Na origem do problema estará uma rocha (aproximadamente com o tamanho de uma máquina de lavar) que impede as outras rodas do veículo de assentar no chão.
No entanto, o contratempo não se revelou inteiramente trágico. É que o local onde o veículo ficou preso, baptizado pela NASA de «Tróia», possibilita aos cientistas a recolha de diversas informações importantes sobre o ambiente do planeta, avançou o JPL em comunicado.
«Tróia é um dos locais mais interessantes por onde o Spirit já passou», disse Louis Arvidson, um dos directores de investigação científica daquele veículo e do seu congénere, o «Opportunity».
Os investigadores do Centro Espacial Johnson da NASA, em Houston (EUA), afirmaram que dados iniciais apontam para a presença de ferro, na forma de sulfato férrico. Por outro lado, diferenças de cor registadas na superfície pela câmara panorâmica do Spirit podem ter origem em diferenças na hidratação dos sulfatos férricos.
Também os ventos que sopraram na região, em Abril e Maio, contribuíram para a pesquisa, já que limparam os painéis solares do veículo, aumentando a sua provisão de energia.
O Spirit e o Opportunity aterraram em pontos opostos da superfície de Marte, em Janeiro de 2004, segundo a Folha Online.
NASA
Camera do microscópio utilizada para fotografar a parte de baixo do Spirit