
Este aparelho monstruoso virou então para a direita, mostrou – se de novo de perfil e dirigiu – se para sudoeste, tendo então mostrado mais uma vez a sua parte inferior como se pretendesse mostrar de novo a sua bizarra insígnia. O objectivo desta manobra devia ser mostrar bem a forma do disco voador, as suas dimensões gigantescas e sobretudo o símbolo misterioso, que em seguida se tornaria muito importante.
Na manhã seguida, o editor de um jornal da tarde de Madrid recebeu um telefonema de um desconhecido, que lhe oferecia os negativos de cinco fotografias do aparelho que tirara na véspera, dizendo – lhe que bastava mandar busca – las num laboratório que lhe indicou. As cinco fotografias foram publicadas, mostrando o disco voador e a sua insígnia misteriosa exactamente como fora descrito por todas as testemunhas. Dois meses mais tarde, o mesmo jornal recebeu duas outras fotografias, que também publicou, mas que eram bastante menos nítidas.
Durante a mesma tarde de 1 de Junho, perto das vinte e uma horas, um homem que ia de carro em direcção a Santa Mónica viu o mesmo disco voador que descia rapidamente em direcção ao restaurante La Ponderosa. Alguns minutos depois, o aparelho descolou bruscamente por cima das árvores e desapareceu no céu numa questão de segundos.
Foi igualmente visto por duas outras testemunhas de santa Mónica, entre as quais uma mulher, que assistiu da sua janela à aterragem e confirmou que o aparelho em forma de disco, com faróis em toda a sua volta, tinha efectivamente pousado no solo e partiu logo de seguida, descolando a uma velocidade fantástica.
O disco voador foi igualmente visto por vários clientes do restaurante, um dos quais foi na manhã seguinte ao local de aterragem e descobriu três marcas rectangulares bastante profundas, de 30 cm por 15 cm, que formavam um triangulo equilátero perfeito com cerca de 6 m de lado.
Outras medições exactas indicaram 5,98 m e 5,99 m, no centro do triângulo a erva estava queimada e coberta com uma espécie de pó de alumínio ou de magnésio.
Alguns dias mais tarde uma rapariga de Santa Mónica descobriu dois tubos metálicos, arredondados nas extremidades, com uma anilha no meio. Examinado por um laboratório de Madrid, com um parafuso micrométrico, estes tubos tinham 149, 599 mm de comprimento e 8,310 mm de diâmetro, tendo a anilha um diâmetro de 24,931 mm.
Estas dimensões pareciam corresponder a um pé desconhecido de 299,179 mm que estaria muito perto do antigo pé egípcio de 300 mm.
Foram encontrados outros tubos em volta da marca de aterragem e um deles foi aberto por um rapaz de quinze anos.
Continha um liquido que se evaporou imediatamente e dois pedaços de plástico, que tinham a mesma insígnia do disco voador. Uma análise efectuada imediatamente indicou que o tubo era de níquel extremamente puro, a 90%, com vestígios de silício, titânio, magnésio e cobalto.
Os pedaços de plástico foram estudados por meio de análise espectral, tendo – se descoberto que se tratava de um fluoreto de polivinil conhecido na América sob o nome de Tedlar, fabricado especialmente para a NASA e que não se pode adquirir no circuito comercial. Este notável plástico possui uma resistência extraordinária aos raios mesmo ao desgaste.
Esta razão pela qual a NASA o utilizou para a protecção dos seus foguetões, quer na atmosfera quer no espaço.
Depois de ter descoberto o segredo da marca de Marliens, tive curiosidade em ver de mais perto a misteriosa marca de Santa Mónica, assim como os tubos, ainda mais estranhos, que foram descobertos em seu redor, e pensei imediatamente que a única razão pela qual o disco voador pousara fora para fazer esta marca no solo com o objectivo de nos submeter um enigma para resolvermos e para colocar alguns tubos em redor da marca para nos ajudar a encontrar a solução do enigma.
Pensei então que se, a unidade de medida utilizada para os tubos era um pé de 299,179 mm, o comprimento de cada lado do triangulo devia ser de vinte destes pés, ou seja, 5,983 58 m, e a sua altura devia ser de 5,181 93 m.
Verifiquei então com surpresa que o produto destes dois números, ou seja, 31,006 49, é exactamente o cubo do nosso factor (M) de 3,1416, isto pode ser apenas mais uma coincidência, mas tenho já encontrado o quadrado e a raiz quadrada de (M) na marca de Maliens, em França, é de qualquer forma curioso voltar a encontrar o cubo deste factor na marca de Santa Mónica, em Espanha, como se os nossos visitantes do espaço se divertissem a porem – nos pequenos problemas de simples resolução.
Mas isto não é senão uma parte do mistério, que só interessa a quem ama os números, e o seguimento desta história é ainda mais fantástica. Ainda que ela tivesse repercussões no mundo inteiro, e centenas de peritos a estudassem durante anos, ignora – se neste momento se esta historia corresponde a uma realidade, isto é, a existência de uma civilização extraterrestre, ou se é fruto de uma operação muito bem montada por um grupo de terrestres extremamente inteligentes!
Em Janeiro de 1968, pouco tempo depois da aterragem sensacional de Santa Mónica, um dado número de investigadores especializados em discos voadores receberam pelo correio, em espanhol ou em francês, uma série de estranhas mensagens, sempre com a insígnia característica de Ummo, e cuja série completa é constituída por centenas de paginas. Limitar – me – ei a transcrever alguns extractos traduzidos em espanhol.
Desejamos informar o planeta Terra da nossa origem e natureza, assim como dois objectivos da nossa visita. Vimos de Ummo, um planeta da estrela Iumma, á qual vocês chamam Wolf 424, recebemos instruções a 13 de Janeiro de 1965 do vosso calendário cristão referentes aos limites e à orientação desta informação. A órbita do planeta Ummo é elíptica com a estrela Iumma, que é o nosso Sol, situada num dos focos da elipse. A distância de Ummo a Iumma era, a de Janeiro de 1953, de 3,685 02 dos vossos anos – luz, ou seja, 34,886 37 milhões de milhões dos vossos quilómetros terrestres.
Segundo as vossas unidades de medida, a massa de Ummo é de 54 x 10 – 21 toneladas e a aceleração da gravidade na sua superfície é de 11, 38 m por segundo ao quadrado.
As condições atmosféricas de Ummo são extremamente próximas das da Terra e os seus habitantes são parecidos com os da Terra, excepto que não tem amígdalas e cordas vocais. Por esta razão, os habitantes de Ummo não podem falar e têm de comunicar entre si por transmissão de pensamento.
Enviam impulsos com uma duração de aproximadamente 150 micros segundos e tem mesmo um código que lhes permite conversas simultâneas com várias pessoas.
Existem no entanto, em Ummo adultos que comunicam verbalmente, como por exemplo aqueles que foram enviados á Terra.
Temos consciência da natureza transcendental desta mensagem. Sabemos, evidentemente, que uma declaração desta natureza é geralmente feita por um engraçado, ou por uma espécie de doente mental, ou talvez por um jornalista, ou por um agente de uma organização politica, esotérica ou religiosa com o objectivo de utilizar as consequências disso no interesse do seu grupo.
Sabemos que estas informações vão criar um clima de desconfiança muito compreensível e que as nossas declarações vão certamente ser recebidas com uma certa reserva. Não esperamos, portanto, que acreditem em nós com a simples apresentação de alguns parágrafos, sem qualquer prova de apoio.
De resto, grupos de intelectuais conhecem a nossa existência. Estes grupos existem já no Canadá, na Austrália, em Espanha e na Jugoslávia, mas recebemos ordens para manter o silêncio em relação a nós.
Por outro lado, a 20 de Março de 1950 do vosso calendário, ás cinco horas e dezassete minutos TMG, uma nave espacial lenticular tomou contacto com a superfície da Terra pela primeira vez na nossa história. A aterragem teve lugar perto da aldeia de La Javie, nos Baixos Alpes, em França. Somos um povo mais antigo que o vosso e atingimos um nível de civilização mais elevado que o vosso. A nossa única estrutura social é também diferente da vossa.
Somos governados por um conselho de quatro membros, seleccionados em função das suas qualidades psíquicas e fisiológicas.
As nossas leis baseiam – se em constantes métricas e sociais, que são função do tempo e do espaço.
Por razões transcendentes, não temos qualquer intenção de intervir na evolução social do vosso planeta. De resto, a nossa moralidade cósmica proíbe – nos qualquer atitude paternalista, para com as organizações sociais dos diferentes planetas, que devem ser criadas separadamente e ter cada uma a sua própria existência.
Mais, qualquer intervenção politica da nossa parte teria o risco produzir alterações e perturbações sociais incalculáveis, que tornariam impossíveis o estudo e a analise da vossa sociedade nas suas actuais condições.
As nossas modestas tentativas de contacto, como a que agora fazemos, não podem causar grandes alterações, pois serão sem dúvida acolhidas com o cepticismo habitual.
Não queremos de forma alguma, e insistimos fortemente neste ponto, ver – vos sucumbir à tentação de alterar as vossas ideias religiosas, sociais, politicas ou cientifica em favor das nossas.
Compreenderão as razões deste alerta. Em primeiro lugar, as informações que vos damos são unicamente descritivas. Apresentamos – vos apenas ideias sem qualquer prova e sem demonstração que possa estabelecer a sua demonstração que possa estabelecer a sua validade. Seria para vós um grave erro aceitarem as nossas ideias, os nossos conceitos e as nossas afirmações no clima ideológico que actualmente existe na Terra.
Como se poderá imaginar, a publicação de um tal comunicado na imprensa e nas revistas de ovnilogia da época desencadeou um entusiasmo delirante em todos os ovnilogistas europeus, ficando os mais fanáticos convencidos de que o grande dia, em que os extraterrestres desembarcariam na Terra, chegara.
Mas evidentemente, a atitude dos militares e dos cientistas foi muito diferente.
Os primeiros acreditaram haver um complot político destinado a derrubar o governo, enquanto os segundos tentaram encontrar uma contra verdade científica nos dados astronómicos do comunicado para demonstrar que ele não passava de uma brincadeira de mau gosto.
A conclusão do inquérito sobre o caso Ummo foi que o comunicado tinha certamente sido escrito em espanhol, numa máquina espanhola e por várias pessoas de cultura espanhola. Os autores deste comunicado tinham certamente tido uma educação secundária em ciências, mas provavelmente não teriam tido uma educação superior, pois cometeram uma série de erros técnicos.
Quase metade dos dados científicos eram inexactos ou estavam em contradição formal com as leis da física ou da mecânica celeste.
Por outro lado, se era uma brincadeira de mau gosto, as consideráveis despesas feitas pareciam indicar que ela não tinha certamente sido organizada por um particular, mas antes por uma sociedade secreta extremamente poderosa ou pelos serviços secretos de um outro governo, russo ou americano, por exemplo, como uma tentativa de manipulação das massas.
Isto coincidia com as teorias de Jacques Vallé, expressas recentemente na revista americana Omni, e das quais falaremos mais adiante.
O caso Ummo ocorreu precisamente numa época em que o governo americano acabara de gastar vários milhões de dólares para comprar os membros da comissão Condon e para os fazer publicar um relatório declarando que os discos voadores não existem e que todos os fenómenos aéreos observados eram perfeitamente explicáveis pelo planeta Vénus ou por balões – sondas.
Foi, de resto, um belo escândalo, e depois disso, as pessoas ficaram a pensar que o Governo Americano era capaz de tudo para alcançar os seus fins, o que se justifica em seguida pelo caso Watergate e pelo perdão concedido a Richard Nixon antes mesmo de se saber se era ou não culpado.
Era portanto perfeitamente lógico pensar – se que o caso Ummo era um golpe montado pela CIA, que naquele momento já tinha uma reputação muito má.
Outros pensaram que era um golpe dos russos, e mais particularmente do KGB, que não era melhor que a CIA.
Mas, na realidade, nunca ninguém soube, e sem dúvida nunca virá a saber, a verdade.
Durante muito tempo eu próprio pensei que o caso Ummo era uma brincadeira, sem dúvida por jornalistas espanhóis cujos jornais tivessem problemas de venda ou contas a acertar com a burguesia espanhola da época. O objectivo da operação podia ter sido muito simplesmente, ridicularizar Franco, a fim de se verem livres dele. Esta razão pela qual nunca falei do caso Ummo nos meus dois livros anteriores.
Para mim era uma questão política não me interessava. Mas agora não estou tão certo disso, depois de ter descoberto a relação entre a superfície da marca da Santa Mónica e o factor (M), relação que se encontra igualmente na marca de Marliens e no triangulo isósceles traçados pela aterragem de discos voadores, das quais falaremos mais á frente.
Por outro lado, fiz uma outra descoberta ainda mais espantosa.
Não tinha a intenção de invocar neste livro Betty Hill e o mapa do céu que ela desenhou sob hipnose após o seu rapto por um disco voador em 1961, pois já o havia feito num livro anterior.
Parecia – me, de resto, quase tudo certo que este mapa, incluindo quinze estrelas a menos de 50 anos – luz do Sol, estava centrado na estrela dupla de Zeta Recticuli, como Marjorie Fish sugeriu em Dezembro de 1968.
Mas um outro astrónomo amador americano, chamado Charles Atterberg, acabava de propor outra combinação de quinzes estrelas que corresponde perfeitamente ao mapa de Betty Hill e que parece ter várias vantagens importantes sobre o mapa de Marjorie Fish.
Em primeiro lugar, esta quinze estrelas estão situadas a menos de 18 anos – luz do Sol. Em seguida, o nosso Sol encontra – se no centro do mapa, o que parece mais lógico para os astronautas que terão vindo visitar a Terra.
Finalmente, encontram – se perto do nosso Sol as quatro estrelas Barnard, Tau Céti, Epilson Eridani, que os nossos astrónomos suspeitam fortemente terem planetas que poderiam ser habitados por outras civilizações extraterrestres.
Finalmente, este novo mapa do céu inclui a estrela Wolf 424, que seria igualmente susceptível de ter um sistema planetário habitado, e que se verifica, como que por acaso, ser uma estrela Iumma, em torno da qual giraria o planeta Ummo, donde terá vindo o disco voador de Santa Mónica. Ora, as primeiras mensagens escritas de Ummo foram recebidas em Janeiro de 1965, o mapa de Marjorie Fish foi feito em Dezembro de 1968 e o Charles Atterberg foi feito apenas há alguns meses.
Seria portanto muito difícil pretender agora que aqueles que escreveram as mensagens de Ummo em 1965 soubessem já que a estrela Wolf 424 seria alvo de suspeita de ter planetas, dos quais um seria, quinze anos mais tarde, considerado como origem possível dos raptores de Betty Hill e do mapa do céu que lhe mostraram.
E que se tudo isto não passar de uma coincidência, é incrível.
Como agora estou convencido de que existem outras civilizações no espaço, e talvez mesmo no nosso sistema solar, não vejo qualquer razão séria para que não possa existir um planeta Ummo, que gira à volta da estrela Iumma – Wolf 424 – e para que os habitantes deste planeta não possa vir visitar – nos de tempos a tempos.
De resto, se esta suposição for correcta, ainda voltaremos a ouvir falar do caso Ummo, o que estou certo, acontecerá em breve.
OS MENSAGEIROS DO COSMO
Transcrito por; Nuno Alves – APO