A questão do hexágono central é de menor importância e está a desviar os olhares para a real dimensão da descoberta.
Comportamento das nuvens no polo norte de Saturno
Aquilo que nos é dado observar é que aquele grupo de nuvens está a rodar sobre algo oco, por baixo não há nada, por baixo é apenas vazio. Se essa zona fosse uma área com terreno não haveria um comportamento giratório como aquele que estamos a observar, nem haveria uma profundidade de nuvens 100 km conforme diz a NASA.
Poderemos dizer mais, aquelas nuvens giratórias estão balizadas por paredes que impedem a sua fuga para o exterior, muito parecido aquilo que acontece por exemplo no olho ciclópico de Júpiter.
A formação em hexágono que é sugerida, mostra uma figura geométrica que vai alargando esses hexágonos até formarem círculos nas paredes daquele imenso buraco de 25.000 Km de diâmetro. É pois de pouca importância esta figura geométrica em comparação com toda aquela massa de nuvens em movimentos circulares em redor do centro da embocadura e lógico tapando a entrada para o mundo oco Saturnino.
Atendendo aquilo que se observa em Júpiter com o mesmo tipo de formações que circulam na embocadura polar norte de Júpiter, estamos aqui em Saturno perante algo muito parecido. Grandes furacões andam à volta, naquele imenso buraco polar norte. Podemos mesmo dizer que há furacões em diferentes tipos de alturas naquela imensa tampa de nuvens.
As auroras em Saturno poderão ser também a explicação para as entradas polares, assim como o é na Terra.
Desde há vários anos que sabemos da existência de duas enormes embocaduras nos pólos norte e sul de Saturno. A NASA até agora não tinha fornecido provas como evidência tão flagrante.
Para completar este super presente que a NASA nos está a oferecer, falta a aqui nestas imagens, o sol central de Saturno a brilhar, para ficar tão espectacular como o sol interior de Júpiter conforme descrevemos no nosso artigo que publicámos aqui no site da APO – Fenómenos intraterrenos
Lembramos que nesse artigo publicado aqui na APO, chamávamos à atenção para o sol interior de Júpiter, esse mini clip só foi possível devido à Cassini ter passado 60 vezes por cima do pólo norte de Júpiter e em cada vez foi tirada uma foto, que serviu de base para esse filme.
Há decerto uma incógnita as nuvens aqui tem um comportamento muito ténue, não encontramos aqui as violentas entradas como acontece em Vénus.
Talvez este manso movimento de nuvens sem ventos e grandes tempestades de dentro para fora, ou de fora para dentro, seja resultado da grande abertura da calote polar norte (25.000 Km), ou então a pequena atmosfera Saturnina não faz violentos intercâmbios com o interior, mas o pólo sul vem mostrar o contrário.
Em Vénus as embocaduras são mais pequenas e a atmosfera tem mais espessura o que vai originar aquelas grandes turbulências, já amplamente divulgadas, no pólo norte venusiano.
Podemos deduzir pelos vídeos acima que as nuvens entram pelo pólo sul e saem pelo pólo norte.
Ainda segundo a NASA há uma diferença enorme entre a mansa turbulência do pólo norte e imensa turbulência, (diríamos dizer mesmo um autentico furacão) no pólo sul. Podemos assim deduzir que as grandes massas de nuvens entram pelo pólo sul de forma violenta e saem mansamente pelo pólo norte. Será assim impossível ver algum tipo de pormenores no Pólo Sul e ver-se-ão sempre pormenores no Pólo Norte Saturnino.
Até pode acontecer que o buraco no pólo sul seja mais pequeno e portanto mais turbulento e o buraco do pólo norte saturnino seja maior e deixe passar mais facilmente os ventos.
No buraco do pólo sul são notórios os ventos que entram dentro da embocadura, rodando no sentido dextrogiro, como se fossem um parafuso de rosca direita a penetrar. Aquelas massas de nuvens estão a entrar no sentido dos ponteiros do relógio portanto há ali uma alta pressão naquele imenso buraco.
No pólo norte é diferente o movimento é sinistrogiro, estão a sair os ventos duma forma mais suave, estão a rodar no sentido contrário aos ponteiros do relógio, parece que ali o parafuso está a sair, está a desaparafusar-se, há ali uma baixa pressão, por isso é possível ver ali aquele formação de nuvens com uma profundidade entre os 75 e os 100 km.
Comportamento das nuvens de Saturno entrando nesse imenso buraco com 8.000Km de diâmetro, no polo sul
Na primeira animação, acima, do polo norte de Saturno, são apresentados sómente 37 frames, daí não ser possível ver mais pormenores do regime de nuvens no pólo norte de Saturno, nem do sol interior de Saturno, como é visto no pólo norte de Júpiter. Saturno, parece ter o comportamento quase igual ao comportamento da atmosfera de Júpiter, exceptuando o caso do olho ciclópico de Júpiter.
Atendendo à forma oca de Saturno e à sua igual correspondência em Júpiter e Vénus podemos extrapolar que todos os planetas são ocos e portanto devem ter vida no seu interior.
Se os planetas são ocos também a Terra é oca e tem que haver no seu interior uma super civilização, da qual vêm a maior parte dos ovnis.
Nomes como Agartha, o Rei do Mundo , têm a partir de agora, grandes probabilidades de serem reais.
Temos que repensar toda a nossa Geologia que nos ensinam na escola. O modelo que a nossa ciência apresenta dos planetas cheios de magma e com altas temperaturas, no caso da Terra, até ao diâmetro de 6.371 Km, é ridículo.
Também o cálculo da massa dos planetas tem que ser alterado.
Se fosse na realidade tal modelo, a parte superior onde estamos agora (os facianos), tinha uma temperatura tal que andávamos aqui aos pulos com tanto calor. Nos anos 60, foi feito um filme chamado “Gata e telhado de zinco quente”, seria precisamente isso, nem a vida existia.
A chave está no encontro das duas forças, a centrífuga e a centrípeta, é aí que está o magma, mas isso será objecto de um outro artigo aqui no site da APO, baseado na conferência que produzi sobre os mundos intraterrenos.
Luís Aparício
luz@oninetspeed.pt
Texto original no site da ESA
http://www.esa.int/SPECIALS/Cassini-Huygens/SEMEM5T4LZE_1.html
Esta imagem (37 imagens em GIF) foi capturada pelos sensores da Cassini’s Vims em 29 de Outubro de 2006, a uma altitude média de 902.000 Km por cima das nuvens de Saturno e mostra um hexágono como se fosse um turbilhão atmosférico. Esta esquisita formação geométrica de seis lados anda à volta do pólo norte de Saturno perto dos 78 graus norte de latitude.
Esta imagem é a primeira dotada duma fidelidade quase total tirada no pólo norte de Saturno.
A sua descoberta original deu-se pela Voyager da NASA que passou perto nos anos 80. Esta nova imagem foi tirada em 2006 e prova que existe um turbilhão de ventos com vida eterna no pólo norte de Saturno.
Esta foi a primeira que capturou a zona do pólo norte numa única foto e foi possível ver aquela região através do comprimento de onda dos 5 microns (sete vezes o comprimento de ondas visíveis pelo olho humano), tendo sido tirada durante o período de obscuridade durante a noite polar saturnina. Imagens anteriores tiradas através de telescópios e pelas Voyager’s, deram pouca qualidade de detalhes.
Para ver a profundidade da atmosfera na noite polar foram utilizados espectrómetros de detecção térmica e notou-se que as nuvens tinham uma espessura de 75 km.
Esta barreira de nuvens absorve a luz desse buraco, aparecendo por detrás somente uma silhueta negra.
Para mostrar as nuvens com as suas características de branco brilhantes a imagem original foi invertido o contraste para se conseguir mostrar a actual imagem.
Este jogo de hexágonos brancos e escuros indica que este complexo de nuvens se estende em profundidade na atmosfera, pelo menos para baixo ao nível a uma pressão de três atmosferas terrestres e com mais de 75 km de profundidade.
Estas múltiplas imagens foram obtidas durante um período de 12 dias entre 30 de Outubro e 11 de Novembro de 2006, mostram que as suas características são quase estacionárias (tiradas à 26 anos pelas Voyager 1 e 2, são iguais) e que se estendem em profundidade e em volta do pólo, duma maneira pouco forte.
Agora, os cientistas aguardam o fim do Inverno no pólo Norte de Saturno para poder analisar o mistério mais facilmente.