É uma cidade belíssima, com jardins magníficos, muita luz, como se fosse sempre Verão e cujos edifícios são mais brancos que o branco, de uma arquitectura que eu definiria como uma miscelânea clássico-moderna, fazendo lembrar nalguns aspectos os templos gregos. Ali sente-se beleza, paz, harmonia e bem-estar.
Encontrei-me numa sala grande, muito iluminada, mas tal como nas naves a luz é sempre indirecta. Penso que seja qualquer coisa, tipo lâmpadas fluorescentes, atrás de sancas ou outra coisa do género.
Nessa sala estávamos entre duas centenas de crianças. Todas mais ou menos da mesma idade, de todas as nacionalidades, umas de camisa de noite, outras de pijama. Estávamos todos sentados em cadeiras simples, fixas umas às outras dispostas em filas e no mesmo plano. Pouco mais ocupávamos que um quarto de sala, estando o restante espaço menos iluminado. Não fazíamos barulho e estávamos com muita atenção ao que se passava à nossa frente.
Subindo três degraus para uma espécie de plataforma, na metade esquerda estava um SER majestoso, que nos dava as boas vindas, telepáticamente claro. Nós estávamos concentrados no canto superior esquerdo da sala. Esse SER tinha aparência humana, muito alto, cerca de dois metros e vinte, magro, cabelos brancos sedosos ligeiramente ondulados que lhe caíam dois ou três centímetros abaixo dos ombros. Tinha uma coroa de metal, adornada com o que pareciam ser pedras preciosas. Estava vestido com uma túnica de um branco puríssimo, até aos pés e de mangas largas compridas. Inspirava sabedoria e bondade.
A meio da parede que ficava por trás desse SER, abria-se uma passagem em arco, que era a entrada para a Universidade propriamente dita. Esse arco dava acesso a uma espécie de corredor, que dispunha de sete entradas de cada lado. A primeira porta do lado esquerdo, juntamente com a primeira porta do lado direito, correspondem ao primeiro grau de ensinamentos e assim por diante. No total são sete.
O corredor desemboca numa outra sala, onde em vez de crianças estão adultos. Aqui estão em grupos de oito, dez, sentados em volta de mesas redondas, num total de cerca duas centenas. Estão como que em estágio. Esta sala também tem uma espécie de um palco e sete degraus separam-no do resto da sala. Aqui estão sempre três a cinco Mestres que orientam os trabalhos.
No final do “estágio”, passa-se para a última sala, onde estão os Mestres. Esta sala fica no lado oposto à sala das crianças, mas num plano superior.
O objectivo é preparar como que braços direitos dos Mestres na Terra.
Graça