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Vidente de Portela do Vade relata visões e agruras

Primeira visão

Neste ano de 1957, viu que aquela senhora muito bonita vinha acompanhada de uma criança que pressupôs ser o menino Jesus e ao seu lado vinha uma figura masculina que lhe pareceu ser o São José. O menino Jesus trazia um vestido de cor branca ou creme que ia até aos perto dos pés, parecia mesmo que ele estava descalço e viam-se os pés, os pés eram pezinhos de criança. Essa criança deveria ter cerca de seis aninhos.

Quais eram as características que poderia disser que era o Menino Jesus? «ah! via-se bem, ele estava entre a Sagrada família, via-se bem que era o menino Jesus que é mostrado».
Notou nele algum tipo de ligação consigo? «Ele não tirava os olhos de mim, mas nunca se arredou da beira dos pais, acho que ele entendeu que eu era alguém a que os pais estavam a querer ligar-se».

Notou alguma auréola à volta da Nª Sra? «não reparei».

«Também havia vários elementos masculinos espalhados nessa parcela de terreno em Monte da Chão – Portela, que pensou ser alguns homens de alta estirpe divina, mas não eram os apóstolos dos evangelhos, esses elementos masculinos tinham um ar pensativo. Ainda se lembra que esses homens pensativos traziam roupa de cor, um deles parecia-me mesmo o Santo António. Os outros homens pensativos traziam calças e casaco. O que realmente estranhou era a aparência deles, eles estavam muito pensativos. Esses santos estavam parados, mas a mexerem-se.»

Temos aqui uma faceta crítica/científica o emergir de pensamentos racionalistas num fenómeno onde a nossa ciência não consegue penetrar mas que a Maria da Conceição conjectura «acho aquilo muito estranho, aquilo não poderia ser projecções holográficas, era muito estranho».

Esta visão quando tinha 10 anos, segundo afirma «apareceu-me de repente e comecei a ver tudo diferente, deixei mesmo de ver tudo em seu redor».
«A senhora apareceu no chão, aquilo era inclinado, mas aquele espaço modificou-se e ficou tudo plano, embora aquele terreno continue inclinado».

A senhora trazia roupa da mesma de cor e do alto abaixo, o manto era azul ou rosa, já não se lembra muito bem.
Maria da Conceição não se lembra do dia quando aconteceu.

Segunda visão

Com a idade de 14 anos (1961) «vi no céu uma nuvem muito grande com diversas cores a fazer uma ogiva cheia de todas as cores do arco-íris. Seria perto das 16 horas. Esse avistamento durou cerca de 15 minutos, depois sumiu-se na própria nuvem. Cada uma das luzes cintilava independentemente umas das outras, parecendo fazer arcadas. As luzes mexiam-se um bocadinho. Cada uma dessas cores cintilava independentemente uma da outra, faziam arcadas.
A altitude dessa ogiva estava acima de onde passam os aviões.
Á distância de um braço estendido a ogiva teria 1.60 metros de comprimento e 1 metro de largura».

Não se lembra do dia nem do mês, só se recorda que foi em 1961.

Nossa Senhora na nuvem

«Sinto que na Nª Sra. estaria dentro daquela nuvem. Aquela luz era o esboço da Nossa Senhora, a Nª Sra. estaria dentro daquela ogiva colorida» diz a Maria da Conceição.
Quando foi avistada essa nuvem e a ogiva a mesma andava a pastorear três vacas e chamou-lhe a atenção umas luzes que apareceram no céu. As vacas continuaram a pastar normalmente.
Segundo a Maria da Conceição o desaparecimento deu-se por haver uma integração desta ogiva na própria nuvem.

Terceira visão

Quando nasceu a filha Delfina do Céu Cerqueira em 29 Dezembro 1976, quarta-feira, depois do parto, e nessa momento voltou-lhe a aparecer a Nossa Senhora, que afirma «ser uma senhora de cerca de 18 anos, sendo sempre uma senhora muito linda. A senhora trazia as mãos estendidas.

Quarta visão


Era uma senhora muito bela com a aparência da Nª sra das Graças

Em 1987 voltou a ver a Nossa Senhora, mas afirma que «fiquei em estado sobrenatural», talvez hoje pudéssemos chamar-lhe estado de êxtase. Essa aparição deu-se em frente à sua porta em Portela do Vade. «Vi uma senhora muito bonita que aparentava ter cerca de 30 anos de idade, a Senhora trazia os braços caídos num ângulo de 135º graus e com as palmas das mãos viradas para a frente inclinadas 45º para a frente, mas em oração, era parecida como a Nª Sra. das Graças. A senhora estava poisada numa nuvem a cerca de 60 metros de altitude não senti que pudesse haver algum estrado para suster o seu corpo a não ser que houvesse alguma coisa por baixo e a própria nuvem o tapasse. A senhora encontrava-se numa ponta da nuvem».
Notou entre as outras nuvens algumas luzes? «não notei. Aquela nuvem ligava-se ás outras nuvens que eram maiores».

Foram assim três a vezes que conseguiu ver bem a Senhora, embora mais vezes tivesse visto a sombra da Senhora.

Sempre à mesma hora

Estes acontecimentos foram sempre cerca das 15.30 horas. Também a montagem do altar era a esta hora e o avistamento de 1961. Iremos verificar que tal como noutras aparições marianas a hora mantêm-se fixa.

Senhora muito bela

Das diversas vezes que viu a senhora, só teve a visão, nunca sentiu nenhum odor ou gosto especial.
A apresentação visual daquela senhora muito bela era sempre muito impecável, «a mesma usava um manto que lhe cobria a cabeça e o corpo, houve uma vez que veio calçada e outra que veio descalça».

Como era a Senhora

Segundo a Maria da Conceição a senhora tinha o rosto miúdo e oval, a testa era normal, os olhos eram castanhos, notou que a Sra. não mexeu os lábios, o queixo era pequeno e o pescoço era baixo. Não reparou se a Sra. apresentava seios.
Esta vidente não se lembra de ver os joelhos, porque o próprio tecido cobria-os.
Os pés reparou, numa das vezes vinha calçada e na outra vinha descalça, deu para entender que os pés eram pequenos.
Quando a Sra. lhe apareceu na primeira vez a mesma vinha calçada, a vidente classifica os sapatos brancos (sem atacadores), baixinhos e muito macios.
Na última aparição a Sra. apareceu-lhe descalça, mas não reparou bem mas acha que eram e normais, pode ver os dedos das mãos e verificou que os dedos eram pequenos e normais e mais pequenas do que as da Maria da Conceição.
Quando às mãos afirma que eram pequenas e normais, mas mais pequenas do que as da Maria da Conceição.
A altura da Sra., deveria rondar os 1.58 metros, portanto a mesma altura da sua filha Delfina.

O que vestia a Senhora

Á cintura a Sra. trazia um vestido que era cintado e apertado à cinta. Não notou que a Sara, trouxesse cinto ou cordão, era o próprio tecido que fazia ali um aperto. Como poderia classificar os tecidos. «O vestido era sempre de crepe e o manto, numa das vezes era de cetim e na outra das vezes era de veludo. O veludo era baixo mas não muito baixinho». «Excepto na primeira visão o vestido da Nª Sra. era sempre branco».
Na primeira a Srª traria o manto azul e o vestido cor-de-rosa ou então era o manto cor-de-rosa e o vestido branco, a Maria da Conceição só se lembra que da primeira vez era às cores como a Srª vinha vestida.

Ruminar a vida

Aquilo que me deu a entender, é que com o avançar da idade, começou a ruminar a sua vida e começaram a vir ao de cima percepções daquilo que tinha sentido e daquilo que lhe tinham ensinado, daí a necessidade de fazer o altar com uma estatueta do tipo Fátima, que se «assemelhava à linda senhora que tinha visto», tentando ao mesmo tempo demonstrar perante as pessoas que ainda é portadora de uma visão que a tem acompanhado durante a sua vida, por isso queria extravasar o seu sentir interno daquelas três visões.


Maria da Conceição e Luís Aparício

Ver e tentar modificar caminhos

Também começou a criticar os padres católicos dizendo que «os mesmos não estavam seguindo o caminho correcto». Seriam percepções interiores que actualmente lhe eram sugeridas, seriam recordações de percepções das três visões anteriores ou seria um certo ego de superioridade?

O certo é que criou um carisma de contestatária, ao mesmo tempo que fazia concorrência ao estabelicement religioso católico, chegando ao ponto de se terem juntado em frente à sua porta, onde fazia o altarzinho, cerca de cem pessoas no primeiro domingo de cada mês.
O fazer altares, com imagens das Nossas Senhoras, são uma das características dos videntes das Aparições Marianas, por isso o seu sentir interior levou-a fazer esse altar durante cerca de três anos.

Professora exigente

O carisma de professora exigente que batia nos alunos se os mesmos não estudassem bem as lições, dando puxões de orelhas e reguadas nas mãos, não lhe criaram muitas amizades em Portela do Vade, por isso a população quando se refere a ela, diz logo «ah! aquela que foi internada», sem inquirir como e porquê. Ficou assim com a chancela de louca, porque até a GNR a veio buscar a casa para ser internada.

Sintomas quando via

Os sintomas que apresentava quando tinha as visões começavam por sentir um «ar estranho» depois diz qu «ficava sem os seus sentidos a passar a um outro tipo de sentidos», mas afirma que «não caía por terra e nunca desmaiei».

A senhora em cima duma nuvem

Em 1987, viu «a presença da Nossa Senhora em cima duma nuvem, quando estava fora de casa», portanto entre a sua casa e a avenida, lá em Portela do Vade.
A Nossa Senhora, segundo afirma, «era uma mulher nova, bonita», nota que seria parecida à Nossa Senhora de Fátima. Quando inquirida sobre a idade que lhe poderia atribuir a Maria da Conceição calcula que a mesma teria uns 30 anos, se compara-se com as mulheres que vivem aqui na Terra.

As roupas da linda senhora

As roupas que essa entidade feminina trazia, segundo esta vidente, «eram sempre brancas, tanto o vestido como o manto. A dita senhora umas vezes calçada e outras vezes vinha descalça. A cabeça vinha sempre tapada com o próprio manto».
Na primeira vez que viu a Senhora, quando a Maria da Conceição tinha dez anos de idade, «a Senhora vinha com as mãos postas em oração».

Tenta ser racionalista

Nem antes ou depois notou alguns fenómenos no ar, afirma que «foi tudo de repente verificou que estava num espaço onde estava antes», conjectura que «poderia estar num sítio, onde alguém tivesse projectado alguma filmagem», nota-se nesta afirmação que tentou arranjar uma explicação lógica para o que lhe aconteceu, tentou racionalizar à luz dos seus sentidos e observação comum.

Sempre teve boa saúde

Nota que «o seu estado de saúde era excelente portanto não foi nenhuma partida do inconsciente doentio». A visão da Senhora e da Sagrada Família, aconteceu somente nesse espaço temporal, de breves minutos.

Reacção dos animais

A reacção dos animais principalmente dos cães é sempre de ter em conta, por isso confrontada a Maria da Conceição diz que não se lembra e mesmo que eles estivessem a ladrar, ela estaria numa outra realidade, portanto estaria desligada da presente.

Braga feudo católico

Maria da Conceição vive numa das zonas de Portugal onde o domínio da religião cristã/católica é total. Portela do Vade situa-se a 291 metros de altitude e fica a 23 Km de Braga a cidade dos Arcebispos, devido aos inúmeros sacerdotes nessa área.

Braga é uma cidade onde a monumentalidade das suas igrejas, faz concorrência com Lisboa. As igrejas do Hospital e da Cruz em Braga, recentemente restauradas com as suas talhas douradas, são um espectáculo refulgente e os fiéis enchem aquelas igrejas.
A diocese de Braga tem 439 párocos, para os 164.193 habitantes. Com 183 Km2 de área, a diocese de Braga é aquela que em Portugal tem mais padres por Km2. A diocese de Braga pode utilizar as 158 igrejas e capelas, assim como mais um vasto número de palácios conventuais.

Reacção dos clérigos

Perguntei à Maria da Conceição, qual era a reacção dos clérigos da região, aquilo que ela lhes contava, de ter visto a Nossa Senhora. A resposta que ela deu já era previsível «tentavam não falar nada e desviavam as conversas», voltei a perguntar se achava se eles eram hostis para a ela e disse-me «não foram mal educados, mas não faziam caso, eu até às vezes tinha necessidade de conversar com eles, até para tirar conclusões e eles nunca deram essa possibilidade, diziam-me que não fizesse caso».

Vizinhos mantêm-se neutros

Estava a ficar mais intrigado, como é que uma mulher (Maria da Conceição) que teve tantas visões incomums só me respondia a muito esforço e tentei saber porque alguns moradores de Portela do Vade acreditavam nela? «talvez acreditassem, porque não me achassem mentirosa, ou então também tinham fé» respondeu-me um pouco secamente e depois calou-se.
Quis saber também o que sentia da população local sobre as suas visões e disse-me «uns acreditavam e outros não, outros disseram que não era nada, dando a entender que se calhar era eu que não andava bem».

Sem genica

Estou aqui há doze minutos (2008.02.23) a falar com esta mulher, e dá-me a sensação de estar perante alguém mole, anestesiada para a vida, e indolente. As respostas custam a sair e talvez a mesma tenho problemas mentais, ou será que está drogada?
Não vejo ali genica e garra para defender as suas visões tão gloriosas o que haverá de mal nesta mulher, porque se mostra tão parca no desenvolvimento das perguntas que eu lhe faço?

Voltei à carga porque a entrevista estava a entrar num marasmo, a Maria da Conceição só falava se lhe fizesse uma pergunta, com a minha experiência de falar das aparições marianas, tentei buscar naquilo que sabia, ligações com este caso.
A temperatura também não ajudava, deveria estar uns dez graus, a sala onde estava a fazer a entrevista era de ladrilhos e fria, também ainda estava enregelado. Tinha partido da Gare do Oriente em Lisboa numa camioneta da Renex às 00.30 horas e tinha chegado à Portela do Vade às 05.26 horas, foi uma noite sem dormir.

Pão em forma de roda

Entre a chegada a Portela do Vade e o início desta entrevista passaram-se duas horas que aproveitei para percorrer esta localidade. A primeira pessoa que vi, foi uma senhora, talvez com 70 e tais anos, trazia num saco de plástico um pão redondo entrançado com um diâmetro talvez duns 40 cm, quando a vi disse-lhe bom dia ao que a mesmo gentilmente também me retribuiu.

Necessidade de ser boa

Geralmente os videntes e as pessoas que assistem às chamadas aparições marianas, depois desses encontros têm uma nova postura para a vida. Por isso tentei saber o que a Maria da Conceição sentiu depois de ter visto a Senhora e afirmou que «após as visões imponha a si mesma que deveria ser boa pessoa».

Mordaça sobre as visões

Na sua actividade de professora primária estava exposta aos olhares inquiridores dos alunos e dos pais, sabia que todos conheciam as suas experiências mas calou sempre em comentá-las em público, sabia que era proibido falar desses assuntos, por isso guarda-os para só si, disse «não falava, como sabia que não se podia falar, também nunca comentei nada».
Encontro ali uma mordaça, o ambiente geral desses anos (1959) era castrador para mostrar as visões do passado.

Nossa Senhora não existe, portanto deve ser outra coisa

Confrontei-a com a possibilidade das suas visões poderem enriquecer a cultura Portuguesa e ela disse «são coisas estranhas que são difíceis de explicar, eu vi como lhe descrevi, mas eu mesma, não acho possível isso acontecer, eu acho que não pode ser a Nossa Senhora porque ela não existe ou se existe é só o espírito dela e não verdadeiramente a Nossa Senhora» voltei a perguntar-lhe qual era a explicação para aquelas visões e a Maria da Conceição respondeu «era a fé que eu tinha com a Nossa Senhora e dessa fé pode ter surgido esses momentos todos, eu nasci no dia dela, tinha o nome dela e a minha mãe falava muito da Nossa Senhora».

Perante este espírito tão analítico de até arranjar uma outra explicação para aquilo que viu, dá a sensação que a sua formação de professora, trouxe ao de cima uma introspecção racional.
Esta forma de pesar os acontecimentos perante as realidades sociais, despertou-me a pergunta se a Maria da Conceição duvidava daquilo que tinha visto, respondendo-me «não, não eu vi mesmo».
Tenta assim encontrar uma outra explicação para as suas visões «podia ter sido escolhida devido à fé que tinha na Nossa Senhora».

Inspectores escolares, solicitam contenção

Sabe que quando começou com a sua actividade de professora primária, os inspectores escolares, somente uma vez comentaram com ela as suas visões, mas disseram-lhe «evitasse falar por causa da profissão». Notícias sobre as suas visões igualmente apareceram nos jornais da região norte.

Não acredita mas viu

As aparições marianas em Portugal foi outro assunto que tentei trazer ao de cima e inquiria sobre a aparição de Fátima disse «acho que poderia ser como eu, as pessoas (videntes) não sabem explicar mais nada, podem ter visto mas não saberem como é que se passou». Fico com a sensação que mais uma vez surge ao de cimo o seu espírito analítico/cientifico bastante pragmático, viu mas tenta racionalizar em termos comuns e palpáveis aquilo que viu, não acredita mas viu, mantêm-se na fronteira, não se deixa embrulhar pelo fenómeno.

Diversos actores em palco

As aparições marianas são um palco onde entram diversos actores em cena, por isso avancei com a questão, sentiu cheiros anormais quando teve as visões da Senhora e disse-me «não», viu quedas de pétalas de rosas e hóstias respondeu «não», também responde negativamente a ter tido algum estigma da pele.

Os pais

Os seus pais eram lavradores e sempre os ajudou nessas tarefas, depois formou-se como professora primária. Frisa que «todas as suas visões aconteceram com a saúde perfeita e sempre se lembra de ter boa saúde».

Mesinha no quintal

«Eu punha a Nossa Senhora, aí numa mesinha, ninguém mandou pôr eu é que punha, havia algumas pessoas que rezavam, outras não, alguns entravam outros não, e outros só rezavam na estrada, em Setembro de 2007, já poucos lá apareciam». Segundo entendi, a Maria da Conceição colocava uma mesinha no seu quintal com uma imagem de Fátima, portanto fora do domínio público, algumas pessoas entravam na sua propriedade e rezavam perto dessa imagem, a Maria da Conceição também lhes contava as visões que teve. Chegaram a estar ali cerca de 100 pessoas, em Outubro passado, esse número estava reduzido a somente uma pessoa. Foi então nessa altura que já não havia problemas de rebelião, internaram-na como louca.

Não há melhor maneira de desacreditar uma pessoa perante a sociedade, primeira leva o rótulo de louca, depois forçam o seu internamento, assim pararam a concorrência e agora Portela do Vade, conhece-a como “aquela que foi internada pela GNR”. Pessoas que até vinham de Lisboa, para ouvir aquilo que a Maria da Conceição lhes contava, nunca mais voltaram.

Depois de reformada faz o altar

Maria da Conceição com o passar dos anos sentiu que não estava a cumprir com aquilo que tinha recebido por isso logo que se reformou com 58 anos, sentiu que já era livre da lei do silêncio. Durante três anos de 2004 a 2007, fez um altar no seu quintal.

«No primeiro domingo de cada mês às 15.30 horas eu colocava a imagem da Nossa Senhora na mesinha ali no meu quintal, a princípio eram muitas que apareciam, mas depois deixavam de vir, se calhar alguém dizia a elas que eu era maluca e por isso deixaram de aparecer». Sorri a Maria da Conceição.
As coordenadas geográficas onde a Maria da Conceição colocava a mesa com a estatueta no seu quintal são 41º 43’ 34.02”N e 8º 24’ 45.91”O, e a estrada pública, são 41º 43’ 32,77N e 8º 24’ 46,77 O.

Internada abusivamente

«Recentemente internaram-me sem eu saber porquê», oiço aquela voz parca de emoção e fiquei pasmado, foi internada abusivamente!?!?
A senhora teve algum problema de saúde? Tentei compreender porquê aquele abuso de autoridade, qual foi a razão desse internamento abusivo.
«Eu andava a comprar uma terras e era aí que me distraía mais e não limpava a casa, eu penso que pode ter sido por isso, é a única falta que cometi». Tentou com esta afirmação ironizar a desgraça de ser presa num centro psiquiátrico.

Fiquei com a boca aberta de espanto, a senhora foi internada contra a sua vontade? «exacto» respondeu-me a Maria da Conceição, em que dia é que isso foi? «o dia não sei, mas sei que foi em Outubro de 2007» houve novamente uma pausa, ficaram mudos aqueles lábios, o seu olhar ainda transmitia espanto, tinha sido internada contra a vontade num hospital para pessoas com problemas mentais.

A GNR traz dois carros para a levar

Como é que aconteceu esse internamento? «A senhora, tem que nos acompanhar disse-me um GNR, eu até estava a colocar umas coisas ao sol e levaram-me dizendo que eu tinha que ir a uma consulta às 17 horas e que estava em cima da hora, eu até desconhecia ter a consulta. Para ir a uma consulta tem que se saber e eu não sabia, depois disseram-me que era uma consulta de psiquiatria, mas eu não sabia de nada, aconteceu que eles levaram-me, para lá me deixarem. Fiquei lá dois meses internada e então lá entrei em depressão que se está a alastrar, que não me passa, tira-me as forças e ando doente».

Quem eram os GNRs

A Maria da Conceição não se lembra das matriculas dos carros da GNR, mas afirma «eles vieram num jipe e num carro normal, depois eu não consegui subir para o jipe e eles levaram-me num carro normal da GNR, que vinha a acompanhar o jipe, esses GNRs eram do posto de Vila Verde(Braga)».

Noutros países isso aconteceu

Cenas como esta, aconteceram com os dissidentes de certos países não democratas, as pessoas eram internadas, se fossem contra o regime, se falassem contra o establishment instituído. Mas isso acontecia nos anos 50, e 60. Esta cena aconteceu em Outubro de 2007 em Portugal!!!

Internada em Gualtar

A senhora esteve lá aonde, no hospital psiquiátrico? «estive internada no centro de psiquiatria em Gualtar que é uma dependência do hospital de Braga». (Departamento de psiquiatria e saúde mental do Hospital de S. Marcos).

Razão do internamento

«Depois mais tarde recebi uma carta com a razão do meu internamento, dizendo que o Ministério Público entendeu que eu devia ser internada». A senhora tem essa carta? «eu guardei-a mas eu não sei onde a coloquei», fiquei mais baralhado, nunca tinha ouvido tal história macabra, a GNR – Guarda Nacional Republicana do posto de Vila Verde, vem prender uma senhora já com idade, no seu quintal, para a internar como doida.
O envio da carta a partir do Centro Psiquiátrico de Gualtar, foi uma forma deste centro se livrar de algumas complicações legais que pudessem vir a acontecer. Justificava-se assim que houve uma doente que esteve lá internada e deram-lhe alta, porque a mesma se apresentou lá de livre vontade!?

A explicação que a Maria da Conceição dá, volta a ser, a de uma analise introspectiva, volta a vir ao de cima o seu espírito critico/cientifico, volta a ponderar os dois pratos da balança «duma certa maneira eles tinham razões, porque eu punha aqui as coisas, todos os meses e a igreja não queria que pusesse e desde que mexessem comigo eu mudaria a vida toda».

Razão da alta

Este caso é deveras grave por isso quis saber se havia uma violência sobre ela «eles na carta que me mandaram, diziam que por eu ter ido por livre vontade me deram alta, se calhar foi por não me terem algemado que consideram que foi por livre vontade», ironiza a Maria da Conceição.

Modificar-lhe o comportamento

Compreendi estas palavras da Maria da Conceição, da seguinte maneira, se alguém conseguisse que através de medicamentos fosse modificado o seu comportamento nunca mais ela iria fazer concorrência à igreja católica.
Algo que popularmente se chama de levar uma ensinadela ou levar um tabefe para ver se te portas bem e foi isso que aconteceu, aquela genica que há cinco meses animava aquela mulher, hoje ela está indolente e letárgica, por isso desde Janeiro de 2008, que não quis fazer mais o seu altar em memória das gloriosas visões da Senhora muito bonita que já tinha visto três vezes.

Durante a docência sempre esteve bem

Surge-me logo o seguinte pensamento, se a Maria da Conceição na sua vida de professora tivesse manifestado sintomas de problemas psiquiátricos, já há muito tempo que os inspectores escolares e os pais dos alunos tinham exigido que fosse retirada da docência, ora isso não aconteceu, esteve a trabalhar até aos 58 anos. Foi preciso começar a colocar uma imagem de Fátima em cima duma mesa no seu quintal, para ser considerada louca.

Quem assinou a ordem de internamento?

Comecei a compreender a maneira seca da Maria da Conceição me responder, fiquei a pensar, quem teria manipulado o procurador do Ministério Público, para que o mesmo assinasse a ordem de internamento?
Quem teria sido esse procurador?

Liberdade religiosa afectada

Um procedimento muito grave foi aberto na liberdade e tolerância religiosa Portuguesa, uma vidente foi amordaçada e calada e não foi já a primeira vez que isso aconteceu. Em 1506 quatro mil judeus foram mortos e há poucos anos a IURD viu vários dos seus templos incendiados

Experimentar o reverso

«Talvez que com receio da coisa se desenvolver. Deve ter havido qualquer origem, por isso me levaram e internaram». Nota-se aqui o espanto da Maria da Conceição, passar dum estado de cultar a grande mais-valia que lhe foi proporcionado pela visita daquela Senhora muito bela, para o estado de internada forçada no centro de psiquiatria de Gualtar.

Sentimento de estar presa

Alguém estava insatisfeito com aquela concorrência, por isso a internaram, diz a Maria da Concorrência. «Durante o tempo que eu estive em Gualtar, levei a mal aquilo que me fizeram, logo que eu lá cheguei deram-me logo uma injecção para me neutralizar, depois obrigaram-me a tomar medicamentos. Eu nunca precisei de tomar medicamentos, eu tinha saúde graças a Deus, agora estou mal».

Classe médica manipulada pela política?

Voltamos aqui a velha questão da abnegação da classe médica de ir ao encontro das necessidades da população e a sua utilização para efeitos político/religiosos. Quem terão sido os médicos psiquiatras que receitaram drogas e ordenaram aos enfermeiros para dar injecções para neutralizar a Maria da Conceição logo que chegou a Gualtar?
Será que o Portugal de 2007 se assemelha com Santiago do Chile em 1975?

Medo de parar de tomar a medicação

Que medicamento é que lhe deram «deram-me o ALDOL e depois à hora das refeições lá vinham mais medicamentos e agora ainda estou a tomar». Estarreci com a afirmação final, a Maria da Conceição com medo, ainda está a tomar os comprimidos, prefere tomar os medicamentos do que pensar em ser novamente internada à força.
Um dos seus mais preciosos bens, a sua filha Delfina necessita dela, prefere ter aquela falta de genica para a vida do que ser internada e pensar que a filha ficou abandonada em casa durante dois meses. A GNR, quando levou a Maria da Conceição nem se preocupou em saber se a filha necessitava dela ou não.
A GNR queria levar a Maria da Conceição com a roupa que tinha vestida, mas esta após muita insistência, recebeu permissão de ir mudar a roupa, mas com a condição de ser muito rápido.

Deu-me uma revolta, como investigador nunca tinha ouvido tal e quis saber porque continua a tomar os medicamentos, porque é que não se recusa em tomá-los «ah! não posso porque senão eles internam-me outra vez, eles mesmos me disseram que tinha que tomar a medicação, porque senão era internada outra vez, fiquei com medo dos médicos».

Apresentar queixa

Perante aquele amedrontamento, sugeri-lhe, se isso é uma coação física porque é que a senhora não apresenta queixa «se eu apresentasse queixa, era igual, eles uniam-se por causa dessas coisas das aparições e ficava tudo igual».

Médica de família continua a impor medicamentos

Portanto estamos em Fevereiro de 2008 e a Maria da Conceição saiu do internamento em Gualtar em princípios de Dezembro de 2007 e tinha sido internada à força em Outubro de 2007.
Até agora ela tem estado a ser seguida pela médica de família e diz-nos «a médica já reduziu bastante na medicação, agora tomo pouquinhos, a injecção que tomo de ALDOL de 100mg, agora (2008.03.20) já passou para metade (50 mg). Se eu me negar a tomar os medicamentos eles voltam a internar-me e é isso o meu medo».

Acha que a médica de família está conivente com, com o ministério público e com os médicos de Gualtar? «acho que sim e se eu deixar de tomar os comprimidos eles podem me internar novamente».

Agora tem problemas de saúde

Que mais comprimidos a médica de família lhe receita «ando a tomar Artane e Lorsedal e agora ando com problemas nos rins e andam a prender-me os músculos, antes eu tinha boa saúde, andava pelas terras e trabalhava e nunca tomei nenhuns medicamentos, nunca foi preciso».

A filha deficiente ficou abandonada

A permanência num centro de tratamento psiquiátrico é uma experiência aterradora, por isso relata o que sentiu «a medicação começou logo a tirar-me aquela força de vontade que eu tinha, comecei a entrar num estado de tristeza, por ver que agarram numa pessoa e a levam, senti ainda mais tristeza por saber que a minha menina ficou sozinha em casa, também não tinha a capacidade de dizer à família onde estava e o que me estava a acontecer, parece-me um bocado absurdo».

Perante aquele atropelo aos direitos humanos quis saber se nos tempos modernos haverá alguém que vai acreditar naquela situação «ninguém vai acreditar, diziam-me que eu não andava bem da cabeça, acho que a coisa veio muito bem arranjada, houve decerto o poder da igreja para me internarem daquela forma».

Acabou com o altar

Acha que este seu caso foi um atentado à liberdade religiosa «sim eu acho que eles considerassem isso, eles não me mandaram acabar com o altar, nem me falaram nesses assuntos, mas perante este internamento eu acabei com o altar para não ter mais problemas».

Acha que houve alguém que lhe tivesse dado algum recado sub-reptício para a senhora não se comportar de certa maneira «não, não houve, acho que a razão do meu internamento foi por causa do altar que fazia no primeiro domingo de cada mês».

Motivação para a colocação da mesa com a imagem

Qual era a sua motivação em meter ali fora o altar com a Nossa Senhora «era para as pessoas terem fé e também achava que a igreja não estava perfeita e as aparições que eu teria recebido, eram para haver um correcção e haver modificações na igreja».
O ruminar da vida trouxe-lhe ao de cima recordações do passado, possivelmente indicações recebidas durante as aparições começavam agora a fazer-lhe sentido, daí ter começado a criticar a igreja.

Criticar a igreja

O que lhe dizia a sua consciência interna quando estava a criticar a igreja, vinha mesmo de si? «vinha de mim, mas baseado nas coisas que eu tinha recebido, porque eu tinha recebido eu achava que não me devia calar, se eu tinha recebido, eu achava que tinha autoridade para poder falar».
O que é que pensa da ressurreição «eu acreditava, mas acho que agora já não sei se existe ou não, acho que a reencarnação é mais real».
Aqui em Portela do Vade, as pessoas ao domingo, frequentam muito a igreja? «sim a igreja fica cheia ao domingo, mas ao sábado há pouca gente».
Quem é o pároco actualmente aqui em Portela do Vade «é o padre António Lopes».

Luzes nocturnas

Na primeira vez que visitei da Maria da Conceição, esse assunto não foi aflorado. Mas não devemos esquecê-lo, porque é uma das peças importantes no grande palco que transmite o espectáculo no dia seguinte e onde desfilam diversos actores.

A Maria da Conceição relata-nos o seguinte:
«Em Julho de 1990, cerca das 00.30 horas estava a ver televisão e viu uma luz muito forte através do vidro da Porta, de imediato deslocou-se para o exterior e no seu quintal viu no céu estrelado uma luz muito forte branca, fazendo uma figura de um triângulo e uma coluna, esta coluna estava separada do triângulo mas encontrava-se a meio do triângulo.
O triângulo à distância dum braço estendido teria um metro de largura e a coluna teria de comprimento 1.10 metros. A altura daquele conjunto estaria a cerca de 300 metros de altitude. A Maria da Conceição teve a sensação que era para ter mais aparições, De imediato chamou a filha que me confirmou aquilo que viu apelidando-o dum sinal de trânsito a passar no céu. Não notou que houvesse algum alarido nos cães».

Várias figuras no céu

«Aquele conjunto triângulo e coluna estiveram parados por cima da sua casa durante 10 minutos, depois numa cruz toda branca e transparente – notava-se mesmo transparente, medicando à distância de um braço estendido entre 1.20 e 1.30 metros de altura, depois na Estrela do Natal e via-se mesmo os bicos da estrela e a cauda de um cometa. Houve mais formas que representadas, talvez mais seis figuras».

A Maria da Conceição clarifica que as luzes estavam ali paradas de propositadamente para si, mais ninguém as viu excepto a sua filha Delfina, que me disse que tinha visto o triângulo de trânsito luminoso no céu.

«Quando o meu ex. marido veio do seu trabalho, foi encontrar-me eu e a Delfina no quintal, mas as figuras desapareceram e ficou só uma luz enorme do tamanho da Lua quando está nascente no cheio. Ele ainda perguntou o que é que estavam a fazer no quintal a mãe e a filha aquelas horas da noite. Quando ele chegou eu estava a tentar fazer desenhos daquelas figuras, mas acho que a folha desapareceu».

Perante aquele avistamento tentei saber o que sentiu «senti que ia ter mais aparições, fiquei contente depois de ver aquela luz, veio dar-me força e coragem para poder falar, chamei a Delfina para ver e ela disse – são os sinais de trânsito a passar no céu, eu até dei isso na escola».
«No outro dia ninguém em Portela do Vade contou que tinha visto alguma coisa».


Algumas de várias maneiras como se transformaram os objectos no céu

Já foi entrevistada pela SIC e TVI

Entre 2004 e 2007, a Maria da Conceição esteve na SIC e na TVI e tinha sido entrevistada também pelo Jornal de Notícias e pelo 1º Janeiro.
Todos estes meios de comunicação social, trouxeram reportagens daquilo que ela lhes tinha contado relativamente às suas visões de uma senhora muito bela.

Asseiceira e Ladeira – histórias quase iguais

Mais outros dois casos, aconteceram cá em Portugal. O caso do vidente Carlos Alberto Delgado na Asseiceira (Rio Maior) a partir de 1954. Não era dado a comunhão às pessoas que iam ao terço em honra da aparição de 16 de Dezembro de 1954, também o vidente Carlos Alberto teve que ir casar em segredo fora da Asseiceira, porque a Igreja, dizia que só o casava se ele se retratasse, isto é se desmentisse todo o tinha visto, desde o dia 16 de Maio de 1954 até ao dia 16 Janeiro de 1955. Igualmente os filhos do vidente tiveram que ir ser baptizados em segredo em Leiria, porque o pároco da Asseiceira, recusou-se a tal.

Devemos aqui recordar que a aparição da Asseiceira em Rio Maior deve ter sido a mais rica aparição que houve me Portugal, visto que muita gente viu em 16 Dezembro 1954, a Senhora muito bela de 70 cm de altura, igualmente muita gente viu o anjo que a acompanhava, quase todos os presentes viram as velinhas no altar que se iam acendendo e apagando quando o anjo ou a senhora se deslocavam no altar montado pelo vidente.
A grande mole humana que convergiu em direcção à Asseiceira viram o grande espectáculo do sol poder ser olhado e sem ferir emitindo diversas cores.
Á GNR presente foi-lhes retiradas as armas e as mesmas lançadas por terra, assim como aos seus chapéus que foram arremessados para terra. Outro grande enigma que se fala reside no facto de metade dos elementos do exército que foram também para lá manter a ordem pública, terem sido hospitalizados. Desde o início da Republica em 1910, o governo nunca tinha empregue o exército para controlar a ordem pública, foi preciso ser numa aparição mariana para afastar as pessoas.

A mais grave intransigência durante 41 anos seguidos

O caso mais grave da intransigência da igreja/estado contra uma vidente deu-se na Ladeira – Meia Via – Torres Novas, com uma vidente chamada Maria da Conceição Mendes Horta também conhecida pela Santa da Ladeira, esta foi levada a Tribunal por distribuir a comunhão. No entender da queixosa Igreja Católica, a Maria da Conceição estava a violar a Concordata. Esse acordo entre o Vaticano e Portugal dizia que a comunhão só podia ser dada pelos padres licenciados da Igreja Católica. Foi defendida pelo advogado Vasco da Gama Fernandes, mais tarde fundador do PS.
Na verdade essa Maria da Conceição Mendes Horta, limitava-se a distribuir as hóstias que caíam do céu, coisa normal em muitas aparições marianas.

Internada no Júlio de Matos

Mara da Conceição Mendes Horta, em 1965, foi abusivamente internada no Hospital Júlio de Matos, tendo os médicos diagnosticado que ela não sofria de nenhum sintoma da sua área por isso passados alguns dias foi-lhe dada alta.

GNR a cavalo contra peregrinos

Desde 1962 que a GNR, tinha instalado na Ladeira não um, mas dois postos fixos e era comum o uso do casse-tête e cargas de cavalaria, com dezenas de cavaleiros, contra as pessoas que iam lá à missa ortodoxa e ao terço da Santa da Ladeira. Essas esquadras da GNR só foram desmanchadas em Maio de 1974.
Maria da Conceição faleceu em 10 de Agosto 2003.

Câmara Municipal de Torres Novas, renega Ladeira

Ainda hoje em 2008 a Câmara Municipal de Torres Novas renega aquele lugar, mantendo a estrada de acesso ao Santuário, em terra batida e cheia de covas que se enchem de água, quando chove.

Comentário:
O caso da Maria da Conceição Oliveira Sousa (MCOS) de Portela do Vade, enquadra-se num dos típicos sintomas de aparições marianas, quando a vidente diz que a senhora teria cerca de 18 anos, podemos ir encontrar uma informação igual na Nª Sra. de Umbe no País Basco, já que a vidente a Felisia, afirma que quando viu a Sra. em 1948 ela aparentava ter 18 anos de idade.

O estado de sobrenatural que a MCOS afirma ter sentido na presença da Sra. é muito comum tal entre os videntes.

Há aqui neste caso novidades, a Sra. tem 1,58 metros, ora geralmente as Sras. não passam de 1,20 m de altura. Também a MCOS afirma que a Sra. teria nas segunda e terceira aparições a Sra. teria cerca de 30 anos de idade, estamos pois um aumento de idade ou uma aparência diferente.

A outra grande mais valia está na excelente fotografia mental que a MCOS tirou à Sra, já que consegue classificar o tipo de tecido que a Sra, traz e consegue descrever também muito bem o tipo de calçado da Sra.

Quanto às luzes nocturnas que a MCOS diz ter visto e também confirmadas pela filha, leva a querer que não são muito diferentes daquelas luzes que uma outra vidente chamada Amélia Leandro, de Lisboa – Benfica, diz ter visto durante a noite, como seja uma nave em forma de V deitado, um contentor e uma esfera em 1981.

Igualmente encontramos luzes nocturnas em quase todas as grandes aparições marianas, como seja o caso dos diamantes voadores em Zeitoun no Egipto em 1968.

A MCOS afirma igualmente que viu a Nª Sra, o menino Jesus e o São José. Esta afirmação poderá ser de alguma forma criticada, visto que estas personagens fazem parte da nossa mitologia religiosa, ora no caso de Zeitoun a Sra, por vezes trazia um bebé ao colo. Aqui em Portela do Vade a MCOS diz que viu uma criança, mas esta já tinha cerca de seis anos.

Há portanto no caso da MCOS novas revelações que vêm emprestar novas nuances para o estudo da Mariologia.
© Luís Aparício

PS

Nem sempre as mensagens da Senhora dirigem-se a pedir oração, por vezes criticam a classe sacerdotal. Assim no dia 14 de Abril de 1989 a Senhora de Agoo, La Union, nas Filipinas transmite ao vidente Judiel Nieva a seguinte mensagens;

«Uma grande quantidade de padres e freiras cometem pecados de desobediência amando coisas materiais. Eles também cometem o pecado do orgulho. Ore para que o Santo Padre e os padres para que possam desempenhar suas funções fielmente…
“Para Freiras: “. Meus filhas, o que aconteceu com os vossos hábitos que vocês usavam antes, eles costumavam tocar o chão, mas agora suas pernas e são visíveis. Desejo que você deve voltar a seus velhos hábitos.”.
“Meus filhos-sacerdotes, o que vocês fizeram? Vocês se tornaram padres, como tal, devem virar as costas para o mundo. Evitem o vinho, cigarros, encontros sociais e políticas.”
“Vocês devem rezar o Santo Rosário para manter seus votos de obediência, pobreza e celibato. Vocês devem ouvir confissões na semana antes do dia do Senhor, domingo. É um sacrifício que você deve oferecer ao meu filho.”

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Luís Aparício

Luís Aparício

Chefe de redacção, fundador e activista.