Às 02.30 horas apareceu algo já do nosso conhecimento e que cada vez que nos reunimos à noite é matemático… aparece sempre a dançar.
Por vezes aparece pelas 01.40 horas mas hoje foi às 02.30 horas, e ao invés de ter luzes a piscar, uma vermelha e outra azul, era uma simples estrela que oscilava dando alguns saltos. Esta luz ficou a oscilar nas seguintes coordenadas: 03 horas de ascensão recta e 45 graus de declinação.
Os equipamentos que tínhamos eram binóculos fixos em tripé próprio, um telescópio Meade 125 Maksutov, o qual nos permitiu perceber que aquela estrelinha afinal oscilava em altitude e durante muito tempo estendendo-se até às 04.00 horas, máquinas fotográficas digitais, bússolas e uma câmara de vídeo digital.
Um outro acontecimento que podemos classificar de verdadeiramente inovador aconteceu às 03.30 horas.
O vento estava de nascente a poente.
Muito à distância, talvez uns 4 Km em linha recta estava a Ponte Vasco da Gama.
Desde que lá chegamos, nunca ouvimos nenhum som dos carros a passarem lá, o vento também não ajudaria nada, visto que estava de nascente.
Ás 03h00 o grupo inicial estava repartido em vários pequenos grupos que conversavam sobre temas diferentes.
Alguns membros estavam a descansar nos carros resguardados do frio que entretanto apareceu.
Estávamo-nos a preparar para ir embora quando surgiu de repente vindo do mar um som estranho, cuja intensidade aumentava a cada segundo.
Este som parecia ser o que é produzido com a passagem dos carros na Ponte 25 de Abril pela fricção dos pneus com a rede do paviemto que existe na faixa da esquerda dessa ponte.
No início não ligamos muito mas quando o som ficou muito intenso fomos obrigados a olhar para o mar para ver se descobríamos a sua origem.
Vindo do nada, surge do nosso lado esquerdo por cima do mar, uma luz pequena mas muito intensa, que aumentou bruscamente de tamanho e de intensidade.
Essa luz depressa se tornou oval e percorreu calmamente uma rota paralela á linha do horizonte para depois desaparecer abruptamente do nosso lado direito.
A luz era laranja muito forte e tinha brilho próprio.
Notava-se que era enorme pois passou perto do local onde nos encontrávamos.
Segundos depois do desaparecimento da luz, o som sumiu e ficamos a perceber que a luz era a sua origem.
Quem estava nos carros, saíu para a praia para tentar perceber o que tinham visto. No meio daquele alvoroço, surgiu de novo o mesmo som estranho mas desta vez mais suave.
Tal como da primeira vez, aumentava de intensidade a cada segundo e nós, de olhos postos no horizonte, vimos surgir de novo uma luz idêntica á primeira que repetiu exactamente a mesma rota e teve o mesmo comportamento mas tal como o som, esta luz era mais pequena.
Ficámos embasbacados a olhar e a tentar perceber o que o obvio nos mostrava…
Este conjunto de fenómenos estranhos ocorreu a uns 100 metros do local onde nos encontrávamos e no seu total uns 10 minutos.